Quarta-feira, 1 de Agosto de 2012

Fundo Sem Garantia

 

Um pergunta para os trabalhadores que estiverem lendo esse post:

Quanto tempo entre a demissão e a empresa lhes ter entregue a chave para o saque do FGTS?

 

Horas? Dias? Semanas? Geralmente, após a homologação, existe a possibilidade de passar no banco no mesmo dia e fazer o saque. Basta ter a chave. Mas aí o que você faz quando a empresa some com o chaveiro?

 

Em abril, enquanto eu ainda estava empregado, houve dois saques na minha conta do FGTS. Procurei saber o que aconteceu e um contador me explicou que a empresa havia pedido uma chave pra mim mesmo antes da minha demissão e esse pedido aparece em forma de saque quando puxamos o extrato da conta. E que eu não me preocupasse porque o dinheiro estava lá, e voltaria a aparecer intacto no extrato quando aquela chave fosse cancelada e outra fosse pedida. 

 

Em Junho fui demitido. A homologação atrasou um mês (isso mesmo) e só foi assinada no início de Julho. Como a chave anterior precisou ser cancelada, outra deveria ser feita e eu tive que reenviar todos os documentos necessários pra isso. Eles foram enviados.

 

Algo me dizia que uma vez demitido e homologado, eu não teria mais qualquer relevância pra empresa. E foi dito e feito. Hoje é o primeiro dia de Agosto e até agora, só recebo respostas evasivas sobre a minha chave. Minha demissão vai alcançar o aniversário de dois meses e nada de FGTS. Por tabela, nada de seguro desemprego. 

 

O que fazer numa situação dessas? Porquê alguém deve ficar pedindo por favor por um direito que lhe cabe? 

 

O pior é que o tom de voz de quem está do outro lado da questão é sempre condescendente, como aquele que usamos pra nos livrar dos pedintes na rua. 

 

Eu não sou um pedinte. Não preciso medingar pelo que é meu. Então porque isso?

 

Sempre fui acusado do meu excesso de tolerância. Eu nunca achei que ser paciente e discreto fosse um defeito, mas é impressionante o número de situações em que tentam me passar pra trás baseados na simples informação de que eu não gosto de conflitos. 

 

Eu não quero ter que mudar. Não quero ter que ficar mais cínico, mais arrogante, mais turbulento... Simplesmente pra evitar o ataque dos oportunistas. Mas também não quero que tirem de mim meus direitos, minhas posses, meu orgulho... Até mesmo meus textos. 

 

Estou cansado. E triste. Porque parece que só mesmo uma guerra vai resolver essa questão. E eu sou daqueles que prefere a diplomacia e não a força bélica. 

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:47
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Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2012

Tudo que aconteceu antes: O Serialesco 2011

Previously on his life:

 

2011 começou com a boa e velha queima de fogos de sempre, mas efetivamente, o ano não começa mesmo no final da contagem regressiva.

 

- 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2...

 

Ele tem uma grave tradição de datas comemorativas fracassadas e um reveillón sem mágoas e tristezas já é uma vitória. De todo jeito, janeiro se arrasta com dias contados sem parecer concreto, fazendo com que os efeitos do inferno astral permaneçam cada vez mais notáveis.

 

Inferno Astral é como se chama

o período de 30 dias situados

antes do dia do aniversário e

que é conhecido pela turbulência

e atribulação. É como uma TPM

muito longa e neurótica.


No entanto, após o apogeu da concretização das superstições astrológicas, acontece uma reviravolta inesperada, e no episódio “O Aniversário Relutante”, uma festa surpresa se anuncia. Organizada pelos oriundos da Cia Pigmentus, com bolo e brigadeiro, a festa tem ausências sentidas, mas é cheia de presenças necessárias.

 


 

Fevereiro não é mês de carnaval para ele, por isso, é mais importante rever os velhos e melhores amigos. No episódio “Como seria se fosse sempre assim”, Roberta, Rosemary e Maria Isabel Faustino, retornam para uma participação especial e matam as saudades dos fãs.

 

Roberta e Rosemary entraram

na série na segunda temporada, em 1995.

Maria Isabel entrou mais tarde, em 1998.

Ambas permaneceram no elenco fixo até

a décima temporada, em 2003, passando

a fazer participações especialíssimas depois

que a série mudou de cenário.



Durante poucos dias, reforçaram os conceitos de amizade e fizeram todos sentirem falta de outros e importantes membros dessa “era de ouro”. Novas promessas de outras participações foram feitas.

 


 

No episódio “Apenas períodos longos”, um novo semestre começa na Faculdade de Ciências, Filosofia e Letras de Macaé. Esse novo começo anuncia uma série de possibilidades marcantes, sobretudo porque ao lado de Monique Bomfim, Milene Sousa, Lauro Portela e Ana Carolina Alcântara, o quadro de interação de maior audiência da temporada passada está de volta.

 

No episódio “Calçada da Fama”, os quatro membros do clube são desafiados nas sempre interessantes aulas de Luiz Guaracy. Começa então o início da ascensão definitiva. O episódio termina com a certeza de que o sucesso pode acarretar mitologias.

 

A previsão se confirma no episódio “Lolita”, em que o grupo compete na Primeira Mostra Áudio Visual da FAFIMA. A competição não oferece grandes benefícios físicos, mas acarreta uma rede de reações que se expande para além das premiações. No entanto, o grupo faz um trabalho impecável e se torna o favorito.

 


 

Como merecido, o grupo fatura o primeiro lugar, além dos prêmios de direção e concepção. Sem que soubessem, faturam também o prêmio de “Notáveis Improváveis” e têm seus rostos marcados e cobrados.

 

O sucesso do episódio especial de Natal, exibido ainda em 2010, provoca uma nova aventura textual do nosso protagonista e contra as previsões mais otimistas, ele ganha a chance de escrever também a Via Sacra da cidade. Mais uma vez o grande público fica diante de uma de suas criações. O episódio “A Volta dos Franciscos” recupera o espírito da obra anterior, mas infelizmente não garante a reunião de todos os atores que participaram do especial de Natal.

 


 

Essa inacreditável notoriedade provoca novos convites que prometem alavancar o programa no futuro.

 

Como souvenir para as horas de necessidade alegórica, ele teve nesse primeiro semestre muitas alegrias televisivas e GLEE acabou se tornando um bom exemplo de catarse. A cena em que ele assiste ao baile de formatura que coroa Kurt e Karofsky como “rei e rei” da noite, acabou se tornando uma referência metalinguística e reafirmou a paixão do nosso protagonista pela confortável fantasia que permeia a vida.

 


 

A influência da série GLEE acabou sendo só mais uma dentro desse maravilhoso universo seriado que é parte tão importante da vida dele. E esse mundo também se anuncia como plot determinante na próxima metade da temporada.

 

O último episódio antes do hiato, “Nada Importante Aconteceu Hoje”, termina com ele recebendo uma inesperada proposta.

 


 

A temporada se reinicia com o episódio “Dibs”, que mostra nosso protagonista sendo convidado por um blog sobre séries, para escrever resenhas e textos temáticos. O convite cai como um presente dos céus, já que o garoto do brejo nunca sonhou que chegaria tão longe nessa bolha virtual que já fazia parte da vida de tanta gente. Ser lido por muitos seria tão maravilhoso que ele aceitou de cara.

 

O problema é que escrever sobre suas séries favoritas estava fora de cogitação. Todas já tinham “dono” no site. Ele então fica encarregado de duas séries com quase zero de popularidade: Haven e Alphas. A experiência, no entanto, mesmo que limitada, foi desbravadora.

 


 


 

Como as dimensões financeiras dele nunca foram muito contentadoras, no episódio “Fast” acompanhamos sua rotina insana para conseguir cumprir esses compromissos textuais. Sem grana pra instalar net em casa e dependendo do PC do trabalho, ele começa uma maratona para conseguir alcançar todas as séries mais importantes do momento e ficar em dia com todas elas.

 

 

Como vimos nas temporadas anteriores,

ele adora comprar boxes com temporadas

de suas séries prediletas. Para conseguir

pagar o preço delas, esperava pacientemente

que eles baixassem. Isso sempre significava

ver tudo com um atraso de até dois anos.

 

  

Ciente de que para escrever sobre séries realmente relevantes ele precisava confiar em novas estreias, nosso protagonista providencia a reserva (ou Dibs) de algumas produções promissoras.

 

No meio de todo esse novo turbilhão, as relações acabam afetadas, claro. Como consequência, então, o capítulo das tensões afetivas acaba sendo uma realidade. Em “Do lado de Dentro”, brigas e indisposições colocam-no no centro de um furacão emocional.

 

Na temporada anterior, vimos a coroação de suas capacidades autorais com “Cômodos”. Já aqui, no episódio “Cordel do Bando Aloprado”, ele ganha a encomenda de uma adaptação e nasce então “O Lendário Bando de Maria Urtigão e a Vaca Lerdeza”.

 


 

O prazer de ver uma nova criação ganhando vida é incomensurável. E isso vem quase ao mesmo tempo em que outras apresentações teatrais dentro da faculdade vão ganhando espaço.

 

Mas “Cômodos” não sai de foco e na trilogia de episódios chamada “Maktub On The Road”, uma grande viagem em grupo eleva a série a mais um patamar de críticas positivas. A Cia Pigmentus parte para três festivais em três extremos geográficos, e todas as nuances dessa investida são apresentadas com maestria pelos roteiros.

 

Em Três Rios, a constatação de frágeis relações que se afirmam em nome da diplomacia. Em Varginha, as delícias de uma vitória depois de tantas lutas. Em Caxias, um erro cometido em nome da vivência de experiências.

 

 

A trilogia é ambiciosa. No meio desses acontecimentos, o retorno de mais alguns nomes da época clássica da série. Nice e Lídia ganham uma nova participação. Nice, vivendo infelizmente as amarguras de um rompimento e Lídia, as dificuldades de uma realidade muito intensa. Cada uma delas, transmitindo suas percepções e reflexões com maestria. Como bônus, Geovanna, a filha de Lídia, apresentando-se num momento especial.


     

 

A trilogia se encerra com um encontro de gerações. Roberta, Nice e Maria Isabel vão assistir ao espetáculo dele e no meio de todo esse profundo sentimento de gratidão, esse arco se encerra deliciosamente.

 

As estreias infantis, no entanto, não se restringem a Geovanna, e Bárbara Saboya e Leandro Ramos exibem para o mundo a irresistível Luara:

 


Na viagem de volta para a casa, um ótimo episódio intermediário faz a festa dos nerds. Em “A Dama da Noite”, nosso protagonista sai numa aventura pela Bienal do Livro com Monique Bomfim e Ana Carolina Alcântara para tentar um contato com a escritora Anne Rice.

 

Eles se perdem no caminho de ida, ficam presos no trânsito, encontram o evento lotado, perdem as senhas para a sessão de autógrafos e só conseguem ver a dita cuja enquanto se espremem dentro de um pequeno stand.

 



 

Anne Rice é uma das musas do protagonista,

que  tenta realizar a façanha de conseguir

comprar todos os livros da série “Crônicas Vampirescas”.

A mulher é uma lenda e escreve sobre vampiros

com uma propriedade até suspeita. Ela é um gênio

da ficção e foi responsável pela criação de um dos

personagens mais geniais da literatura mundial: Lestat.

 

 

Logo depois da estreia de “O Lendário Bando de Maria Urtigão”, começam os preparativos para outras duas apresentações teatrais na faculdade. No episódio “Os Poetas”, o grupo, pressionado pelas expectativas, derrapa na apresentação de “Soneto de Fidelidade”, mas dá a volta por cima na apresentação mágica do “Mash up Fernando Pessoa”. Com música e festa, o grupo apresenta uma esquete dinâmica e envolvente, que acaba alavancando mais ainda a fama do mesmo.

 


 

As tensões de final de período são conhecidas no episódio “Os Processos Periódicos”, em que ele acaba descobrindo que toda paixão pelo inglês rendeu frutos de reconhecimento. Mesmo sem curso e dependendo da boa vontade dos amigos, um belo 10 estampa seu boletim. Ele dá muita importância pra isso, enquanto ignora que de fato, isso não é nada. O episódio termina com a antecipação da reunião derradeira, onde os amigos trocam seus presentes e se preparam para a nova jornada.

 


 

 

A sorte do protagonista muda no que diz respeito à seu trabalho como resenhista, quando uma grande estreia transforma-se num grande sucesso. É a hora de "American Horror Story" entrar em cena e tirá-lo da irrelevância. 

 


 

Enquanto a bem sucedida estreia da nova investida de Ryan Murphy levava-o ao patamar de admiração dos leitores, a nova investida de Spielberg o levava ao maior patamar de repulsa de outros. A série "Terra Nova" era tão vista quanto a outra, mas mais terrível que qualquer uma. No entanto, o bem vindo sucesso em ambas tornou o trabalho com as reviews ainda mais indispensável.

 

O teaser do episódio “Bravio” acabou ficando conhecido pelo seu caráter intenso e filosófico. O relacionamento amoroso do nosso personagem sofre baques constantes, onde a dúvida e o medo acabam tomando a frente das ações. Esse processo é interrompido por outra reviravolta. O casal gay mais famoso da TV, que passou por tantos percalços e superações, recebe de braços abertos a filha pródiga, que com dificuldades, pede abrigo e conforto, ao lado do amado, para o pai. “Bravio” termina com a certeza de que ainda há muito amor entre os dois, e que o senso de família acaba se ampliando independente das nossas vontades.

 

 

O Amor é mais importante que tudo.

 

Seguindo em frente, um grande personagem de temporadas anteriores se despede definitivamente do programa numa trilogia que arrebatou totalmente a audiência.

 

Esse longo Season Finale começa com a trágica perda de Mário de Oliveira. O diretor, que teve grande importância na vida do protagonista, se ausentou, por motivos de saúde, de temporadas recentes, mas manteve seu nome vivo através da voz de seus pupilos. Na primeira parte da trilogia, “Anátema”, os preparativos para o Auto de Natal se confundem com as dificuldades de execução do mesmo. A notícia da morte de Mário, sobretudo nessa época, pega todos de surpresa e desestabiliza tudo que já havia sido planejado.

 

 

Mário de Oliveira chegou à cidade

na década de 90 para ajudar na

realização dos primeiros Autos de

Natal. Com ele, outros nomes

importantes vieram e formaram

uma rede cultural que tornou-se

indispensável para a formação

artística local.

 

 

A segunda parte, “Evoé”, mostra os acontecimentos em torno do triste e controverso enterro do amado e odiado diretor. O episódio/homenagem, é recheado de histórias e lembranças. Muitos flashbacks fazem parte desse capítulo e acabamos revendo momentos emblemáticos dessa fase teatral da série. O episódio termina com nosso protagonista recebendo o convite para editar imagens de vários Autos de Natal que serão exibidos na montagem atual.

 

O Season Finale. “Dacapo”, tem um gostinho de expectativa. As dificuldades financeiras do canal podem resultar, no ano que vem, em mudanças drásticas no quadro logísticos da série. Com medo disso, os roteiristas providenciaram um final que pode funcionar inclusive como um final definitivo para alguns personagens e situações.

 

O episódio trouxe alguns nomes afastados do elenco, reuniu participações especiais notáveis e mencionou todos aqueles que não puderam comparecer. Em “Dacapo”, o Auto de Natal transforma-se numa grande homenagem à Mário de Oliveira e começa com muitos alunos antigos se reunindo para esse momento. Essa reunião provoca o crossover com as séries de Tiago Maviero, Bárbara Saboya, Mariana Duarte, Mariana Barcelos, entre outros.

 

Muito bem escrito e profundamente emocional, o episódio é um tributo à arte e ao artista e os vídeos com alguns dos momentos passados chamam a atenção pela sensibilidade e beleza.

 


 

As emoções do Auto de Natal se fundem com as emoções de final de ano. O Natal e o Reveillón são representados como o reinício de novas oportunidades. É fim de temporada e mais um ano de sucesso se encerra.

 

O episódio termina no último minuto de 2011, quando em meio a muita chuva, nosso protagonista vê as luzes dos fogos se projetando por entre as nuvens e pensa em Deus. Em tudo que precisa agradecer, em tudo que ainda precisa desejar, em todos os sonhos que ainda precisam de mais tempo para se realizar... Em toda saúde que ele mentaliza para os que ama. Em todo amor e em toda dor. Obrigado por tudo que foi... E que venha tudo de melhor que está por vir.

 

See you on the next season...

 

  

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:41
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Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2012

Ungida de Placebo

Sarah Sheeva estava agora há pouco na Gabi dando uma entrevista. E é aquela coisa, não tem criatura mais Fake. Qualquer fala, qualquer gesto, foi milimetricamente pensado para fazer parte da oratória eloquente típica dos que lidam com as emoções do grande público. Em toda a entrevista, só vi uma Gabi exausta, farta de tantas respostas prontas, até desistir de arrancar qualquer declaração realmente pessoal da criatura. Sarah não se saiu bem nas perguntas sobre dinheiro e continuou com o péssimo hábito de não ouvir e não interagir, só falar.

 

Curioso sobre os tempos de SNZ e da época em que ela cantava a música "secular", fui ver no You Tube e olha quem era a figurinista das bocudas:

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 03:14
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Sábado, 8 de Outubro de 2011

Disney é Disney

Eu chorei junto com ela, juro!!
Melhores momentos: a cara dela quando a mãe diz que elas vão a Disney naquele mesmo dia.
No meio do choro a mãe diz "Harry Birthday" e ela aos prantos pergunta: "It's my birthday today?".
hahahaha!
Dobrado Por Henrique Haddefinir às 22:11
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Segunda-feira, 2 de Maio de 2011

O Garoto do Calendário

 

Os Estados Unidos acordaram hoje em festa por conta do anúncio da morte de Osama Bin Laden. Morbidamente, o povo foi às ruas como na final de uma Copa do Mundo, festejar o assassinato permitido da figura alegórica por trás dos ataques do 11 de Setembro.

 

Levianamente, alguns jornais chegam a se referir a esse momento como o dia em que o declínio do terrorismo poderia ter começado, esquecendo-se que um só homem não conseguiria arquitetar sozinho tamanha catástrofe e que sua morte não representará jamais o fim de um movimento que tem sua força na simpatia de outrem.

 

Emblemática, mas apenas do ponto de vista superficial, a morte de Bin Laden, sobretudo ocorrendo no ano do décimo aniversário dos ataques ao WTC, representa apenas o fim de uma caça a um homem que já não parecia ter o poder de continuar a organizar células terroristas. Algo me diz que os que estão no poder agora devem estar adorando que o rosto onde se projetam os desejos de vingança dos americanos já esteja lançado ao mar (aliás, estranho que o corpo dele não tivesse sido fotografado e mostrado ao mundo... e sim lançado ao mar...). Agora, é como se voltassem ao marco zero. A caçada terminou. Sem Saddhan, sem Osama. Sem mais alegorias. A engrenagem do terror que não possui "heróis", pode continuar tranquila a funcionar.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:24
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Sábado, 19 de Março de 2011

Fenda Asiática

Os terremotos no Japão já são a grande pauta dos jornais há mais de uma semana. O tremor de 8.9 sacudiu o país por volta das 15 horas durante dois minutos e embora a destruição tenha sido amenizada pela tecnologia anti-terremoto dos prédios e casas, a tsunami que veio em seguida devastou a população. Mais de 7 mil pessoas já foram declaradas mortas.

 

Não sei, mas meu HD interno quando faz umas pesquisas sobre a reincidência de tsunamis no mundo, não consegue captar tanta frequência como nos últimos anos. Sobretudo nos últimos meses, as catástrofes naturais nos assolam em proporções absurdas. Desde a menor escala, como na região serrana do Rio (o que pra nós é grande escala) até a maior escala, como esse evento no Japão, que pelas imagens que correm o mundo se assemelha ao cenário ficctício mais assustador de hollywood.

 

Você se imagine lá, as 15 horas da tarde, trabalhando, e de súbito começa a tremer tudo pra depois de algum tempo, ondas gigantes adentrarem a cidade sem aviso pra varrerem tudo que encontram pelo caminho. O vídeo postado abaixo é um exemplo dessa fragilidade humana diante da natureza: de longe, um homem filma a gigantesca onda se aproximando da praia. Dá pra ver os carros passando rápido pela rodovia na beira da orla. Sabemos que aquelas pessoas não vão conseguir se salvar. É assustador. Lembra os filmes mais insanos do Roland Emerich. Não vemos redemoinhos na vida real... não estamos no cinema vendo Piratas do Caribe... não estamos acostumados com isso. Preparados pra isso.

 

 

 

Parar pra pensar no quanto tudo pode desmoronar na sua vida no meio de uma tarde qualquer é algo que gela a espinha. Os efeitos dessa tragédia se estenderão sobre o Japão, já uma nação tão castigada, por muitos anos e enquanto isso, as discussões sobre a força dessa catástrofe podem ser vistas em qualquer canal de TV. Todos achando estranho que algo assim acontecesse com tanta potência... todos fazendo aquele silêncio assustado de quem teme algo maior espreitando no futuro. Talvez daqui a alguns dias... alguns meses... talvez na próxima primavera... ou no próximo ano.

 

Tem alguma coisa errada acontecendo no mundo... alguma coisa muito errada. 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:08
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Sábado, 27 de Março de 2010

A queda da Terceira Pessoa

 

Finalmente e aparentemente as expectativas quanto ao fechamento do Caso Isabella foram encerradas. Depois de um julgamento longo e excessivamente televisionado, os réus foram condenados sumariamente. A fragilidade do conceito da defesa já virou piada entre os programas humorísticos e a tal "terceira pessoa" não conseguiu salvar os dois do xadrez.

 

No entanto, o mistério em torno do que aconteceu no edifício London ainda permanecem no imaginário. Sobretudo no meu, que volta e meia me pergunto se não seria irônico se Alexandre Nardoni estivesse sendo vítima de um daqueles casos fantásticos de inocência impossível de ser provada que acabam virando filme depois de décadas. É bem verdade que não há muitos indícios disso, mas tanta insistência em manter uma tese tão absurda parece intrigante. A tal "terceira pessoa" existe tão intensamente na versão do casal que chega a lembrar a determinação do Dr. Kimble da série O Fugitivo, que dizia que a mulher tinha sido morta por um "homem sem braço" e penou pra provar que tal peculiaridade não era um devaneio.

 

Não torço pra que um inocente tenha sido condenado. Prefiro acreditar que os instintos de todos estão certos e que a justiça foi feita. Isabella descansa em paz e espero que sua família agora também encontre conforto.

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:31
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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010

Trombetas

As trombetas continuam soando por toda a parte. As tragédias se espalham por toda parte e vão deixando um rastro de sangue nesse início de 2010.

O que aconteceu essa semana no Haiti confirma um mês de Janeiro repleto de más notícias. Já tivemos inundações, desabamentos, êxodos inexplicáveis de animais e terremotos. Deus nos livre das tsunamis, desastres aéreos e furacões... porque é só o que falta.

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:09
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Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010

Tô avisando...

... é o fim dos tempos.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:26
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Memory Remains

A gente quer tentar esquecer a crueldade com que a morte chega, sem aviso e mesmo num dia de alegria, de sol, de contentamento... Mas aí abrimos a página inicial de um portal de notícias e damos de cara com isso:

DJ da festa de réveillon na pousada Sankay relata noite do deslizamento

Fotos mostram hóspedes e donos da pousada comemorando a virada.
DJ Duda estava na Sankay no momento do deslizamento

 

Não dá...

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:09
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