Acabo de terminar os dois episódios seguidos de GLEE, ainda profundamente comovido com as vitórias do New Directions e com a possibilidade de mais despedidas emocionais na semana que vem.
Eu estou tão tomado de gratidão pelo que GLEE me proporciona todas as semanas, que gritar isso pro mundo é o único jeito de me fazer esquecer. E é assim mesmo que acontece com tudo aquilo pelo qual nos apaixonamos: ficamos chatos, pedantes, viramos malas perante aqueles que não nos entendem.
E GLEE é isso mesmo, paixão. E na melhor interpretação da palavra, já que provoca reações de profunda devoção, e ao mesmo tempo (por conta de seus problemas "murphyticos") de profundo incômodo.
E a gente entende... A gente entende todo mundo que não gosta. Existem muitas razões pra não amar GLEE, sobretudo quando ela não esbarra no que fragiliza o seu coração, no que te remete e te referencia. GLEE não é uma série para os 100% cínicos (porque existem os 95% cínicos que amam, mas não assumem) e acho isso uma tristeza, porque poucas vezes vi no ar uma série tão cínica. Acho terrível que os inteligentes não gostem de GLEE, porque poucas vezes estive diante de tiradas tão espertas. Acho uma pena que os detratores se deixem enganar pelo universo HIGH SCHOOL, ou pelo nonsense da dramaturgia musical... Pouco se vê de tão transgressor na televisão mundial.
A cada episódio, é como se um oceano de lembranças, cheiros e sensações pregressas me tomassem. Tudo imbuído de sagacidade e muita cara de pau. É como se cada personagem meio ferrado que a série tem, falasse pra um parte meio ferrada de mim... É como se o imenso amante das artes dramáticas que eu sou, estivesse diante de tudo aquilo que quis ver, viver e encenar.
E que me desculpem os que anseiam pelo sentido... Quais paixões fazem realmente sentido? Como explicamos que tenhamos tanta ansiedade pela afirmação de nossa intelectualidade, e choremos ao mesmo tempo com o filme pipoca da Sessão da Tarde? A inteligência da paixão está em deixar-se levar por ela.
Por isso, sem vergonha de parecer o maior e mais pernóstico dos NERDS, eu estou aqui pra falar: Um imenso "Eu Amo GLEE" estampado no peito. Porque ela me faz chorar de alegria por cada e único momento de completa identificação.
Semana que vem é o fim dessa era da série, e talvez nunca mais seja assim. Por isso, muito obrigado Ryan Murphy por esses três anos de paixão. Foi um desbunde. Um despertar.
Que a terceira temporada de GLEE está linda de se ver, eu nem vou comentar. O que quero dizer é que o que fizeram Shake it Out da Florence, foi de enlouquecer de tão lindo e bem colocado.
Rendam-se todos os detratores, Glee essa semana foi diversão, poesia e inteligência pura.
Atenção: SPOILERS
Não é que eu não entenda todos os problemas que a série apresenta. Eu entendo. Sei daquilo tudo. Da dificuldade de estabelecer um nível de qualidade que não oscile tão frequentemente, da dificuldade de evitar os exageros e trair o que pretendem os personagens, da instabilidade da qualidade musical, do texto às vezes tolo, enfim... Eu conheço e reconheço todos os problemas de Glee. Mas a questão é: as qualidades ainda me deixam de sorriso aberto do início ao fim de alguns episódios.
E essa semana eu fiquei extasiado. Absolutamente tudo funcionou no episódio. O foco em Rachel e Blaine era um perigo iminente, já até apontado por Santana na semana passada, mas nessa trama não havia como fugir deles. Rachel é a protagonista e teremos que aceitar para sempre seu papel dentro do programa. Mesmo que ela nos aborreça e seja redundante. Ela é a estrela. Já Blaine, que muito corretamente tem uma personalidade menos lúdica que Kurt, absorveu a função de avaliar e analisar os plots da semana com mais seriedade.
A função de Rachel na história toda sobre a virgindade era a mesma de sempre: ser Rachel para então sofrer o rebate dessa condição. E é exatamente por isso que funciona tão bem. Ela tem suas atitudes absurdas, mantém a natureza da personagem, e determina o politicamente dentro do incorreto politicamente. O que ela precisaria dizer a audiência sobre o tema, e dentro de seu papel de protagonista, acabou sendo dito por Tina e fez muito mais sentido sendo assim.
Entre Kurt e Blaine o roteiro não poderia ter tomado melhores decisões. A dinâmica com Sebastian¸ do lado de Blaine, e de Karofsky, pelo lado de Kurt. As duas mostrando, com muita sutileza, coisas importantes sobre ambos. E eu mal posso conter minha empolgação quando falo de Karofsky. É quando ele aparece que Kurt é mais crível. E para o mundo gay esse personagem representa tanta coisa... Acho e sempre acharei lamentável a implicância de alguns fãs com as histórias sobre superação gay na temporada passada. São mais de 50 séries no ar, quase todas elas falando dos mesmos encontros e desencontros heterossexuais, e quando aparece uma que dedica aí 30% de sua temporada aos temas homoafetivos, é acusada de excesso. Excesso!! Se Glee ficasse 20 episódios focando em Kurt, ainda não seria nem metade do que deveria.
E Karofsky é vivido com cada vez mais carinho por Max Adler. O ator entende, apoia, é solidário ao personagem e isso fica perceptível na atuação dele. Sua única cena em todo o episódio, também foi a melhor de todas. Correta, tênue, cheia de tensão emocional. Chris Colfer já deu declarações de que adoraria que Karofsky e Kurt tivessem uma chance. Nada me faria mais feliz, embora não haja absolutamente nenhum sinal de que o Bear Cub (referência linda ao universo gay de adoração aos gordinhos) voltará a fazer parte da rotina de Kurt.
Técnicamente, o episódio também foi muito feliz. As cenas intercaladas com o musical ajudaram a não cansar daquela linguagem de Broadway. Foi extremamente sensível e delicada a sequência final com os casais, e o número inteiro focado em Santana foi um desbunde.
O que muito poucos entendem é que Glee não é para os cínicos. E os cínicos demoram demais ou mesmo nunca conseguem, ligar-se a uma série pelo que ela constrói pautada no carisma. Alguns mundos, alguns elencos, alguns universos, se sobressaem tão inerentes aos números e regras, que sobrevivem acima de qualquer coisa. Foi assim com Dawson’s Creek, Friends, The OC... Os enganos estão lá, os erros, aquelas decisões que odiamos e todas as ameaças de abandono. Mas aqueles personagens existem tão completamente – a ponto de virarem um símbolo de cultura – que estar com eles se torna uma experiência de conforto, muito mais que de avaliação.
E eu quando estou com Glee, estou naquele mundo. Faço cara feia para os tropeços, mas sigo incapaz de abrir mão de um pedaço infantil, lúdico e totalmente necessário, da minha rotina.
Quando a segunda temporada de Glee terminou – em meio às críticas de queda de qualidade – todo mundo só falava da possível saída de alguns personagens por conta da formatura. Durante esse hiato, o sentimento de repulsa com relação ao programa só cresceu perante a mídia especializada. Os fãs também se dividiram e o lado que desistiu do show acabou criando a Fundação Dos Que Odeiam Glee Mais Que Tudo No Mundo. Juntos, eles – os que odeiam Glee mais que tudo – e a mídia especializada, encontraram tantos problemas e defeitos que impossibilitam aquele que ainda é fã, de viver seu prazer sem ser tachado de infantil ou de burro. É só dizer eu vejo Glee, para receber em troca uma careta de nojo ou uma expressão verbal de indignação.
A série tem um monte de problemas – todos por conta de uma falta de domínio dramatúrgico – mas ainda é um programa de catarse, e a catarse quase sempre perdoa o deslize. No final das contas, me pega sempre de jeito e me faz esquecer as idiotices que eventualmente joga na roda.
Essa terceira temporada não poderia ter começado de um jeito melhor. Equilibrada e lúcida. Sobretudo se esquecermos Will e Emma – um bom exemplo das idiotices que eu mencionei acima – e suas lancheiras estampadas. Focado na inerência da formatura de Rachel, Finn e Kurt, a estreia nos entregou uma coerência raramente esperada da série.
Quinn me preocupa, mas muito menos que Mercedes, que já não tem um sentido na dramaturgia há séculos. Santana fora do grupo me entristece – ela é uma das melhores cantoras – mas foi uma reviravolta bacana. Também temo que as injustificadas críticas ao “excesso” de plots sobre homossexualidade vistos na temporada passada acabem provocando o aborto das tensões entre ela e Britany e entre Kurt e Karofsky (a chegada de Blaine ao colégio poderia muito bem maximizar os problemas do grandalhão).
Os números musicais não foram tão animados, mas dar de cara, logo na estreia, com Lindsay (do The Glee Project), foi uma delícia. O número dela inclusive foi o melhor e só aumentou a expectativa para os próximos vencedores que surgirão. Confesso que anseio por Alex e Damian, mas passaria muito bem sem o Samuel.
Continuo animado com a série, e muito esperançoso de que ótimos episódios serão entregues, para que essa última temporada do elenco clássico seja inesquecível.
Um reality show pode te surpreender nos exatos 10 episódios em que permanece no ar? Sim, pode. E o nome desse reality é The Glee Project.
O episódio final foi ao ar no domingo a noite nos EUA. De 12 competidores, 4 sobraram. Quatro. Mas se você fizer a conta das eliminações semanais, vai perceber que no episódio final, deviam restar apenas 3. No entanto, a inteligente manipulação das regras de acordo com a condução do jogo salvou todos os 4 da última manipulação. Ao chegarmos na décima semana, tínhamos nos quatro finalistas a reunião irregular de “personagens” próximos e ao mesmo tempo distantes da atmosfera de Glee:
Alex seria uma reunião de três minorias que já existem na série: gay, negro e gordo. Para seu azar, três minorias que já foram abordadas com precisão. Seu diferencial estava na coragem de travestir-se para suas apresentações solo.
Esse acabou sendo o argumento fundamental para sua permanência no reality. Se ficasse, provavelmente Alex teria seu personagem construído em torno disso. Perdeu pontos por conta da arrogância e pretensão, que acabaram denunciando suas dificuldades em estabelecer relacionamentos fortes com os outros concorrentes. Errou ao travar uma batalha de egos com Matheus e ao insinuar que a ausência paterna pode ter provocado sua homossexualidade. Tinha uma voz absurdamente potente.
Lindsay era uma espécie de Rachel 2.0. As semelhanças com a personagem de Lea Michele eram muitas, mas paravam no quesito simpatia. Linda, talentosa, dona de uma voz perfeita, passeou pelo programa com emoções falsas e nos garantiu bons momentos. Era o tipo de concorrente que acrescentava à dramaturgia indireta dos realitys. Se comprometia, alterava o ritmo dos colegas e foi por causa do beijinho que deu em Cameron, que acabou antecipando os conflitos do rapaz esua precedente desistência.
Sua necessidade de instaurar o brilho em sua própria existência era compreensível e comovente, em alguns momentos.
Samuel era a personificação da confiança. Não representava nada do espírito vulnerável do programa e até a saída de Cameron, não tinha nenhuma sombra de correlação com a inspiração loser que permeia a série.
Ryan Murphy, decepcionado com a teimosia de Cameron em desistir, acabou transferindo para Sam (e sua aparência alternativa, com dreds e tatuagens) suas expectativas de escrever sobre um religioso fundamentalista que ao mesmo tempo sonha com os palcos. Seu talento como cantor e ator, esbarrava constantemente na cristalização de suas expressões e em sua constante posição confiante perante os colegas e os jurados.
Damian tinha vários motivos para não ter ficado entre os quatro. Não era o melhor cantor, não era o melhor ator e muito menos o melhor dançarino. Tinha um sotaque irlandês carregado e uma aparência extremamente infantil.
A seu favor, uma simpatia irresistível, um carisma avassalador, um atitude generosa e humilde com os participantes com quem concorria, uma sensatez e respeito invejável perante os jurados e um charme delicioso. No entanto, era esmagado pelas qualidades natas de seus amigos.
Esses quatro personagens, administrados por um grupo de jurados encabeçado por Robert Ulrich (sempre distanciado), viram seus nomes sendo elevados ao máximo do que poderiam ter planejado para sí mesmos até aqui. Digo os quatro, porque a decisão de arriscar a vitória entregando-a a Samuel, foi amenizada pela homenagem à generosidade ao presentear Damian com essa chance. Os dois eram os vencedores oficiais do programa, mas Lindsay e Alex não podiam ter seus talentos ignorados e ganharam uma pequena participação na temporada.
Esse final, mais uma catarse gleeniana, manteve o espírito surpreendente do reality e também serviu para nos apresentar aos bastidores de uma série que parece realmente se preocupar com seu conteúdo, seus atores e suas motivações. O coreógrafo Zach, com suas expressões de admiração e preocupação genuína são uma boa amostra disso. E mesmo Ryan Murphy, com seus arroubos de petulância, tinha no fim de tudo, uma necessidade real de falar para cada um dos oprimidos que perambulam pelos corredores dos colegiais espalhados pelo mundo.
The Glee Project já foi renovada para uma segunda temporada. Já não vai ser tão bacana e tão surpreendente como foi agora. Glee já terá perdido parte de seu elenco principal e não sabemos o quanto a série vai crescer ou decrescer até aí. Mas eu, como um fã absurdamente apaixonado, espero muita longevidade para essa que é uma obra cheia de contradições, enganos, momentos sábios, fúteis, catarses inexplicáveis, polêmicas e paixões. Como todos nós somos, aliás. Não há espaço para indiferença em Glee. Espero que nunca haja. A terceira temporada vai ser especial.
Em tempo: Dos que já tinham saído, Emily, Matheus e principalmente Hannah, mereciam ter chegado ao menos na final. Titio Ryan muitas vezes esqueceu os argumentos de inclusão da série, para privilegiar possibilidades instáveis de inspiração que não garantem o sucesso do programa.
Acaba o episódio e eu lá, estupefato diante da TV. Gente, o que foi esse TGP dessa semana? O que foi Hannah entregando seu amor a Damian? O que foi Cameron chutando uma oportunidade daquelas por conta de convicções religiosas?
Às vezes a gente vê esse tipo de carola num filme e pensa que esse tipo de coisa só existe na ficção. Lembro que tive resistência a acreditar naquele personagem beato que namorou a Jen em Dawson's Creek e que não fazia sexo antes do casamento. Ver esse tipo de coisas saindo da boca do Cameron foi como um choque de realidade: o conservadorismo americano ainda assola a juventude como um câncer. E esse tipo de repressão moralista-pessoal acaba gerando indivíduos opacos e intolerantes.
Claro que rola aí uma questão de avaliação pessoal minha, mas era difícil entender Cameron não aceitando fazer coisas que estavam dentro do campo da ficção. De certa forma, a iniciativa dele em entrar no programa foi premeditada nesse sentido. Ele sabia que seu lugar na série era uma improbabilidade, mas mesmo assim entrou. Conseguiu mostrar seu trabalho e saiu com ares de mártir.
E Ryan Murphy querendo que ele ficasse só porque ele queria sair, foi ótimo. Ele tem que controlar tudo, sempre. Mesmo assim foi bacana a maneira como ele avaliou e dialogou com Cameron.
Episódio antológico!!
Sei que não atualizo o blog faz um tempo, mas as razões pelas quais isso não foi possível seguem todas em sequência, junto com as frivolidades imprescindíveis à alma, nesse urgente e necessário post de esclarecimento e exposição.
Há um tempo atrás, fui procurado pelo pessoal de uma das companhias de teatro aqui de Rio das Ostras para criar uma adaptação de uma esquete que eles tinham e que queriam transformar num espetáculo.
Então me debrucei sobre Maria Urtigão e seu lendário bando de cangaceiras decadentes. Expandir um texto de 10 para 30 páginas não é nada fácil. Então fui atrás de referências históricas e inventei de compôr algumas canções de Cordel (literatura que aborda muito o cangaço como temática). Minhas noites são totalmente tomadas pelo universo louco e divertido de Maria Urtigão e suas colegas. E nessas noites de imersão dramatúrgicas são embaladas pela antítese musical, para o tema, chamada Adele.
Enquanto a moça sobe na minha playlist, desce no meu conceito. Prefere continuar fumando como louca do que parar e cuidar da voz. Esse ciclo insano de arte se misturando com sexo, vício e dormência volta a me aborrecer. Às vezes tiro os fones de ouvido e me pergunto porque ela a arte não pode ser limpa, tem sempre que estar coberta de cinzas, restos e fluídos. Então fico feliz porque minha arte é limpa. Sou capaz de fazê-la sem torpor... Lamento por Adele, mas continuo a ouví-la. Então desvio os olhos para a televisão e lá estão os garotos cantando-a...
The Glee Project está na minha pauta há tempos. Acompanhar as vidas dos jovens que buscam um lugar dentro da série mais influente da atualidade é divertido e desbravador. A gente entende a engrenagem da TV, entende os executivos, os criadores, entende os maus resultados vindos de boas intenções, entende a arte conseguindo ultrapassar o conceito de indústria... E isso me faz pensar no álbum novo da...
Britney. E que me soou tão tolo num primeiro momento, mas que depois de liberar um divertido clipe da faixa I Wanna Go, me fez perceber uma obviedade: depois de Lady Gaga tornando sua aparência e sua atitude algo uns dois graus acima de sua música, faz bem ver que Britney continua com singles agradáveis que garantem meu divertimento cênico de banheiro. Que venham as críticas, mas Britneyda ainda faz música melhor que Gaga.
E me lembro que Glee executa as canções de Gaga melhor do que ela, e volto a pensar em The Glee Project, que tem ótimos participantes e um insuportável Ryan Murphy se sentindo o Deus Gleênico que tudo sabe e que precisa ter seu trabalho feito pelos outros, ou seja, se o participante não "inspira" o criador, está fora. Fico pensando, no que Chord Overstreet (Sam) inspirou Murphy pra poder entrar na série. A boca grande? Só isso? A inspiração não é obrigação e sim fluidez. Não pode haver parâmetro dentro de um apresentação apenas. E então eu me lembro de Friday Night Lights.
Há um tempão atrás, quando comprei a primeira temporada da série, ela em nada de inspirou. Era engraçado, porque embora todos falassem tão bem dela e ela parecesse bem feita, algo não funcionava, não chegava até mim. E Deus... eu agradeço tanto, mais tanto pelo meu senso de curiosidade. Pela minha mente completamente aberta às possibilidades. Pela minha ausência de preconceito literário, cinematrográfico, musical... Pela minha maravilhosa capacidade de experimentar. MUITO OBRIGADO!! Após começar a segunda temporada, a mágica aconteceu. Estou prestes a terminar a quinta e última temporada e estou fascinado. Minhas noites tiveram que abrir espaço para Friday Night Lights (que diga-se de passagem foi o único drama teen a ser indicado para o prêmio da associação americana de críticos) e tem sido um tempo muito bem aproveitado. Uma pena que não possa escrever sobre ela no Série Maníacos...
Um ótimo site de séries que visito sempre para ler as resenhas de meus programas favoritos e que acaba de me oficializar como resenhista de três séries do canal SyFy: Alphas, Haven e Warehouse 13. Participei de um concurso para encontrar um novo resenhista para Gossip Girl e para minha alegria total, ganhei a simpatia do editor. Ele adorou meu estilo e me sugeriu algumas séries para escrever uma resenha-teste. Escolhi Haven e Warehouse 13 e passei. Ele também me sugeriu Alphas e eu vou arriscar. Assim que as novas temporadas começarem, eu estreio no site. Por isso, estou cheio de trabalho: preciso ficar em dia com os programas pra acompanhar direito quando começarem. Essa será uma oportunidade incrível pra mim, que adoro séries, adoro escrever sobre séries e adoro se lido. Tenho esperanças de com o tempo, ganhar a chance de escrever sobre séries que me cativam de verdade. Escrever sobre cinema, quem sabe? Adoraria escrever sobre o final da saga Harry Potter no cinema...
... que será o encerramento de uma história mágica que me deu imensas alegrias e que me orgulho muito de ter acompanhado. Comecei a ler o último livro novamente. Quero a história muito fresquinha na minha cabeça pra sentir a emoção do jeito certo. Do jeito que tem que ser. Esse será o fim de um épico belíssimo, saído de uma literatura incrível, que merece todo o respeito e toda devoção. Assim como com Arquivo X e Lost, Harry Potter me ajudou muito a mergulhar nos valores criativos de uma obra. Me inspirou imensamente. Estou devorando o livro amarradão como se fosse a primeira vez. Tenho que terminar logo, porque quero começar O Hobbit.
Agora que as primeiras fotos saíram e o filme é uma realidade, tenho que me apressar. Uma nova jornada me aguarda e eu vou mergulhar nela com todo prazer.
Ao passo em que esses novos caminhos vão surgindo, a vida vai dando pausas em alguns setores e privilegiando outros. O blog terá atualizações em menor escala, mas elas estarão aqui. Eu sempre tenho muita coisa a dizer, mesmo que não se tenha muita gente pra ouvir. Se você passa por aqui de vez em quando, não desiste não. Eu sou leal e prometo retorno. Vejam só, entrei pra dizer que não teríamos atualizações durante algum tempo e já escrevi sobre um monte de coisas. Acredite em mim quando eu digo que sou dependente das minhas palavras. Elas são tudo que eu sou.
As Dobras estará sempre aqui. Você só precisa esperar um pouquinho.
Eu tenho uma mania muito característica: adoro comprar CD's originais e depois fazer coletâneas variadas pra ouvir no meu Discman. Chamo essas coletâneas de Songs Me, e elas já têm dez volumes badaladíssimos.
Recentemente abri outra categoria chamada Best Glee Season 1, reunindo os melhores momentos musicais da primeira temporada dessa série fantástica. A playlist ficou tão boa, mas tão boa, que resolvi compartilhar com vocês. A reunião dessas 23 canções num CD-R vai ocupar os 80 minutos direitinho e aí é só colocar no play e delirar.
Começando por Tonight.
A primeira canção da lista é curtinha, pra dar o clima. Tina abre a coletânea com esse pequeno momento do musical West Side Story.
Somebody To Love
O elenco da série nos presenteia com essa bomba que reúne toda a força criativa dos produtores musicais. O cover da canção do Queen é um marco pro programa. A canção tem tantas reviravoltas emocionantes que chega a dar um nó na garganta.
Defying Gravity
Rachel e Kurt dividem esse dueto maravilhoso, que na série foi motivo de uma disputa que acabou não muito bem para o rapaz. A canção, do musical Wicked, tem uma letra sensível e combina perfeitamente nas vozes de Lea Michele e Chris Colfer.
Vogue
Glee resolveu fazer, na metade da primeira temporada, um episódio só com canções de Madonna. A Diva, encantada com a série, cedeu todo seu catálago de canções e o resultado foi um dos melhores momentos televisivos da última década. Praticamente todas as canções do episódio fulgurariam nessa lista, mas algumas delas tem um destaque especial. A versão de Vogue, cantada por Sue, é um show à parte. Não representa nenhuma grande novidade na estrutura original da canção, mas é uma delícia mesmo assim.
To Sir, With Love
Nos anos 80, quando grupos de crianças cantantes eram muito comuns, um produtor aí quis abrir uma concorrência direta com O Trem da Alegria e criou Os Abelhudos. O carro chefe do trio era uma versão dessa canção chamada Ao mestre com carinho. A canção foi um estrondo e tocou em 99% das formaturas do ensino fundamental e médio do anos seguintes. Aqui, a série Glee dá um tratamento tão elegante ao hino clichê dos mestres, que não poderia estar ausente dessa lista.
Smile
O episódio onde essa versão da canção de Lily Allen aparece também tinha uma remontagem da sua homônima mais respeitada: o Smile de Chaplin. No entanto, o arranjo de vozes de Rachel e Finn ficou tão suave e harmonioso que acabou batendo o clássico em homenagem ao contemporâneo.
Dont Rain on My Parade
Um dos melhores momentos da primeira temporada aconteceu antes do hiato, na competição seccional dos corais, quando Rachel é obrigada a pensar num número improvisado e entra pela platéia cantando Dont Rain on my Parede, do musical Funny Girl. O arranjo e a força da interpretação da atriz é tão arrebatador que o momento ficou marcado como um dos mais catárticos da série.
Dream On
Sei que os fãs do Aerosmith não vão gostar do que eu vou dizer, mas essa versão de Dream On dá uma surra nos córnos do pessoal do Steve Tyler. O arranjo é perfeito e o dueto entre Mathew Morrison e Neil Patrick Harris (oriundo de Malcon In The Middle e que conseguiu uma folga de How I Met Your Mother) é redondinho.
Bad Romance
Aqui temos outro caso de versão original que fica devendo pro cover. O elenco da série transformou a ralentada e ruidosa canção de Lady Gaga numa explosão de animação muito mais clean and fashion... walk, walk, fashion baby...
Take a Bow
Continuando nas divas, temos essa impecável interpretação de Rachel para a canção de Rihanna. Também não inova no arranjo, mas como Lea canta melhor que a estapeada Rihanna, a música ficou bem melhor. O final da música cresce muito e é por ele que a canção fulgura nessa lista.
Lean On Me
O clássico de Bill Withers ganha uma versão no episódio Ballad e tira todo mundo do eixo de novo. A canção segue a métrica de Somebody To Love, com arranjo forte e vocais emocionados.
Rose's Turn
O personagem gay da série não poderia deixar os musicais de lado e Kurt acaba ganhando a maioria dos números ao lado de Rachel. Aqui, ele canta essa bomba do musical Gypsy num momento incrível de virada do personagem. A força da interpretação de Chris Colfer nessa canção lhe valeram elogios dos maiores ícones da música americana.
Over the Rainbow
Não sou muito chegado aos momentos musicais de Mathew Morrison no programa, mas essa emocionada versão do clássico de O Mágico de Oz é de comover qualquer um. É bem verdade que a ilustração da música dentro do episódio ajuda muito a categorizar a faixa, mas mesmo assim, o perfeito arranjo de violão e vocalizes dá o tom adequado de doce tristeza à canção.
The Boy is Mine
Em resposta ao dueto de Michael Jackson e Paul McCartney chamado de The Girl Is Mine, as cantoras Brandy e Mônica lançaram essa versão feminina que foi revisitada na série por Mercedes e Santana. Os riffs pop ficaram irresistíveis e os vocalizes de Santana deram um banho de criatividade nos gritos de Mercedes.
A House is not a Home
O clássico de Dione Warwick não poderia ter sido mais respeitado. A interpretação comovida de Kurt, com uma pequena intervenção de Finn, foi um dos momentos mais coerentes dentro do plot do episódio.
Like a Virgin
Nunca gostei muito dessa canção de Madonna, que é também o seu primeiro grande sucesso. Mas a união das vozes de Rachel, Jesse, Will, Emma, Finn e Santana dentro de um arranjo inspirado que elevou a canção a outra categoria. Os vocalizes de Naya Rivera, a Santana, merecem outro destaque aqui.
Hello
Outro ícone do romântico brega americano, Lionel Richie ganha seu espaço dentro da série, nesse dueto irresistível de Jesse com Rachel. A canção passeia por sua estrutura original e com um leve toque de originalidade que garante seu lugar nessa lista.
Bohemian Rhapsody
Essa é, sem dúvida, a minha canção preferida da série. É também o melhor momento do programa nesse primeiro ano, embora irônicamente não seja protagonizado pelo elenco do show. Mas o segredo para uma coletânea coesa é não colocar suas músicas preferidas pelo começo, ou o final do álbum perde força. Esse cover do Queen é tão poderoso que não tem nem como explicar. É a soberania visual da série e um primor musical que deve ser agradecido a Freddie Mercury pra sempre!
Can't Fight this Feeling
Conhecido por seu duvidoso e ingênuo gosto musical, Finn aparece cantando essa canção no chuveiro, logo no episódio piloto da série. No entanto, ela ganhou uma versão de estúdio no primeiro CD lançado. O clássico do Air Supply é tão fofinho na voz do Cory que de repente você se pega viajando nos acordes pueris da canção.
Poker Face
Quando o episódio com canções de Lady Gaga foi ao ar, ninguém imaginava que qualquer produção da Mama Monster fosse ser maculada com arranjos desconstruidores. Todos se surpreenderam com a força pop de Bad Romance e mais ainda, com a lapidação de um chiclete como Poker Face numa canção comovente que acabou começando a ser executada até pela própria Gaga em seus shows. O dueto entre Lea Michele e Idina Menzel é tão lindo que você se pergunta como algum dia chegou a dançar nas pistas ao som dessa música.
Faithfully
Todos devem estar se perguntando como Dont Stop Believing, do Journey, ainda não apareceu nessa lista, mas embora a canção mereça uma menção honrosa pelo que representou para os personagens e para a banda oitentista, a melhor remontagem de uma faixa do Journey, pra mim, é essa belíssima balada brega chamada Faithfully. A letra é quase uma homenagem ao estilo Wando de se escrever canções, mas a interpretação de Lea e Cory tem tanto respeito, sinceridade e ternura, que você esquece esse detalhe e se joga nas guitarras melódicas e na bateria retundante. O final da música é tão emocionante que se você não se arrepiar é porque esqueceu o coração em casa.
What it feels like for a girl
Outra de Madonna. Só que essa, só pra ilustrar o quanto um arranjo pode enriquecer uma canção. A versão excessivamente dançante da diva, combinada com o clipe ridículo e machista produzido por seu então marido Guy Ritchie, me faziam ter ojeriza dessa música. Mas aqui, cantada pelos rapazes de Glee, ela ganhou um arranjo meio lounge que faz querer dançar e ao mesmo tempo impressiona pela sensibilidade. O cadeirante Artie tem um ótimo momento nessa canção.
I Could Have Dance All Night
Pra fechar a lista com unidade, incluímos na última faixa outro pequeno trecho de um famoso musicial. Emma fecha nossa coletânea dos melhores momentos musicais de Glee com My Fair Lady.
Lembrando que muitas outras grandes canções foram executadas nessa primeira temporada, mas acho que essa reunião de 23 faixas têm tudo de melhor que deveria ser mencionado.
Voltamos em breve com o melhor da Segunda Temporada.
Enjoy It!!