Domingo, 22 de Abril de 2012

Vida Real Pra Quê?

Fran Drescher alegrou muito meus dias com sua voz anasalada e eis que bem na linha não tenho vida pessoal porque virei um personagem de mim mesma, lança sua nova série, chamada Happily Divorced

 

 

Nela, Fran conta a história dela mesma (Fran) que acaba de descobrir que o marido é gay. A diferença é que na série o marido continua morando na mesma casa por conta de problemas financeiros. 

 

Acho muito difícil que o humor meio quadrado da atriz permita alguma renovação ao gênero, mas vale a pena conferir, sobretudo porque o marido será feito pelo sempre hilário e charmoso John Michael Higgins

 

E o marido de verdade? Alguém perguntou o que ele está achando disso?

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 22:58
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Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2012

Tudo que aconteceu antes: O Serialesco 2011

Previously on his life:

 

2011 começou com a boa e velha queima de fogos de sempre, mas efetivamente, o ano não começa mesmo no final da contagem regressiva.

 

- 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2...

 

Ele tem uma grave tradição de datas comemorativas fracassadas e um reveillón sem mágoas e tristezas já é uma vitória. De todo jeito, janeiro se arrasta com dias contados sem parecer concreto, fazendo com que os efeitos do inferno astral permaneçam cada vez mais notáveis.

 

Inferno Astral é como se chama

o período de 30 dias situados

antes do dia do aniversário e

que é conhecido pela turbulência

e atribulação. É como uma TPM

muito longa e neurótica.


No entanto, após o apogeu da concretização das superstições astrológicas, acontece uma reviravolta inesperada, e no episódio “O Aniversário Relutante”, uma festa surpresa se anuncia. Organizada pelos oriundos da Cia Pigmentus, com bolo e brigadeiro, a festa tem ausências sentidas, mas é cheia de presenças necessárias.

 


 

Fevereiro não é mês de carnaval para ele, por isso, é mais importante rever os velhos e melhores amigos. No episódio “Como seria se fosse sempre assim”, Roberta, Rosemary e Maria Isabel Faustino, retornam para uma participação especial e matam as saudades dos fãs.

 

Roberta e Rosemary entraram

na série na segunda temporada, em 1995.

Maria Isabel entrou mais tarde, em 1998.

Ambas permaneceram no elenco fixo até

a décima temporada, em 2003, passando

a fazer participações especialíssimas depois

que a série mudou de cenário.



Durante poucos dias, reforçaram os conceitos de amizade e fizeram todos sentirem falta de outros e importantes membros dessa “era de ouro”. Novas promessas de outras participações foram feitas.

 


 

No episódio “Apenas períodos longos”, um novo semestre começa na Faculdade de Ciências, Filosofia e Letras de Macaé. Esse novo começo anuncia uma série de possibilidades marcantes, sobretudo porque ao lado de Monique Bomfim, Milene Sousa, Lauro Portela e Ana Carolina Alcântara, o quadro de interação de maior audiência da temporada passada está de volta.

 

No episódio “Calçada da Fama”, os quatro membros do clube são desafiados nas sempre interessantes aulas de Luiz Guaracy. Começa então o início da ascensão definitiva. O episódio termina com a certeza de que o sucesso pode acarretar mitologias.

 

A previsão se confirma no episódio “Lolita”, em que o grupo compete na Primeira Mostra Áudio Visual da FAFIMA. A competição não oferece grandes benefícios físicos, mas acarreta uma rede de reações que se expande para além das premiações. No entanto, o grupo faz um trabalho impecável e se torna o favorito.

 


 

Como merecido, o grupo fatura o primeiro lugar, além dos prêmios de direção e concepção. Sem que soubessem, faturam também o prêmio de “Notáveis Improváveis” e têm seus rostos marcados e cobrados.

 

O sucesso do episódio especial de Natal, exibido ainda em 2010, provoca uma nova aventura textual do nosso protagonista e contra as previsões mais otimistas, ele ganha a chance de escrever também a Via Sacra da cidade. Mais uma vez o grande público fica diante de uma de suas criações. O episódio “A Volta dos Franciscos” recupera o espírito da obra anterior, mas infelizmente não garante a reunião de todos os atores que participaram do especial de Natal.

 


 

Essa inacreditável notoriedade provoca novos convites que prometem alavancar o programa no futuro.

 

Como souvenir para as horas de necessidade alegórica, ele teve nesse primeiro semestre muitas alegrias televisivas e GLEE acabou se tornando um bom exemplo de catarse. A cena em que ele assiste ao baile de formatura que coroa Kurt e Karofsky como “rei e rei” da noite, acabou se tornando uma referência metalinguística e reafirmou a paixão do nosso protagonista pela confortável fantasia que permeia a vida.

 


 

A influência da série GLEE acabou sendo só mais uma dentro desse maravilhoso universo seriado que é parte tão importante da vida dele. E esse mundo também se anuncia como plot determinante na próxima metade da temporada.

 

O último episódio antes do hiato, “Nada Importante Aconteceu Hoje”, termina com ele recebendo uma inesperada proposta.

 


 

A temporada se reinicia com o episódio “Dibs”, que mostra nosso protagonista sendo convidado por um blog sobre séries, para escrever resenhas e textos temáticos. O convite cai como um presente dos céus, já que o garoto do brejo nunca sonhou que chegaria tão longe nessa bolha virtual que já fazia parte da vida de tanta gente. Ser lido por muitos seria tão maravilhoso que ele aceitou de cara.

 

O problema é que escrever sobre suas séries favoritas estava fora de cogitação. Todas já tinham “dono” no site. Ele então fica encarregado de duas séries com quase zero de popularidade: Haven e Alphas. A experiência, no entanto, mesmo que limitada, foi desbravadora.

 


 


 

Como as dimensões financeiras dele nunca foram muito contentadoras, no episódio “Fast” acompanhamos sua rotina insana para conseguir cumprir esses compromissos textuais. Sem grana pra instalar net em casa e dependendo do PC do trabalho, ele começa uma maratona para conseguir alcançar todas as séries mais importantes do momento e ficar em dia com todas elas.

 

 

Como vimos nas temporadas anteriores,

ele adora comprar boxes com temporadas

de suas séries prediletas. Para conseguir

pagar o preço delas, esperava pacientemente

que eles baixassem. Isso sempre significava

ver tudo com um atraso de até dois anos.

 

  

Ciente de que para escrever sobre séries realmente relevantes ele precisava confiar em novas estreias, nosso protagonista providencia a reserva (ou Dibs) de algumas produções promissoras.

 

No meio de todo esse novo turbilhão, as relações acabam afetadas, claro. Como consequência, então, o capítulo das tensões afetivas acaba sendo uma realidade. Em “Do lado de Dentro”, brigas e indisposições colocam-no no centro de um furacão emocional.

 

Na temporada anterior, vimos a coroação de suas capacidades autorais com “Cômodos”. Já aqui, no episódio “Cordel do Bando Aloprado”, ele ganha a encomenda de uma adaptação e nasce então “O Lendário Bando de Maria Urtigão e a Vaca Lerdeza”.

 


 

O prazer de ver uma nova criação ganhando vida é incomensurável. E isso vem quase ao mesmo tempo em que outras apresentações teatrais dentro da faculdade vão ganhando espaço.

 

Mas “Cômodos” não sai de foco e na trilogia de episódios chamada “Maktub On The Road”, uma grande viagem em grupo eleva a série a mais um patamar de críticas positivas. A Cia Pigmentus parte para três festivais em três extremos geográficos, e todas as nuances dessa investida são apresentadas com maestria pelos roteiros.

 

Em Três Rios, a constatação de frágeis relações que se afirmam em nome da diplomacia. Em Varginha, as delícias de uma vitória depois de tantas lutas. Em Caxias, um erro cometido em nome da vivência de experiências.

 

 

A trilogia é ambiciosa. No meio desses acontecimentos, o retorno de mais alguns nomes da época clássica da série. Nice e Lídia ganham uma nova participação. Nice, vivendo infelizmente as amarguras de um rompimento e Lídia, as dificuldades de uma realidade muito intensa. Cada uma delas, transmitindo suas percepções e reflexões com maestria. Como bônus, Geovanna, a filha de Lídia, apresentando-se num momento especial.


     

 

A trilogia se encerra com um encontro de gerações. Roberta, Nice e Maria Isabel vão assistir ao espetáculo dele e no meio de todo esse profundo sentimento de gratidão, esse arco se encerra deliciosamente.

 

As estreias infantis, no entanto, não se restringem a Geovanna, e Bárbara Saboya e Leandro Ramos exibem para o mundo a irresistível Luara:

 


Na viagem de volta para a casa, um ótimo episódio intermediário faz a festa dos nerds. Em “A Dama da Noite”, nosso protagonista sai numa aventura pela Bienal do Livro com Monique Bomfim e Ana Carolina Alcântara para tentar um contato com a escritora Anne Rice.

 

Eles se perdem no caminho de ida, ficam presos no trânsito, encontram o evento lotado, perdem as senhas para a sessão de autógrafos e só conseguem ver a dita cuja enquanto se espremem dentro de um pequeno stand.

 



 

Anne Rice é uma das musas do protagonista,

que  tenta realizar a façanha de conseguir

comprar todos os livros da série “Crônicas Vampirescas”.

A mulher é uma lenda e escreve sobre vampiros

com uma propriedade até suspeita. Ela é um gênio

da ficção e foi responsável pela criação de um dos

personagens mais geniais da literatura mundial: Lestat.

 

 

Logo depois da estreia de “O Lendário Bando de Maria Urtigão”, começam os preparativos para outras duas apresentações teatrais na faculdade. No episódio “Os Poetas”, o grupo, pressionado pelas expectativas, derrapa na apresentação de “Soneto de Fidelidade”, mas dá a volta por cima na apresentação mágica do “Mash up Fernando Pessoa”. Com música e festa, o grupo apresenta uma esquete dinâmica e envolvente, que acaba alavancando mais ainda a fama do mesmo.

 


 

As tensões de final de período são conhecidas no episódio “Os Processos Periódicos”, em que ele acaba descobrindo que toda paixão pelo inglês rendeu frutos de reconhecimento. Mesmo sem curso e dependendo da boa vontade dos amigos, um belo 10 estampa seu boletim. Ele dá muita importância pra isso, enquanto ignora que de fato, isso não é nada. O episódio termina com a antecipação da reunião derradeira, onde os amigos trocam seus presentes e se preparam para a nova jornada.

 


 

 

A sorte do protagonista muda no que diz respeito à seu trabalho como resenhista, quando uma grande estreia transforma-se num grande sucesso. É a hora de "American Horror Story" entrar em cena e tirá-lo da irrelevância. 

 


 

Enquanto a bem sucedida estreia da nova investida de Ryan Murphy levava-o ao patamar de admiração dos leitores, a nova investida de Spielberg o levava ao maior patamar de repulsa de outros. A série "Terra Nova" era tão vista quanto a outra, mas mais terrível que qualquer uma. No entanto, o bem vindo sucesso em ambas tornou o trabalho com as reviews ainda mais indispensável.

 

O teaser do episódio “Bravio” acabou ficando conhecido pelo seu caráter intenso e filosófico. O relacionamento amoroso do nosso personagem sofre baques constantes, onde a dúvida e o medo acabam tomando a frente das ações. Esse processo é interrompido por outra reviravolta. O casal gay mais famoso da TV, que passou por tantos percalços e superações, recebe de braços abertos a filha pródiga, que com dificuldades, pede abrigo e conforto, ao lado do amado, para o pai. “Bravio” termina com a certeza de que ainda há muito amor entre os dois, e que o senso de família acaba se ampliando independente das nossas vontades.

 

 

O Amor é mais importante que tudo.

 

Seguindo em frente, um grande personagem de temporadas anteriores se despede definitivamente do programa numa trilogia que arrebatou totalmente a audiência.

 

Esse longo Season Finale começa com a trágica perda de Mário de Oliveira. O diretor, que teve grande importância na vida do protagonista, se ausentou, por motivos de saúde, de temporadas recentes, mas manteve seu nome vivo através da voz de seus pupilos. Na primeira parte da trilogia, “Anátema”, os preparativos para o Auto de Natal se confundem com as dificuldades de execução do mesmo. A notícia da morte de Mário, sobretudo nessa época, pega todos de surpresa e desestabiliza tudo que já havia sido planejado.

 

 

Mário de Oliveira chegou à cidade

na década de 90 para ajudar na

realização dos primeiros Autos de

Natal. Com ele, outros nomes

importantes vieram e formaram

uma rede cultural que tornou-se

indispensável para a formação

artística local.

 

 

A segunda parte, “Evoé”, mostra os acontecimentos em torno do triste e controverso enterro do amado e odiado diretor. O episódio/homenagem, é recheado de histórias e lembranças. Muitos flashbacks fazem parte desse capítulo e acabamos revendo momentos emblemáticos dessa fase teatral da série. O episódio termina com nosso protagonista recebendo o convite para editar imagens de vários Autos de Natal que serão exibidos na montagem atual.

 

O Season Finale. “Dacapo”, tem um gostinho de expectativa. As dificuldades financeiras do canal podem resultar, no ano que vem, em mudanças drásticas no quadro logísticos da série. Com medo disso, os roteiristas providenciaram um final que pode funcionar inclusive como um final definitivo para alguns personagens e situações.

 

O episódio trouxe alguns nomes afastados do elenco, reuniu participações especiais notáveis e mencionou todos aqueles que não puderam comparecer. Em “Dacapo”, o Auto de Natal transforma-se numa grande homenagem à Mário de Oliveira e começa com muitos alunos antigos se reunindo para esse momento. Essa reunião provoca o crossover com as séries de Tiago Maviero, Bárbara Saboya, Mariana Duarte, Mariana Barcelos, entre outros.

 

Muito bem escrito e profundamente emocional, o episódio é um tributo à arte e ao artista e os vídeos com alguns dos momentos passados chamam a atenção pela sensibilidade e beleza.

 


 

As emoções do Auto de Natal se fundem com as emoções de final de ano. O Natal e o Reveillón são representados como o reinício de novas oportunidades. É fim de temporada e mais um ano de sucesso se encerra.

 

O episódio termina no último minuto de 2011, quando em meio a muita chuva, nosso protagonista vê as luzes dos fogos se projetando por entre as nuvens e pensa em Deus. Em tudo que precisa agradecer, em tudo que ainda precisa desejar, em todos os sonhos que ainda precisam de mais tempo para se realizar... Em toda saúde que ele mentaliza para os que ama. Em todo amor e em toda dor. Obrigado por tudo que foi... E que venha tudo de melhor que está por vir.

 

See you on the next season...

 

  

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:41
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Body of Proof: Melhor promo de todos os tempos.

Body Of Proof é uma série controversa. Deveria ser sobre uma ex-cirurgiã que após perder o direito de operar, passa a avaliar como o cadáver de uma pessoa pode se comunicar com a origem de um crime. A protagonista nasceu para ter um pouco de House e ser uma mulher que tem problemas em lidar com a sociedade. No entanto, isso tudo foi se perdendo no meio do caminho... A protagonista já é ótima com todos que a cercam e o humor se estabeleceu como linha central do programa.
Isso deveria ser bom, e até é, às vezes. O problema é que o conflito entre a tensão dos crimes e o humor dos interlúdios dramaturgicos fica evidente nos episódios. Pra mim, por causa disso, fica difícil se envolver com a série. Tudo dá sempre certo, os finais são sempre felizes, nenhuma tensão explode de verdade e chega um ponto em que não dá pra acreditar mais em nada. 
Mesmo assim, a série tem um charme cínico que faz você querer continuar assistindo-a, e talvez seja exatamente esse cinismo que deu origem a essa promo que é a melhor de todos os tempos. É bem verdade que só piora a credibilidade do programa, mas mesmo assim, é de uma coragem que deve ser respeitada.
Body of Proof: igual a Glee só que num necrotério... e sem cantoria.
Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:12
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Quinta-feira, 10 de Novembro de 2011

Glee – 3X05: The First Time

Rendam-se todos os detratores, Glee essa semana foi diversão, poesia e inteligência pura.

 

 

 Atenção: SPOILERS

 

Não é que eu não entenda todos os problemas que a série apresenta. Eu entendo. Sei daquilo tudo. Da dificuldade de estabelecer um nível de qualidade que não oscile tão frequentemente, da dificuldade de evitar os exageros e trair o que pretendem os personagens, da instabilidade da qualidade musical, do texto às vezes tolo, enfim... Eu conheço e reconheço todos os problemas de Glee. Mas a questão é: as qualidades ainda me deixam de sorriso aberto do início ao fim de alguns episódios.

 

E essa semana eu fiquei extasiado. Absolutamente tudo funcionou no episódio. O foco em Rachel e Blaine era um perigo iminente, já até apontado por Santana na semana passada, mas nessa trama não havia como fugir deles. Rachel é a protagonista e teremos que aceitar para sempre seu papel dentro do programa. Mesmo que ela nos aborreça e seja redundante. Ela é a estrela. Já Blaine, que muito corretamente tem uma personalidade menos lúdica que Kurt, absorveu a função de avaliar e analisar os  plots da semana com mais seriedade.

 

A função de Rachel na história toda sobre a virgindade era a mesma de sempre: ser Rachel para então sofrer o rebate dessa condição. E é exatamente por isso que funciona tão bem. Ela tem suas atitudes absurdas, mantém a natureza da personagem, e determina o politicamente dentro do incorreto politicamente. O que ela precisaria dizer a audiência sobre o tema, e dentro de seu papel de protagonista, acabou sendo dito por Tina e  fez muito mais sentido sendo assim.

 

Entre Kurt e Blaine o roteiro não poderia ter tomado melhores decisões. A dinâmica com Sebastian¸ do lado de Blaine, e de Karofsky, pelo lado de Kurt. As duas mostrando, com muita sutileza, coisas importantes sobre ambos. E eu mal posso conter minha empolgação quando falo de Karofsky. É quando ele aparece que Kurt é mais crível. E para o mundo gay esse personagem representa tanta coisa... Acho e sempre acharei lamentável a implicância de alguns fãs com as histórias sobre superação gay na temporada passada. São mais de 50 séries no ar, quase todas elas falando dos mesmos encontros e desencontros heterossexuais, e quando aparece uma que dedica aí 30% de sua temporada aos temas homoafetivos, é acusada de excesso. Excesso!! Se Glee ficasse 20 episódios focando em Kurt, ainda não seria nem metade do que deveria.

 

E Karofsky é vivido com cada vez mais carinho por Max Adler. O ator entende, apoia, é solidário ao personagem e isso fica perceptível na atuação dele. Sua única cena em todo o episódio, também foi a melhor de todas. Correta, tênue, cheia de tensão emocional.  Chris Colfer já deu declarações de que adoraria que Karofsky e Kurt tivessem uma chance. Nada me faria mais feliz, embora não haja absolutamente nenhum sinal de que o Bear Cub (referência linda ao universo gay de adoração aos gordinhos) voltará a fazer parte da rotina de Kurt.

 

Técnicamente, o episódio também foi muito feliz. As cenas intercaladas com o musical ajudaram a não cansar daquela linguagem de Broadway. Foi extremamente sensível e delicada a sequência final com os casais, e o número inteiro focado em Santana foi um desbunde.

 

O que muito poucos entendem é que Glee não é para os cínicos. E os cínicos demoram demais ou mesmo nunca conseguem, ligar-se a uma série pelo que ela constrói pautada no carisma. Alguns mundos, alguns elencos, alguns universos, se sobressaem tão inerentes aos números e regras, que sobrevivem acima de qualquer coisa. Foi assim com Dawson’s Creek, Friends, The OC... Os enganos estão lá, os erros, aquelas decisões que odiamos e todas as ameaças de abandono. Mas aqueles personagens existem tão completamente – a ponto de virarem um símbolo de cultura – que estar com eles se torna uma experiência de conforto, muito mais que de avaliação.

 

E eu quando estou com Glee, estou naquele mundo. Faço cara feia para os tropeços, mas sigo incapaz de abrir mão de um pedaço infantil, lúdico e totalmente necessário, da minha rotina.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:20
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Domingo, 6 de Novembro de 2011

Comentário em Série

Como agora estou escrevendo para o site SérieManíacos, estou tendo que manter-me em condições de falar sobre ao menos algumas das estréias dessa nova temporada. Escolhi algumas e vou falar um pouquinho sobre elas pra vocês.

 Hart of Dixie

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:31
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American Horror Story

Ryan Murphy ficou muitos anos a frente de uma série médica chamada Nip/Tuck, mas só conheceu mesmo o estrelato mundial quando criou uma comédia musical chamada Glee, que devastou o mundo pop com sua força carismática e embora oscile sempre entre o prestígio e a chacota, está em evidência até hoje. 

 

Glee é uma das minhas maiores paixões no momento, exatamente porque dentro de todo aquele universo adolescente, reside a maldade de Ryan, que sempre foi adepto de caminhos bizarros pra seus projetos. 

 

Sua nova investida é a audaciosa e intrigante American Horror Story. Como o próprio título sugere, trata-se de uma série de terror, que trás e brinca com muita competência, com todos os clichês do gênero. Seu diferencial está no texto coerente, na completa insanidade das histórias e num elenco espetacular encabeçado por Connie Britton, Jessica Lange, Frances Conroy e Dylan McDermott

 

O piloto é um pouco confuso, mas a série cresce tanto a partir do segundo episódio que chega a impressionar. O episódio de Halloween, dividido em duas partes foi um desbunde de criatividade. A série é tão louca que te deixa hipnotizado em frente a TV. 

 

Com o histórico de enganos de Murphy pode ser que tenhamos problemas adiante, mas até agora o saldo é muito positivo. E ainda temos James Wong, roteirista consagrado de Arquivo X, dando o ar da graça.

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:06
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Domingo, 25 de Setembro de 2011

True Blood - Gastronomia Espectral Injustificada

 

Quando True Blood estreiou na tv americana, quatro anos atrás, seu criador Alan Ball tinha acabado de sair de um grande sucesso de crítica chamado Six Feet Under. Falar sobre vampiros não era examente o que estavam esperando dele naquele momento. No entanto, por tratar-se de uma produção da HBO e do próprio Ball, tinha de haver coisas boas e interessantes saindo dali.

 

Alguns episódios depois e já tínhamos percebido que a série tinha seus diferenciais. Era sanguinária, erótica, homoerótica, e falava de um mundo onde os vampiros saíram do armário e seu sangue entorpecente era a mais nova droga em ascensão do mercado. Ou seja, True Blood era filosófica.

 

Por mais que o primeiro Season Finale da série prenunciasse algo de ruim, não acreditamos nisso e seguimos em frente. A segunda temporada então nos premiou com mais boas doses de sociologia analítica. A igreja, a bacante, as discussões em torno do tráfico do sangue vampiresco. True Blood em sua melhor forma. No entanto, mais um Season Finale exagerado, e o que devia se restringir aos encerramentos, ficou em cena durante toda a infeliz terceira temporada.

 

De repente, True Blood tinha virado outra coisa. Tinha virado uma série sobre uma cidadezinha que abrigava guerra entre vampiros, lobisomens, fadas e pessoas-panteras. Um desatino criativo que começou a beirar o ridículo. E eu até acreditaria nos argumentos do criador, de que a série era pra parecer trash e fútil, se a perda de equilíbrio não tivesse começado a atingir os personagens.

 

Tara ficou insuportável. E ainda perdemos o foco na mãe dela, que sempre era ótima. Lafayette ficou patinando pelo show dos horrores e perdeu toda profundidade. Jason perdeu uma temporada inteira com as malditas pessoas-panteras. Sookie sempre foi meio chatonilda, mas uma mulher que tem três dos homens mais lindos do mundo aos seus pés, precisa ser respeitada. Até Jéssica, a personagem mais bacana da série, tinha caído numa boba involução. Se não fosse Russel e Pam, a terceira temporada teria sido um desgaste absoluto.

 

Ciente dos erros que cometeu, Ball nos preparou para a quarta temporada. Fez a limpa nas pessoas-panteras, esqueceu um pouco das fadas e resolveu ficar onde a série tinha força: na discussão religiosa. As bruxas salvaram a coisa toda da mesmice e embora aquele show de espíritos sendo engolidos me irritasse muito, segui adiante. Fiona Shaw fez um belo trabalho e suas motivações em alguns momentos realmente comoveram. Mas entre aparições de almas, gastronomia espectral e luzes e raios por toda parte, True Blood só me ganhava quando focava nos personagens. Por isso, o Season Finale foi bem quando explicou os sentimentos de Jéssica perante a própria natureza, quando mostrou a dor de Lafayette ao perder Jesus, quando deu a Marnie uma chance de entender até onde tinha ido, quando fez Andy parar de falar alto e o aproximou verdadeiramente de alguém - e na melhor cena do finale -  quando mostrou o quanto a rejeição de Eric tinha fragilizado Pam.

 

 

As três maiores decisões do final foram a decisão de Sookie de não ficar com nenhum dos dois vampiros (afinal de contas é a vez de Alcide), o assassinato de Flanagan e a morte de Tara (que resultou no assassinato de Debbie pelas mãos de Sookie). Todos esses três momentos de reviravolta podem resultar numa quinta temporada ótima. Sobretudo se unidos à revelação da vampirização do Reverendo e do retorno de Russel. Enfim, ironicamente foi o melhor finale da série. O primeiro que realmente satisfez as expectativas do trailer.

 

O problema é que True Blood entrou numa espiral de conceitos da qual parece não poder sair mais: a ideia de que a série não tem que ser profunda, já que trata de vampiros e seres fantásticos. True Blood não era o tipo de programa que eu via só pra divertir. Era mais do que isso. Conseguia ser mais do que isso.

 

Se a quinta temporada for mesmo a última, eu tenho muitas esperanças de que honraremos as qualidades da série com um final muito menos visual e muito mais afetivo.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 23:23
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Terça-feira, 12 de Julho de 2011

Arquivo X - Quase Vinte Anos de Conspiração - Season 3

                Enquanto a segunda temporada fez nascer a mitologia, a terceira foi uma temporada de ajustes.  Carter revela em uma entrevista anos depois, que foi intimidado pelos executivos da Fox a realizar uma série nos moldes dos episódios de Além da Imaginação, com histórias fechadas e sem absolutamente nenhuma conexão entre si. Como em muitas coisas que fez durante seus anos à frente do programa, Carter resistiu e não cedeu. Encheu a primeira temporada de conexões indiretas e assumiu as conexões a longo prazo com Anasazi¸no final da segunda. O que apavorou os executivos: nenhum deles achava que fazer um fã esperar seis meses pra ver uma continuação ou obter uma resposta, seria uma boa estratégia. Os showrunners de hoje devem muitos agradecimentos ao que Chris Carter fez pela indústria das séries naqueles anos 90. Sem ele, talvez fosse impossível para Damon Lindelof e Carlton Cuse, convencerem a ABC a levar adiante uma idéia que só ficaria clara depois de seis anos de show.

                Certo de suas decisões, Carter aproveitou os prêmios e a audiência crescente para incorporar as bases definitivas da mitologia. O Globo de Ouro vindo pela segunda vez ajudou a tornar essa perspectiva possível. A terceira temporada é uma temporada fraca de episódios soltos e muito forte de episódios mitológicos. Foi provavelmente aqui que o projeto (nome dado ao conjunto de decisões conspiratórias que escondiam os segredos perseguidos por Mulder) ganhou vida. Foi provavelmente aqui que as temporadas seguintes foram planejadas do ponto de vista mitológico. E esse planejamento provou, pelo menos até a sexta temporada, estar muito coeso e objetivo.

                A abdução de Scully foi ganhando mais capítulos, a aparição do óleo negro ampliou as teorias científicas e os homens comandados pelo Canceroso revelaram parte de seus objetivos globais. De súbito, a série começou a ser tratada pela mídia e por intelectuais como um produto genuinamente desafiador, épico. As teorias passaram a circular pela net e pelo boca-boca como rastilhos de pólvora e o culto começou a ganhar força. Já tínhamos revistas especializadas na série, livros, colunas, convenções... A terceira temporada é marcada pela quebra de uma barreira: a de que séries de ficção científica, de fenômenos sobrenaturais, podem sim ser levadas a sério e servir de referência para sagacidade e inteligência.

               

               Vamos então aos dez melhores episódios da terceira temporada:

 

“Operação Clipe de Papel” -  3X02

A primeira parte da primeira grande trilogia da série iniciou-se em Anasazi, na temporada 2. A terceira temporada começa com O Caminho da Cura, que mostra como Mulder conseguiu escapar da armadilha do Canceroso e como Scully descobriu que um chip foi parar em sua nuca sem maiores explicações. Mas é só em Operação Clipe de Papel, que a trilogia mostra todo seu poder e nos presenteia com sequências de tirar o fôlego. O título do episódio diz respeito a um programa secreto que catalogava abduzidos em todo mundo. Ao chegar ao “depósito” de arquivos, Mulder encontra o nome de Scully e o de sua irmã entre os abduzidos. Acaba descobrindo que deveria ter sido levado no lugar da irmã. A cena é uma das mais preciosas da série e tem o momento antológico que mostra uma nave chegando e no escuro dos corredores, Scully sente, apavorada, pequenos seres passarem correndo por ela. O episódio ainda tem outra dezena de momentos importantes como a morte da irmã de Scully, o embate entre O Canceroso e Skinner, a revelação da mãe de Mulder de que havia uma razão para sua irmã ter sido levada ao invés dele, a morte de seu pai funcionando como um catalisador de sua relação com Scully, os novos rumos de Krycek e por aí vai. É um desbunde de criatividade e inteligência.

 

“O Repouso final de Clyde Bruckman” – 3X04

Darin Morgan é conhecido dos fãs da série por seus episódios de narrativa desconstruída e incrível senso de humor. O Repouso final de Clyde Bruckman foi premiado no Emmy e é sem dúvida, um grande momento do programa. Mulder e Scully investigam mortes de videntes que parecem todas executadas por um curioso serial-killer. No processo, acabam encontrando com Clyde, um vidente de verdade que consegue ver o momento em que qualquer um morrerá, no futuro.

 

“Os Japoneses” – 3X09

Como disse na introdução do post, essa é uma temporada mitológica e entendendo como esses episódios interessavam os fãs, Carter jogou outro episódio duplo antes mesmo da metade dela. Nessa maravilhosa trama, Mulder recebe uma fita com uma provável autópsia alienígena (numa referência à famosa fita que foi veiculada até mesmo aqui no Brasil, no nosso Fantástico) que ao contrário de sua homônima fraudulenta, mostra-se quase verídica. A investigação leva Mulder a crer que uma entidade alien estaria sendo transportada de trem pelo país e ele segue em seu encalço. Como já de costume nos bons episódios mitológicos, Scully segue em outra vertente da investigação, descobrindo que há várias mulheres abduzidas que também tinham um chip na nuca, que estão morrendo de câncer.

 

“O Falso Alienígena” – 3X10

A continuação de Os Japoneses eleva o nível dos roteiros um grau a mais. Scully descobre, numa sequência impressionante, que uma base é mantida para experiências com células híbridas. O Sindicato, vendo onde ela está chegando, não tem outra escolha e manda um membro do clã para convencê-la de que o que Mulder persegue naquele trem é um desses seres híbridos mal sucedidos, que são eliminados aos montes, em covas coletivas, na base. O episódio termina com o informante X salvando Mulder de uma grande explosão para eliminar a criatura.

 

“Revelações” – 3X11

Antes do filme com Patricia Arquette, pouco se sabia sobre as estigmas (feridas iguais as de Cristo que aparecem em pessoas muito religiosas sem que tenham sido infringidas) e Kim Newton as aborda nesse sinistro episódio em que as tais estigmas começam a aparecer em um garoto problemático. O episódio tem seu ponto alto quando Mulder explica a ocorrência do fenômeno daquela maneira tão desesperada com a seguinte frase: tenho medo de que Deus esteja falando... e ninguém esteja ouvindo.

 

“A Morte vem do Espaço” – 3X13

Carter é bom de episódios mitológicos, mas costumava dar seus vacilos em histórias soltas. Aqui, no entanto, temos uma excessão. A morte vem do espaço é uma história deliciosa sobre um raro alinhamento astral que tem uma pequena cidade americana como catalisador. Duas amigas, que nasceram no mesmo dia e hora, acabam captando toda essa energia devastadora e usando-a para o mal. O problema é que o alinhamento acaba mexendo com todo mundo e com isso quem ganha é o espectador, que vê um Mulder todo sexual e uma Scully descontrolada de ciúmes. O episódio tem um grande momento, quando as energias das duas garotas estão tão intensas que provocam uma chuva de pássaros mortos no meio da madrugada. A cena, com canto gregoriano ao fundo, é um desbunde. Temos um elenco de nomes futuramente famosos como o de Lisa Robin Kelly (That’s 70 Show) e Ryan ... (...). A canção All Over You, do Live, toca na cena da festa. A banda acabou se tornando pra mim, mais tarde, uma referência de qualidade e poesia.

 

“O Mistério do Piper Maru” – 3X15

A dupla Carter e Spotnitz começa a se consolidar como uma dupla de roteiristas mitológicos, e eles decidem inserir outro elemento na mitologia. O oléo negro faz sua primeira aparição e a ideia é tão simples quanto genial. A entidade alienígena, presa no fundo do mar, dentro de um submarino, aproveita uma expedição de exploração e pula de hospedeiro. Isso mesmo. A massa gosmenta de óleo salta de uma pessoa pra outra, controla sua mente, e só é perceptível por conta de uma sombra escura que desliza pelos olhos da vítima. Seria tão absurdo se estivesse em outra série, mas aqui em Arquivo X se torna um símbolo da capacidade do programa de dominar a narrativa (algo muito parecido com o que aconteceu com o monstro de fumaça em Lost). Mulder descobre, em sua investigação, que Krycek tem vendido segredos para outros governos desde que o Sindicato tentou se livrar dele numa queima de arquivo. Mulder o captura em Hong Kong e no caminho de volta, Krycek acaba se tornando a próxima vítima do óleo.

 

“O Mistério do Piper Maru II” – 3X16

Na continuação, Krycek, tomado pelo óleo, procura O Sindicato para trocar a fita com os arquivos MJ que ele possuía, por algo que o grupo de conspiradores possui dentro de um silo de mísseis. Mulder e Scully descobrem que o submarino naufragado tinha tido contato com um OVNI que mais tarde teria sido resgatado. É exatamente essa nave que a entidade possuidora de Krycek procura. Em troca da fita, O Canceroso leva Krycek ao silo e numa cena impressionante, o russo “vomita” o óleo pelos olhos, pela boca, pelo nariz, pelas orelhas... na superfície da nave. Mulder e Scully descobrem o silo, mas são pegos pelo Canceroso e impedidos de alcançar o OVNI. O episódio termina grandioso, com o óleo de volta ao seu “lar”, e Krycek preso dentro do silo. Aqui fica claro que o membro do sindicato vivido por John Neville tem personalidade ambígua. O episódio também tem a clássica frase de Scully sobre a consciência ser uma voz vinda dos túmulos dos mortos.

 

“Do Espaço Sideral” – 3X20

A série perde mais um grande roteirista. A saída de Glen Morgan e James Wong foi sentida nessa temporada, fraca de bons episódios avulsos, e com a despedida de Darin Morgan, a produção executiva tem o pepino de manter a qualidade dessas histórias. Aqui nesse absolutamente fantástico episódio, ficamos conhecendo um pobre soldado do governo que tem a ingrata função de forjar abduções alienígenas e que um dia acaba sendo verdadeiramente abduzido. Com mais uma narrativa descontruída, cheia de fragmentações, vamos conhecendo o roteiro enquanto ele vai sendo contado por diversos pontos de vista. São tantos os momentos antológicos que eu precisaria de muitos tópicos para descrevê-los.:

  • Mulder dando um gritinho de falsete quando vê um corpo de alienígena.
  • O vidente doido de O Repouso final de Clyde Bruckman aparecendo de novo.
  • O cartaz na parede do nerd perseguidor de OVNIS que diz I Believe ao invés de I Want to Believe.
  • O purê de batatas numa clara referência ao filme de Spielberg.
  • A autópsia de alienígena tão falsa quanto sensacional.
  • A brilhante frase no final do episódio: Sei que isso tudo não lhe dá uma sensação de desfecho, mas você tem muito mais do que em muitos dos nossos casos.

 

“O Milagre” – 3X24

A Season Finale da terceira temporada é, em minha opinião, a mais fraca de todas! Mais do que até mesmo das últimas temporadas. Embora a ideia fosse boa – um homem misterioso chama a atenção da polícia após curar milagrosamente as vítimas de um assalto – e estivesse claramente conectada aos eventos científicos da segunda temporada, o episódio tem um final frouxo e não melhora na sua segunda parte. Outros ícones da série aparecem pela primeira vez aqui, como Jeremiah Smith (ícone da resistência alien) e a arma parecida com um picador de gelo que é a única coisa capaz de matar os alienígenas. No entanto, Carter exagera um pouco nos detalhes e vemos os primeiros perigos provocados pelo excesso de criatividade. De uma só vez, sabemos que os alienígenas curam outras pessoas, só morrem com um furo na nuca, têm lados opostos na questão colonizadora e podem se transmorfar até em pessoas mortas. Aqui também temos a primeira menção ao caso entre O Canceroso e a mãe de Mulder e o paradeiro de Samantha volta ao cerne da questão. Embora cheio de problemas de ritmo, o episódio é importante demais para a mitologia para não fulgurar nessa lista.

 

Agora vamos dar atenção aos erros. Como já dito, houve muitos enganos nos episódios soltos, que continuaram apostando em mutações e criaturas que não serviam ao propósito intelectual da série.

 

“O Raio da Morte” – 3X03

Howard Gordon continua sua carreira de ideias esdrúxulas e vem com esse episódio sobre um garoto que sobrevive a um raio e começa a controla-los. O episódio seria indigno até de menção, se não fosse Jack Black começando sua carreira fazendo uma ponta nele.

 

“A Guerra  das Baratas” – 3X12

Darin Morgan não vai embora sem cometer seu erro. Embora esforçado e bem humorado, esse episódio sobre baratas é chato como a anatomia de suas protagonistas. Tem Mulder arrastando asa pra tal da Bambi e Scully falando com ele pelo telefone o tempo todo, já que Gillian Anderson não podia estar à frente do episódio por conta de outros compromissos. As mortes são fracas, as baratas não convencem como assassinas e as teorias que fundamentam os roteiros são confusas e forçadas. Enfim, ruim. Bem ruim.

 

“A Maldição da Múmia” – 3X18

Pior ainda, só esse A Maldição da Múmia. Não sei onde aquele povo estava com a cabeça quando resolveu colocar a culpa de uma série de crimes misteriosos num bando de gatos possuídos. As sequências que envolvem Scully sendo atacada pelos gatos é tão ruim que chega a dar vergonha. O episódio todo é chato, feio, não se resolve teoricamente e ainda nos premia com esse desfecho totalmente indigno da série.

 

“O Monstro do Lago” – 3X22

Mais um episódio monstro da semana que podia ter ficado na gaveta. Claramente inspirados pelo monstro do Lago Ness, o pessoal resolve contar a história de um tal monstro que aparece num lago e está matando gente. Mulder vai pra cidadezinha cheio de vontade de encontrar a criatura e Scully segue-o entediada. A história não é boa, mas o episódio tem um monte de bons momentos, principalmente nos diálogos. O roteiro tem bom humor, caçoa dos agentes, mata a cadelinha feia de Scully e faz boas comparações entre Mulder e o herói de Moby Dick. Mas ao passo em que a série sempre preferiu teorizar muito mais do que conceitualizar, obviamente que a existência da criatura de fato não era importante. Quando os agentes encontram um crocodilo gigante, tudo se encaixa dentro dos propósitos nada megalomaníacos do programa, mas eis que nos segundos finais, Kim Newton, roteirista do episódio, resolve achar que Arquivo X podia se permitir um toque disneylândico e coloca uma criatura meio pré-histórica nadando no horizonte do lago, inofensiva e poética. Quase dá pra esperar a vinheta da Sessão da Tarde vindo logo depois dos créditos. Pois é, Newton, você achou que Arquivo X permitia esse tipo de coisa, mas olha aí! Não permite.

 

 

See you in the fourth season...

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:59
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Sexta-feira, 1 de Julho de 2011

Dobrando: Adele, O Hobbit, Harry Potter, The Glee Project, SérieManíacos, Britney Spears, Friday Night Lights, Maria Urtigão e Vida que Segue...

Sei que não atualizo o blog faz um tempo, mas as razões pelas quais isso não foi possível seguem todas em sequência, junto com as frivolidades imprescindíveis à alma, nesse urgente e necessário post de esclarecimento e exposição.

 

Há um tempo atrás, fui procurado pelo pessoal de uma das companhias de teatro aqui de Rio das Ostras para criar uma adaptação de uma esquete que eles tinham e que queriam transformar num espetáculo.

 

 

Então me debrucei sobre Maria Urtigão e seu lendário bando de cangaceiras decadentes. Expandir um texto de 10 para 30 páginas não é nada fácil. Então fui atrás de referências históricas e inventei de compôr algumas canções de Cordel (literatura que aborda muito o cangaço como temática). Minhas noites são totalmente tomadas pelo universo louco e divertido de Maria Urtigão e suas colegas. E nessas noites de imersão dramatúrgicas são embaladas pela antítese musical, para o tema, chamada Adele.

 

 

Enquanto a moça sobe na minha playlist, desce no meu conceito. Prefere continuar fumando como louca do que parar e cuidar da voz. Esse ciclo insano de arte se misturando com sexo, vício e dormência volta a me aborrecer. Às vezes tiro os fones de ouvido e me pergunto porque ela a arte não pode ser limpa, tem sempre que estar coberta de cinzas, restos e fluídos. Então fico feliz porque minha arte é limpa. Sou capaz de fazê-la sem torpor... Lamento por Adele, mas continuo a ouví-la. Então desvio os olhos para a televisão e lá estão os garotos cantando-a...

 

 

The Glee Project está na minha pauta há tempos. Acompanhar as vidas dos jovens que buscam um lugar dentro da série mais influente da atualidade é divertido e desbravador. A gente entende a engrenagem da TV, entende os executivos, os criadores, entende os maus resultados vindos de boas intenções, entende a arte conseguindo ultrapassar o conceito de indústria... E isso me faz pensar no álbum novo da...

 

 

Britney. E que me soou tão tolo num primeiro momento, mas que depois de liberar um divertido clipe da faixa I Wanna Go, me fez perceber uma obviedade: depois de Lady Gaga tornando sua aparência e sua atitude algo uns dois graus acima de sua música, faz bem ver que Britney continua com singles agradáveis que garantem meu divertimento cênico de banheiro. Que venham as críticas, mas Britneyda ainda faz música melhor que Gaga.

 

E me lembro que Glee executa as canções de Gaga melhor do que ela, e volto a pensar em The Glee Project, que tem ótimos participantes e um insuportável Ryan Murphy se sentindo o Deus Gleênico que tudo sabe e que precisa ter seu trabalho feito pelos outros, ou seja, se o participante não "inspira" o criador, está fora. Fico pensando, no que Chord Overstreet (Sam) inspirou Murphy pra poder entrar na série. A boca grande? Só isso? A inspiração não é obrigação e sim fluidez. Não pode haver parâmetro dentro de um apresentação apenas. E então eu me lembro de Friday Night Lights.

 

 

Há um tempão atrás, quando comprei a primeira temporada da série, ela em nada de inspirou. Era engraçado, porque embora todos falassem tão bem dela e ela parecesse bem feita, algo não funcionava, não chegava até mim. E Deus... eu agradeço tanto, mais tanto pelo meu senso de curiosidade. Pela minha mente completamente aberta às possibilidades. Pela minha ausência de preconceito literário, cinematrográfico, musical... Pela minha maravilhosa capacidade de experimentar. MUITO OBRIGADO!! Após começar a segunda temporada, a mágica aconteceu. Estou prestes a terminar a quinta e última temporada e estou fascinado. Minhas noites tiveram que abrir espaço para Friday Night Lights (que diga-se de passagem foi o único drama teen a ser indicado para o prêmio da associação americana de críticos) e tem sido um tempo muito bem aproveitado. Uma pena que não possa escrever sobre ela no Série Maníacos...

 

 

Um ótimo site de séries que visito sempre para ler as resenhas de meus programas favoritos e que acaba de me oficializar como resenhista de três séries do canal SyFy: Alphas, Haven e Warehouse 13. Participei de um concurso para encontrar um novo resenhista para Gossip Girl e para minha alegria total, ganhei a simpatia do editor. Ele adorou meu estilo e me sugeriu algumas séries para escrever uma resenha-teste. Escolhi Haven e Warehouse 13 e passei. Ele também me sugeriu Alphas e eu vou arriscar. Assim que as novas temporadas começarem, eu estreio no site. Por isso, estou cheio de trabalho: preciso ficar em dia com os programas pra acompanhar direito quando começarem. Essa será uma oportunidade incrível pra mim, que adoro séries, adoro escrever sobre séries e adoro se lido. Tenho esperanças de com o tempo, ganhar a chance de escrever sobre séries que me cativam de verdade. Escrever sobre cinema, quem sabe? Adoraria escrever sobre o final da saga Harry Potter no cinema...

 

 

... que será o encerramento de uma história mágica que me deu imensas alegrias e que me orgulho muito de ter acompanhado. Comecei a ler o último livro novamente. Quero a história muito fresquinha na minha cabeça pra sentir a emoção do jeito certo. Do jeito que tem que ser. Esse será o fim de um épico belíssimo, saído de uma literatura incrível, que merece todo o respeito e toda devoção. Assim como com Arquivo X e Lost, Harry Potter me ajudou muito a mergulhar nos valores criativos de uma obra. Me inspirou imensamente. Estou devorando o livro amarradão como se fosse a primeira vez. Tenho que terminar logo, porque quero começar O Hobbit.

 

 

Agora que as primeiras fotos saíram e o filme é uma realidade, tenho que me apressar. Uma nova jornada me aguarda e eu vou mergulhar nela com todo prazer.

 

Ao passo em que esses novos caminhos vão surgindo, a vida vai dando pausas em alguns setores e privilegiando outros. O blog terá atualizações em menor escala, mas elas estarão aqui. Eu sempre tenho muita coisa a dizer, mesmo que não se tenha muita gente pra ouvir. Se você passa por aqui de vez em quando, não desiste não. Eu sou leal e prometo retorno. Vejam só, entrei pra dizer que não teríamos atualizações durante algum tempo e já escrevi sobre um monte de coisas. Acredite em mim quando eu digo que sou dependente das minhas palavras. Elas são tudo que eu sou.

 

As Dobras estará sempre aqui. Você só precisa esperar um pouquinho.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:36
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Quarta-feira, 22 de Junho de 2011

Arquivo X – Quase vinte anos de conspiração – Season 2

               

                A surpresa da audiência diante da Inteligência dos roteiros de The X-Files resultou para série, depois de uma primeira temporada de ajustes, em uma bem-vinda renovação de contrato. A Fox deu sinal verde para a segunda temporada, meio ainda sem acreditar que aquela história sobre ciência e teoria chegaria a algum lugar além desse segundo ano.

                A verdade veio  com os primeiros prêmios Emmy e Globo de Ouro. Uma pesquisa rápida em forúns de discussão já deixava claro que a série já era um fenômeno de apreciação intelectual, com uma mitologia em definição que merecia toda a atenção.  A segunda temporada estreiava em 16 de Setembro de 1994 e nem imaginava que seria o rito de passagem para o estrelado mundial.

 

                Gillian Anderson, que dependeu da teimosia de Carter para permanecer na série, acabou engravidando no final da primeira temporada. O choque foi total. A atriz, que sabia que nunca tinha sido a primeira escolha do canal, entrou em pânico e prometeu fidelidade eterna ao criador da série se ele a mantivesse no programa (o que acabou se confirmando nos anos em que Duchovny começou a se desligar do programa).  Carter então começou a tentar encontrar alternativas para solucionar a ausência iminente de Scully de alguns episódios. As decisões criativas tomadas na ocasião resultaram numa maturidade mitológica que elevou Arquivo X ao status de genialidade.

 

                Vamos então aos dez melhores episódios da segunda temporada:

 

“Homenzinhos Verdes” -  2X01

A primeira temporada terminou sem certeza de retorno e por isso a história fechava com o encerramento do departamento chamado “Arquivo X”.  Esse primeiro episódio mantinha essa atmosfera de incerteza, com Mulder e Scully separados e mantendo contato clandestinamente.  O episódio tem um dos epílogos mais bonitos da série, com um texto ótimo sobre a sonda de contato alienígena lançada pela Nasa em busca de vida em outros planetas.  Mulder tem mais contatos estranhos com essas forças e também é nesse episódio que a mitologia sobre sua irmã desaparecida se torna um dos carros-chefe da trama. O segundo informante de Mulder, o Mr.X, também aparece pela primeira vez aqui. Vale lembrar que o prestígio de Glen Morgan & James Wong como roteiristas crescia tanto que eles tiveram a responsabilidade de iniciar a temporada.

 

“Duane Barry” – 2X05

Um dos maiores clássicos da série, o episódio sobre o repetente (abduzido várias vezes) Duane Barry foi a solução que a equipe de Carter encontrou para garantir a ausência de Scully.  Com medo de ser levado novamente, Duane sequestra a agente e ela é abduzida em seu lugar. O choque dos fãs na época foi imenso. Nenhum programa até então tinha colocado seus protagonistas sob tensão tão original, garantindo que essas mudanças afetassem a vida deles permanentemente. A abdução de Scully virou o divisor de águas da série e transformou a personagem num ídolo. O sucesso de Gillian estava garantido. A partir dali, a cética Dr. Scully se tornou indispensável.

 

“A Ascensão” – 2X06

Segunda parte do episódio duplo que mostrava a abdução de Scully,  “A Ascensão” demarcou as coisas, mostrando a Mulder que a conspiração envolvia muito mais do que ele esperava. Aqui, seu parceiro Krycek, enviado para substituir Scully, se revela também uma peça das mentiras que flutuavam no FBI. Krycek também acabou virando um elemento importante para a mitologia, um dos muitos personagens periódicos da série que quando apareciam, significavam momentos de muita tensão. Junto com ele, O Canceroso parou de ser um figurante silencioso no fundo da cena e ganhou voz. Já ficara claro que ele era o maior rival de Mulder.

 

“Irresistível” – 2X13

O mau, sob o ponto de vista da psicologia, se mescla aos submundos mais desconhecidos da mente humana. Ele é variável de acordo com o nível de consciência que se tem a respeito dos efeitos de determinada ação sobre o oponente.  O episódio ” irresistível”  fala do mau. O mau em sua forma bruta. E Scully é que acaba ficando frente a frente com essa manifestação. Na história, o coveiro Donnie Brasco se revela um serial killer com um fetiche incontrolável por cabelos femininos.

 

“Os Adoradores das Trevas” – 2X14

A dupla Morgan & Wong volta á cena com um roteiro que é uma verdadeira pérola de terror e inteligência. Imagine que na sua cidadezinha, no seu colégio, o diretor, o coordenador, a associação de pais, todos com um propósito moral de prestar serviços de apoio ao aluno, escondessem um grande segredo? O teaser do episódio é impressionante, Kim Manners dá uma aula de direção. A história passeia pelos conceitos de magia negra e Mulder e Scully têm uma ajuda na investigação que só pode ser considerada no mínimo, intrigante. Há uma piada interna nos créditos do episódio, com os nomes dos roteiristas incluindo alcunhas sem sentido comum. O episódio também tem a famosa cena dos sapos caindo do céu.

 

“A Colônia” – 2X16

A primeira parte do episódio duplo que vai fundo nos mistérios que envolvem o desaparecimento da irmã de Mulder, tem uma discussão genética interessantíssima, que se apóia nos eventos iniciados no final da primeira temporada. Começa a manipulação emocional com Mulder, em que o Sindicato (como ficou conhecido o grupo de homens que parecia dominar os segredos conspiratórios) traz à tona várias versões falsas de Samantha Mulder afim de com isso, distrair ou remanejar as atenções da investigação do agente. Primeiro episódio em que David Duchovny se envolve em mais além do que a atuação.

 

“A Fraude” – 2X20

Conhecida como uma das temporadas mais sombrias da série, essa segunda jornada poderia mesmo levar esse título. Darin Morgan resolveu escrever uma história sobre aberrações de circo. O resultado é um dos episódios mais surpreendentes e nojentos da série.  Entre os momentos de loucura estão mulheres barbadas, comedores de coisas vivas, auto-mutilações, gêmeos siameses e Scully comendo insetos. Imperdível!

 

“Os Calusari” – 2X21

Sarah B. Charno escreveu dois episódios nessa temporada: um muito ruim e outro muito bom. Os dois serão mencionados nesse post, mas aqui Os Calusari  ganha destaque como um roteiro sombrio, sagaz e assustador. O “calusari” do título diz respeito a uma categoria de sábios da cultura judaica que são responsáveis pela manutenção espiritual de seu povo. Na história, um bebê morre misteriosamente num parque temático e Mulder começa a desconfiar do irmão de oito anos da criança. A trama gira em torno de fé e possessão demoníaca e tem um desfecho impressionante que deixa qualquer um de cabelo em pé. Destaque para a suástica, que aqui aparece como um símbolo de proteção espiritual.

 

“Nossa Cidade” – 2X24

 

Aquele se tornaria o maior parceiro de mitologia do criador da série, chega à equipe do programa com esse Nossa Cidade. Frank Spotnitz começa com um episódio solto, mas já mostra a que veio, com uma história embasbacante sobre canibalismo. Se você acha impossível que galinhas e decapitações humanas sejam impossíveis num mesmo roteiro, assista esse episódio. Nele temos o já conhecido por papéis cômicos Gary Grubbs, vivendo um policial sério.

 

“Anasazi” – 2X25

Cadáveres de possíveis alienígenas são encontrados numa reserva indígena e isso é o suficiente pra deixar Mulder completamente transtornado.  Aqui, começa a lenda das trilogias perfeitas que permearam a série, com Mulder e Scully agindo juntos, mas separadamente. Cada um destrinchando uma pista, numa fórmula que consagrou o programa. Tudo nesse episódio é especial, desde a dinâmica dos protagonistas até a frase de abertura que escreve The Truth is Out There em língua navajo. O episódio é muito marcante para os grupos de defesa UFO, já que os arquivos MJ entregues à  Mulder são velhos conhecidos das teorias ufológicas que circulam até hoje nos sites e revistas especializadas.  Não houve um só especialista ou simpatizante das teorias UFO’s que não saiu da primeira parte dessa trilogia, satisfeitíssimo.

 

 

No entanto, os erros cometidos na primeira temporada não foram totalmente corrigidos e a segunda temporada também têm suas pérolas de desvio criativo. Nada que afete a qualidade da série como um conjunto, mas que valem a pena serem lembrados.

 

“O Hospedeiro” – 2X02

Não sei porque raios Carter achou que valia a pena escrever um episódio sobre um verme gigante escondido nos esgotos. Cometeu o mesmo erro que em O Demônio de Jersey. Houve algum festejo com o episódio por conta da ousadia da equipe de efeitos especiais, mas enquanto roteiro, o episódio é fraco e arrastado.

 

“Sangue” – 2X03

Quem diria que a dupla Glen Morgan & James Wong tropeçaria na qualidade segmentada de suas histórias, mas em Sangue os dois erram a mão muito feio e escrevem um episódio chatíssimo sobre mensagens subliminares.  O orçamento adorou, quase nenhum gasto com ação e efeitos, mas quem saiu perdendo foi o espectador.

 

“Aubrey” – 2X12

Sarah B. Charno fez bonito com Os Calusari, mas antes peidou na caneca com um episódio que até tinha uma idéia boa, mas que por conta de uma atriz ruim e um roteiro frouxo  acabou sendo penoso. A história falava sobre os impulsos assassinos que podem ser transmitidos através das gerações, mas o que fica bom aqui na sinopse não funcionou na tela. Pobrezinho do Terry O’Quinn, que pedia pelo amor de Deus por uma oportunidade na TV e acabou fazendo um episódio péssimo na temporada. Sua sorte foi que Carter ia muito com sua cara e usou-o outras vezes na série, dando-lhe mais tarde um personagem fixo na fantasmagórica Millennium.  No entanto, só no ano de 2004 – anos depois do fim de Millennium – que ele redescobriu a fama quando entrou numa sériezinha de mistério chamada LOST.

 

“O Navio Fantasma” – 2X19

Howard Gordon & Alex Gansa são os campeões de equívocos e aqui escrevem mais um. A trama sobre um navio perdido na fronteira com uma fenda temporal parecida com a do Triângulo das Bermudas, poderia ser perfeita se os roteiristas não tivessem achado que Mulder e Scully precisavam VIVER os efeitos de envelhecimento precoce provocados pela fenda. A verossimilhança do episódio vai por água abaixo quando vemos os agentes com uma maquiagem exagerada, passando dias no navio sem um pingo de ação ou surpresa. Salvos no último minuto – mais uma vez – saem de uma experiência quase fatal de dias como se nada tivesse acontecido. Esse aliás, é um dos problemas desse tipo de formato narrativo: por mais que pelo bem da ação os protagonistas precisem passar por situações limítrofes, há de se ter um equilíbrio, ou tudo para de ter relação com a vida e vira mitologia de HQ, o que aqui, não se aplica.

 

“Luz Suave” – 2X23

Vince Gilligan, hoje responsável pelo grande sucesso Breaking Bad, escreveu esse episódio que fala de um homem com uma sombra assassina. Isso mesmo. Um Peter Pan mortal. A sombra do cara era assassina. Você pisava na sombra e Bam!! Morria. Virava carvão. Isso mesmo. Sombra assassina. Pisou, morreu. Sombra Assassina. Precisa dizer mais alguma coisa? O intérprete do famoso Monk é que estrelava o episódio.

 

See you in the thrid season...

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:04
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