Quinta-feira, 10 de Junho de 2010

Discurso de Poeira

Voltando do meu interlúdio acadêmico, para comentar, entre outras coisas, o show de TM Stevens que eu fui assistir aqui no nosso precioso Festival de Jazz & Blues de Rio das Ostras. Tarde ensolarada, friozinho, palco em cima das pedras, nada mais perfeito. Sobe ao palco esse negão discreto e começa a fazer um som que anima pra valer. Na metade do show ele começa a conversar com uns jovens da fila da frente e num discurso presunçoso, termina mandando Lady Gaga pras cucuias, pedindo que as pessoas ouçam o que ele chama de real music. Vieram as palmas, claro. Imagina uma platéia de um festival de Jazz ouvindo o cantor falar mal da Lady Gaga? É reafirmação de inteligência soltando pelos poros. Eu achei engraçado. Ele se comunica muito bem com seu público. Mas uns minutos depois...

 

T. M. Stevens
... eu comecei e perceber uma coisa: a canção seguinte passou vinte minutos mandando as pessoas "mexerem a bunda". E ele no palco, obrigou todos os seus integrantes e ajudantes de Staff a mexerem a bunda também. E pesando bem, em uma hora e meia de show, ele deve ter cantado cinco músicas, já que todas elas tinham introduções imensas e meia-dúzia de frases. O motivo disso? Como ele ia mostrar o quanto todos eles sabiam fazer real music? Fazendo solos intermináveis!!

 

Comecei a achar aquilo tudo um embuste. Quando um artista começa a não entender que a diversidade musical é tão importante quanto todas as outras diversidades, é porque alguma coisa está errada. Lady Gaga não é uma das minhas prediletas, mas parto do princípio básico que ela faz música pra dançar e o povo que curte boate, tem o direito de ter seus ídolos. A partir do momento que ele correlaciona gostar de Lady Gaga a não ter inteligência musical, ele radicaliza um conceito que sinceramente, não merece minha admiração. Tenho horror a gente que acha que suas preferências refletem uma superioridade intelectual. Por isso que odeio Ed Motta. Acho que o mundo precisa de toda e qualquer manifestação de diversidade e por mais que eu odeie coisas como o Funk e o Pagode, respeito totalmente seu direito de existir na nossa cultura. Até porque sabemos que as cobras são venenosas, mas entendemos também que elas precisam estar ali para manter o equilíbrio ambiental.

 

Já pensou se no mundo existisse só música considerada boa e inteligente? O que ia ser desse povo que precisa se sentir melhor que os outros?

 

E o Radiohead está aí pra provar que o computador serve a todos os princípios artísticos que puder.

 

Em homenagem aos valores musicais de Lady Gaga, um cover respeitável de Poker Face na série Glee.

 

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:56
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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

The Sad Song

Aqui está o vídeo de uma das canções mais bonitas que já existiu em toda a história da humanidade.

Não sei muito sobre ele ainda, mas Fredo Viola transformou sua "The Sad Song" numa tocante obra-prima.

 

 

Quem é fã da série "The OC" pode até reconhecer a canção. Ela toca na hora do terremoto que balança Orange County no penúltimo episódio da quarta temporada. Inclusive foi ali que a notei. Ai, ai... nessas horas é que eu me orgulho tanto do meu gosto por série de televisão. E por boa música, claro.

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 21:20
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Segunda-feira, 3 de Novembro de 2008

Saiu!!

EU QUERO!!!!!!!!!!!EU QUERO!!!!!!!!

EU PRECISO!!!!!!!!!

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:58
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Westlife

Já contei que eu tenho um fraco por boys bands? A-D-O-R-O!!! As coreografias, as baladas melosas, os clipes com paisagens lindas, os rapazes que nunca cantam nada mas estão no grupo mesmo assim, os arranjos iguais, as músicas terminando sempre com um pianinho... Enfim tudo!!

Ontem comprei o álbum novo do "Westlife". Estou me acabando. Mas o engraçado é que dessa vez o fraco foram as baladas. Tem umas mais agitadinhas que são boas mesmo. Estou postando aqui o vídeo da canção de trabalho "Home". Mas procurem ouvir "When I'm With You". É uma delícia!!!

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:42
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Circus Attraction

Viram a capa do novo álbum da Britney?

Achei mais bonitinho... Ela geralmente faz capaz horrorosas! Essa continua não sendo grande coisa, e como bem disse o Phelipe do Papel Pop, está muito "Mariah". Essa coisa de pescocinho torto não rola. Ou me lembra mesmo a Mariah ou então o torcicolo da Regina Duarte.

Mas estou torcendo pra ela tomar jeito mesmo. Será o fim para os blogs de chochação. Mas pelo menos, ganhamos com a música. "Womanizer" é até bem legalzinha. Confere o clip aí:

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:13
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Sábado, 9 de Agosto de 2008

The Real Puppets - My Best Of Metallica

Aí está!! A capa do novo álbum do Metallica:

Eu adorei!! Muito mais interessante do que a capa do anterior, "St. Anger". O problema é que há vários indícios de que ele não será mais interessante em outros itens. A começar pelas declarações de membros da banda que insistem em interpretar um retorno ao som antigo da banda como um ponto positivo. E no caso do Metallica, não é.

Não é pra mim, vamos deixar claro. Até curto uma canção ou outra daquela época, mas rock barulhento de garagem nunca foi o meu estilo. Sobretudo quando se une à cabelos compridos e suados e à uma atitude agressiva e transviada. E o Metallica chegou pra ser o pilar de sustentação dessa atitude. Vejam o nome do primeiro álbum:

E quando a gente ouve, dá vontade mesmo de sair matando todo mundo por aí.

Não que eu não reconheça o valor cultural ou mesmo musical desse tipo de som, mas no fim das contas, me parece que é um tipo de música que se apóia muito mais na atitude que a precede, do que na melodia exatamente. E música é melodia, não é minha gente. Com isso acho que todos concordam.

Ouvi muito pouco desse álbum. Na verdade, nem me lembro exatemente de tê-lo ouvido. O fato é que o Metallica chegou até mim nos anos 90. Através da paixonite que eu tinha por um amigo que estava vivendo em êxtase essa inclinação juvenil por buscar identidade em tribos. E o mais engraçado é que a tribo dos rockeiros acha que está fazendo exatamente o contrário: sendo original, transgressor e mostrando ter personalidade. Mas basta dar uma boa olhada neles pra perceber os cabelos iguais, as roupas iguais, as falas iguais, os gostos iguais, a repetição de atitudes e gestos copiados de ídolos... enfim, vá entender a cabeça deles.

Eu também tinha minhas idiotices de adolescente. E gostar de uma banda só por causa de um cara, foi uma delas. Por sorte não fui muito longe. Além de não ter entrado em tribo nenhuma, nunca consegui gostar das outras coisas que ele ouvia. Fiquei pelo Metallica mesmo.

E ele tinha quase todos.

Esse aqui eu pegava emprestado e ouvia só "Fade to Black", que era a faixa "lenta" do disco. O Metallica sempre tinha uma e era sempre a faixa 4.

Aqui no "Master", a faixa 4 era a "Welcome Home", mas nem por isso a melhor. Esse álbum foi o meu primeiro álbum da banda. A minha irmã estava sendo paquerado por uma loja de discos de rock e ele disse à ela que ela poderia escolher qualquer um. Ela não curtia rock e então pegou esse pra mim. Odiei quando ouvi de primeira. Mais tarde, percebi que era o primeiro disco que flertava com melhores construções musicais e que mostrava um pouco da inquietude da banda. "Battery" tem um dos mais belos inícios e é uma canção construída de modo arrebatador. "Master of Puppets" é longa demais, mas tem momentos muito interessantes. Assim como "Leper Messiah" e "Damage Inc.". Todas salvas por lindos solos.

Mesmo assim, pesado demais.

O "Justice for All" veio logo depois. E foi a primeira grande virada da banda. Ainda pesado, o álbum era surpreendentemente cru. Parecia algo feito sem nenhum tratamento técnico. Era estranho. Esquisito. E de um modo subversivo, era sofisticado.  E tinha a balada "One", conhecida por todos por seu inacreditável alcance popular. Muita gente ouve e gosta. E nem sabe de quem é.

No entanto, embora esse disco tenha sido uma grande surpresa, o ápice veio a seguir:

Sem título e com uma capa sinistra, o "Black Álbum" do Metallica foi a segunda grande virada. E até hoje não entendo porque essa virada foi aceita pelos fãs e a seguinte, com "Load", não foi. Sobretudo porque, sob certos aspectos, o Black Álbum era até doce e delicado.

Foi o primeiro disco da banda que me arrebatou pra valer. Era perfeito. Do início ao fim. E tinha duas das baladas mais lindas da história: "The Unforgiven" e "Nothing Else Matters". Que foram tão executadas na época e até hoje, que não dá nem pra ouvir mais. E tinha coisas incríveis, como "Enter Sandman", "Wherever I May Roam" (uma canção com viradas melódicas desafiadoras), "Through the Never" (que se você ouvir com fones, nota a bela distribuição de riffs para cada lado), "My Friend of Misery" (uma balada não assumida) e por aí vai.

O álbum é pesado, mas também é intenso, comovente e muito bem arranjado. E é aí que toca o ponto principal. A partir daqui fica evidente o quanto a banda passou a se preocupar com as melodias, com as experimentações e com os vocais do delicioso James Hetfield (quantas vezes já me bronhei por causa dele). James passa a cantar. E a banda não faz só barulho.

Até que chegou...

..."Load". A banda teve muitos problemas, passou anos sem gravar e apresentou ao mundo esse controverso álbum. Mudaram absolutamente tudo. O logotipo adorado pelos fãs. Os cabelos compridos copiados pelos fãs e a sonoridade excessivamente agressiva.

"Load" era odiado por mais da metade do mundo do rock. E eu, me deliciava. A experiência de ouvir as canções era quase religiosa pra mim.

Na minha cabeça, não conseguia entender porque as canções eram consideradas tão inferiores as do Black Álbum. "Load" tinha baladas, mas também tinha porradas.

Era a experimentação de coisas como "The House Of Jack Built" (com riffs eletrônicos incríveis) ou de "Cure" (com brincadeirinhas de bateria e vocal)?

Considero impossível fechar os olhos e tapar os ouvidos para coisas brilhantes como "Until it Sleeps", uma das canções mais bem construídas da história da música mundial. Com Lars arrasando na bateria e com solos de guitarra de arrepiar.

O álbum tem letras toscas como a de "Poor Twisted Me", mas também coisas geniais como "King Nothing". Temos baladas comovidas como "Mama Said" (com James mostrando todo  o poder de sua voz) e porradas diretas como "Wasting My Hate" e "Ronnie". Temos a canção épica "Bleeding Me" e a canção "que se prestarmos atenção veremos que é perfeita", "The Outlaw Torn (que é uma aula de bateria).

Enfim, é um grande álbum. E pra mim, absolutamente injustiçado. Porque era tão ruim se reinventar? Tentar fazer música? Desafiar-se? Afinal de contas, a coisa mais fácil do mundo pro Metallica seria fazer as mesmas canções agressivas, de refrões repetidos e temática violenta. Eles faziam isso dormindo. E apesar disso, os fãs mais xiitas e alguns críticos, insistem num preciosismo metaleiro que apenas por algum tempo o Metallica ignorou. Tempo suficiente para lançar...

... "Reload". Que é exatamente o que o título sugere. Uma continuação. Até porque a métrica é bem parecida e a musicalidade também. Trata-se na verdade de um álbum que seria lançado junto com "Load" (que seria duplo), mas que a banda acabou decidindo separar.

Aqui se repetem todos os prós e contras. E com esse lançamento, o Metallica torna milionários os seus integrantes, mas lança uma pá de cal no prestígio com os fãs.

O álbum tem coisas magníficas, como a irresistível "The Memory Remains" e a segunda parte de "The Unforgiven" (considerada melhor por alguns e um sacrilégio por outros).

Nesse álbum a quantidade de canções irrelevantes é maior. Mas ele se salva com as ótimas "Prince Charming", "Carpe Diem Baby" e "Fuel". Se em "Load" a balada era Mama Said, aqui é a quase lúdica "Low Man's Lyric", que tem uma inacreditável base construída com um instrumento que lembra a gaita de foles. E a última canção, chamada "Fixxer", também segue a mesma métrica de última canção de "Load" e é tão boa quanto.

O fato é que depois desse álbum, o grupo resolveu fazer um intervalo. Um tempo depois, lançaram um disco de covers:

O álbum era duplo. O disco I era dos covers propriamente dito. O disco II de gravações de garagem de quando a banda nem era famosa.

Os fãs passaram horas ouvindo o disco II e relembrando a época da barulheira. Eu passei horas ouvindo o disco II e saboreando pérolas como "Turn the Page", "Astronomy" e "Loverman", essa última inclusive, é um dos melhores arranjos da banda e tem um melhores registros vocais de James. Ele abusa de charme, sensualidade e poder nessa canção. Um achado.

Esse disco I ainda tem uma ótima versão de "Dye, Dye, My darling", "Sabra Cadabra" e a inesquecível "Whiskey  in the Jar". Os covers terminam com direito a uma reunião de amigos babacas da banda cantando "Tuesday 's Gone" (ao final da canção ouvimos as vozes de todos falando babaquices e emitindo grunidos).

 

Depois do "Garage", a banda entra em ibernação. E passam vários anos tentando afastar os monstros dos desentendimentos, do alcolismo de James e da saída conturbada de Jason.

Tudo isso pode ser visto no estranho documentário "Some Kind of Monster", que através de um exebicionismo bizarro, registra todos esses momentos. Hábito que o Metallica já tinha demonstrado, ao lançar logo após a chegada do Black Álbum ao mercado, uma fita com os bastidores desse disco. E que incluiam todos os altos e baixos.

Em "Some Kind of Monster" podemos ver as brigas de Lars e James, os psicólogos contratados servindo de chacota pra eles, a arrogância de Lars quando vai ao show de lançamento da banda de Jason (que sai do Metallica porque é proibido de ter projetos paralelos), a patética tentativa de recuperação de James e por aí vai...

O resultado disso é o conturbado:

"St. Anger" é lançado com ares de recomeço. E é só aí que fica claro como os senhores do Metallica desaprenderam a desafiar os padrões pré-estabelecidos.

Com a desculpa de que precisavam fazer algo agressivo por conta de tudo que estavam passando, eles foram atrás de antigas referências e criaram algo que em muito lembra a crueza e amadorismo de "Justice for All".

Esse álbum tem canções promissoras como "The Unnamed Feeling" e "All Within My Hands", mas que não chegam a lugar nenhum por conta do compromisso em ser "pesado", "violento", "irado".

A melhor canção do disco é a intensa "Dirty Window" e que tem a melhor frase também: "Eu sou o juiz, o júri e sou o executor também".

"Frantic" também flerta com a genialidade e a canção de trabalho, "St. Anger", é a única com um pouco do espírito dos álbuns mais leves.

 

Com isso tudo, o Metallica parece ter decidido ir atrás do prestígio perdido com os antigos fãs e com parte da crítica. Eles estavam confortáveis na posição que consolidaram, decidiram desafiar tudo, mas acabaram sendo fracos e voltando atrás.

Não tenho boas expectativas quanto ao "Death Magnetic". Já pelo título. Acho que o clichê do trash metal que se apoia em chavões baseados em "morte", "sangue", "fúria" e coisa dos tipo ficou pra trás. Soa reciclado e forçado vindo da boca de homens que já estão com quase cinquenta anos. A coisa é tão intencional que até ao antigo logotipo eles retornaram.

No fim das contas, eles se tornaram os verdadeiros bonecos de sí mesmos. E isso é uma grande perda em se tratando de uma banda que podia ser tudo, menos previsível.

 

My Best Of Metallica

1. Battery

2. One

3. Through the Never

4. Nothing Else Matters

5. My Friend of Misery

6. Until it Sleeps

7. The House Jack Built

8. Mama Said

9. The Outlaw Torn

10. The Unforgiven II

11. Carpe Diem Baby

12. Low Man's Lyric

13. Fuel

14. Loverman

15. Astronomy

16. Whiskey in the Jar

17. Turn The Page

18. Dirty Window

19. St. Anger

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:49
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Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

Prêmio Tim de Música, pra quem?

Prêmio Tim de Música.... agora que eu estava repando umas coisas:

 

CATEGORIA POP/ROCK
Melhor grupo: Nação Zumbi – “Fome de tudo”
Melhor cantor: Jorge Benjor – “Recuerdos de Asunción 443”
Melhor cantora: Vanessa da Mata – “Sim”
Melhor disco: “Ao vivo no estúdio” – Arnaldo Antunes
 

Desde quando Jorge Benjor pode ser melhor cantor? E desde quando o Arnaldo Antunes pode ganhar prêmio de qualquer coisa que não seja "Melhor poesia Verborrágica"?

 

Será que eu estou muito ranzinza ou esse povo mata um pra continuar sendo "cult".

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:53
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Boyzone

Depois de New Kids On The Block, Spice Girls e Take That, o Boyzone está de volta!

Eu devo confessar uma coisa: gosto de boys band irlandesas. Tenho todos os discos do Westlife, alguns do Take That e do Boyzone e até um solo muito bom do Ronan Keating, que é vocalista desse último citado.

Menosprezados mundialmente como artistas inferiores, esse tipo de formação tem uma fórmula básica. Assim como seus representantes americanos (N´Sync, Five, Backstreet Boys), eles tem canções determinadas pelos seus produtores e também são arranjados por eles. Suas belas vozes funcionam apenas como o último e não por isso, menos necessário, igrediente desse jeito comercial de fazer música... Até que em algum momento da carreira, a vontade de andar por conta própria provoca mudanças de padrão e é geralmente por isso que os grupos terminam.

Embora sejam responsáveis por maior parte de sua obra, Madonna, Britney Spears, Christina Aguilera, entre outros fenômenos pop, também já funcionaram assim. Sobretudo, começaram assim.

E é engraçado ver como alguns comentaristas desse mundo, como o Phelipe Cruz do Papel Pop (de onde tirei essa foto e também a inspiração pra esse post), tem um julgamento desproporcional ao que julgam ser "música de qualidade". Enquanto geralmente abraçam essa atitude musical "pseudo-hiphop-bitch-psicodélica-tecnológica-contemporânea-forçada-sexista" de fazer música, colocam em detrimento um outro gênero que foi fabricado num setor diferente da mesma indústria fonográfica de onde surgiram esses mesmos ícones que são tão compreendidos por eles.

A métrica músical das boy bands irlandesas e americanas é a mesma que circula entre todo o gênero pop até hoje: estrofe, refrão, estrofe, refrão, interlúdio e refrão de novo. Madonna faz música assim até hoje. O charme e a qualidade ficam por conta do que você vai fazer pra tornar essa rotina mais satisfatória. E Madonna aprendeu como. Bem feito ou não, o pop já é um caça-níquel por natureza.

Sempre adorei as baladas dessas boy bands porque, ao contrário do frenesi dancer das boy bands americanas (que eu também gosto), elas privilegiavam as melodias e cafonices românticas que sempre fazem muito bem aos ouvidos num dia de bons estados de espírito.

Com ótimos vocais, o Boyzone criou arranjos até muito bacanas. Há coisas lindas como a versão deles pra "Father and Son", e até ousadas, como a canção "When the going gets tough", que tem um arranjo de trompetes divino!

Claro que essa métrica às vezes cansa e ouvir um álbum todo assim impede claramente que você tenha só boas canções. Mas isso acontece com todo artista pop. TODO.

 

Eu não sei como será esse retorno. O Take That voltou com um álbum bem regular. Ganharam prêmios e tudo, mas o disco não tem muitos bons momentos. Em parte porque não é o Gary Barlow que canta todas as canções.

Vamos ver como retorna o Boyzone. Eu, pelo menos, vou me dar ao trabalho de ouvir. Não acredito que muitos se permitirão a mesma coisa.

 

PS: A foto de divulgação desse retorno é realmente muito constrangedora. Como é que podem não ter percebido isso?

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:59
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