Dia 14 de Dezembro, um novo álbum, com canções que o Rei do Pop por alguma razão vivia adiando, será lançado no mundo todo. Eu sou da opinião de que para os fãs será sempre bom ter mais um pouquinho dele. O problema é que a obra será alcançada por quem só está interessado em fazer comparações, e é aí que a trajetória de Michael fica ainda mais comprometida.
O clipe acima é da canção One More Chance. Tem apenas dois minutos porque segundo a imprensa, não chegou a ser finalizado. A estrutura musical é a mesma de outras baladas do cantor. E mais uma vez, como acontecia em todos os seus últimos clipes, ele aparece de costas e sem closes.
Vale pelo que ele representava. Mas não é uma coincidência que junto com o lançamento, começou a pipocar pelos EUA inteiros, a polêmica entrevista dos filhos do astro para a Oprah.
É oportunismo... vá lá. Mas pode ser bacana.
Quem não quer ver os últimos dias da vida de Michael?
Do site Terra:
Eu não sei.... ainda não sei o que dizer a respeito de tudo isso. Eu estou aqui, assistindo e sei lá... alguma coisa não parece certa.
Ou talvez eu saiba... É Michael que não vai entrar ali cantando I'll be there para o delírio e alegria de todos nós.
Depois eu falo sobre essa homenagem.
Estou passado! Achei que Deus havia sido bom com o Michael e levado ele embora antes que esse show novo fosse um grande mico. Mas assistindo o vídeo do último ensaio, meu coração ficou apertadinho.... tudo pareciam tão bem.
Gente, hoje que eu me dei conta. Que pena que eu estou desses bailarinos...
Esse blog já fez muita piada da vida confusa e bizarra de Michael Jackson. Porém, ele foi um dos meus maiores ídolos e vale a pena falar sério de quem já nos divertiu tanto.
Ainda não consegui entender direito o que aconteceu nos últimos dias. Todos os leitores imaginários aqui do Dobras sabem que eu não tenho computador em casa. Atualizo o blog quando dá pra ir a um cyber ou quando a net do trabalho volta a funcionar. Tenho estado com muitos afazeres nos últimos dias e por isso a atualização ficou capenga devido a falta de tempo de ir a uma lan house. Nesse meio tempo, a notícia da morte de Michael Jackson veio como uma bofetada inesperada.
Eu estava no trabalho, em meio a ingressos, produtores e visitantes. A notícia foi trazida pelo técnico de iluminação e minha primeira reação foi largar tudo e subir até a sala dele para ver o que estava realmente acontecendo. Pensei que podia se tratar de uma daquelas piadas grosseiras tipo Era negro, ficou branco e agora é cinza. Mas não era. O mundo estava lá, ao mesmo tempo, não entendendo nada e esperando pela confirmação.
As notícias eram contraditórias. As circunstâncias da morte não estavam esclarecidas, mas independente disso, a sensação geral era de que não podia estar acontecendo. O mundo sem Michael. Sem suas bizarrices, sem seus escândalos, suas transformações, mas sobretudo, sem a expectativa eterna de um retorno à sua música. Retorno esse que não viria, sabemos disso. Mas que a presença física dele em seu castelo, tornava infantilmente possível.
Começou o show! O The Michael Dead's Show. Todos os canais, todos os veículos, pipocando imagens, fatóides, clipes e entrevistas. A Michael Land estava aberta e dessa vez, vejam que ironia, totalmente graciosa com o nosso astro. Ele precisou morrer para ser tolerado. Isso pelas vias curiosas daquele comportamento humano intrigante de tornar santos na morte, os pecadores em vida. São tantos os artigos e textos a abordar os vários aspectos da vida dele, que a redundância se fez presente em menos de dois minutos. Eu agora engrosso o côro. Ele se foi. Ficamos com o que sobrou:
Década de 80.
Um menininho afeminado assiste estupefato a transformação de um cantor em monstro.
As imagens me apavoravam, mas havia alguma coisa naquela música... alguma coisa que tornava tudo tão irresistível.
Algum tempo depois, lá estava o menino batendo as palmas do minuto 1:34 desse vídeo:
Definitivamente, tinha alguma coisa! O menino, já mais velho, tentava, ouvindo a rádio RPC, gravar com sua fita cassete as guitarras da canção a seguir.
E de uma maneira inexplicável isso continuava. Com os anos, volta e meia, vinha uma canção e o tomava. Por menos sucesso que tivessem, elas pareciam ter alguma coisa.
E mesmo quando esse cantor chegou ao seu limite:
Ele foi o melhor.
Seus Cd's permanecem em lugar de honra da prateleira do menino. Infelizmente, o menino que esse cantor foi um dia, não o salvou dos tormentos dos quais o menino de que falo foi salvo. Tinham tanto e tão pouco em comum. Um deles segue em frente, o outro, fica por aqui:
A foto vem do Papel Pop, que tirou do site da Entertainment Tonight.
Britney está pra voltar à ativa e eu li no "papelpop" que a titia Jackson pode vir acompanhando-a.
Fiquei pensando no quanto isso é bizarro e imperdível ao mesmo tempo. Já pensou? Jackson desfigurado, com seu nariz falso, tentando um desesperado retorno e Britney ao lado dele, meio gorda e desorientada. Ahh... ela tem que dar uma engordadinha até lá... ela tem que tomar umas margueritas....
Isso seria antológico.