Domingo, 29 de Agosto de 2010

Coadjuvantes que Amamos

 

 

“Monstro de Fumaça”

No impressionante episódio piloto de Lost, um grupo de pessoas se via isolado numa ilha depois de um acidente de avião. O lugar, paradisíaco, revela logo na sua primeira noite, barulhos estranhos vindos da mata fechada. Durante a primeira temporada o barulho vinha o tempo todo seguido de árvores sendo arrancadas e pessoas sendo arrastadas. O Monstro de Fumaça apareceu como ficou conhecido na temporada seguinte, e fixou sua importância na série depois que tornou-se o improvável protagonista da última temporada. É sem dúvida uma das presenças indiretas mais ambíguas dos últimos tempos numa série. Foi alvo vencedor de todas as especulações possíveis sobre sua existência e a revelação de sua origem foi um dos pontos mais controversos do fim da série. Adoro o monstro de fumaça!

 

 

“Paris Geller”

A invocada Paris, vivida de modo perfeito por Liza Weil, apareceu logo no início da já cancelada Gilmore Girls. Surgida pra ser a antagonista de Rory, era ao mesmo tempo, uma versão perturbadora dela. Era um daqueles personagens deliciosos que garantem momentos hilários e tem um código de conduta próprio que torna-se irresistível pra qualquer roteirista. A Karen de Will & Grace é um outro bom exemplo disso. Paris aos poucos foi se tornando amiga de Rory, mas sua posição de poder, opressão e insensibilidade continuaram por toda a série. Detalhes a respeito da personagem foram lançados durante os anos (como as aparições da babá que lhe criou), mas mesmo com a falta de profundidade nessa abordagem, Paris é uma das criações mais completas do mundo das séries. Suas manias, exageros e surtos sempre foram dignos de prêmio.

“Taylor Towsend”

Na terceira temporada de The OC os roteiristas precisavam de uma presença que ajudasse na expulsão de Marissa do colégio para que ela pudesse ir parar numa escola pública, onde conheceria Johnny. Para contracenar e armar com o personagem de Eric Mabius (famoso por ter vivido o chefe de Ugly Betty), foi criada então a Taylor. Uma loirinha nada popular na escola e que daria tudo para tirar o lugar de Marissa. A criação da personagem era tão desimportante, já que seria uma escada apenas, que um dos roteiristas assistentes é que ficou responsável por seu nascimento. Taylor estaria em apenas alguns episódio, mas o período em que sua função primordial terminou coincidiu exatamente com o cansaço da audiência e a perda de prestígio da série. Ao mesmo tempo, Summer e Seth precisavam de um conflito e então foi mais barato e prático transferir as intenções de Taylor pra destruir o casal. Com o intuito de aliviar o excesso de drama, Taylor foi ganhando frescores em seu texto e a ótima Autumn Reeser entendeu isso, fazendo com que a personagem fosse tornando-se cada dia mais interessante. Veio então a saída de Mischa Barton e mais uma vez, após reconhecer o apelo de Taylor com o público, os roteiristas resolveram apostar nela para a difícil quarta temporada. O resultado? A personagem salvou a última temporada do martírio. Sua força cômica era tão especial que empurrou a série para fora do poço de lama dramática onde havia sido jogada e influenciou toda a sua trajetória restante. Taylor ganhou a chance de conquistar o durão Ryan e não fez feio. Tornou-se grande amiga de Summer e protagonizou momentos imperdíveis, cheios de um humor sofisticado que poucas vezes se vê numa série. É um personagem dos mais especiais já criados sem querer e sem esperar.

“Abby Morgan”

Na primeira e aclamada primeira temporada de Dawson’s Creek, o criador Kevin Willianson, ainda na proposta de inspirar-se em filmes para escrever os episódios, quis fazer um que se baseava no longa O Clube dos Cinco, sobre cinco jovens presos na biblioteca da escola numa detenção. Nenhum deles sabe porque o outro está ali. É um clássico dos anos 80. Na versão Dawson’s Creek ele decidiu que precisava de uma provocadora e o elenco principal era formado por apenas quatro atores. Surgiu então Abby Morgan, um demônio de língua afiada que ainda tinha como souvenir os olhos enormes e firmes de sua intérprete, Monica Keena. Abby só voltou a aparecer na segunda e não menos aclamada temporada. Veio para servir de alimento para o momento de auto-destruição de Jen. E não poupou esforços. Durante essa temporada, Abby feriu, magoou e infernizou todos a sua volta, com comentários tão ácidos e inadequados que beiravam o cômico. O criador Kevin Williansom tinha o compromisso de quebrar expectativas pré-determinadas com a série e resolveu então matar Abby, numa cena intensa e chocante. O episódio seguinte ao de sua morte é um dos marcos na história da TV. Nunca nenhuma série adolescente falou de morte de modo tão eficiente. O discurso de Jen no funeral é uma aula de roteiro e a presença de Abby na série, apesar de curta, foi tão marcante que até hoje podemos encontrar sites e comunidades dedicadas a ela.

"Burt Hummel"
Ele é o pai mais amado da comunidade gay! Mike O'Malley vive na série Glee o pai do personagem homossexual mais afetado da TV americana. Era de se esperar que a série, íntima dos clichês das produções adolescentes, e também criada por um homossexual assumido, fosse abordar essas questões trabalhando com a idéia de um pai totalmente distante do mundo do filho. Mas eis que no quarto episódio da primeira temporada, somos surpreendidos com uma postura inesperada do papai Hummel. As cenas de entendimento entre o pai machão e o filho gay são de emocionar qualquer coração de pedra e nem chego a mencionar o quanto Mike é bonitão. Recentemente ele ganhou um prêmio importante da crítica americana pelo papel e seu carisma foi tanto que Ryan Murphy prometeu muito mais dele na temporada que se aproxima.

Na próxima edição: Ugly Naked Guy, Jack and Karen, Mr. Big, Gina, Six e outros que eu me lembre até lá.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 23:59
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Terça-feira, 19 de Maio de 2009

Gilmore Girls

Sexta temporada de Gilmore Girls terminada! É, sem dúvida, a melhor de todas!! Claro que continuamos com a mesma Amy Sherman de sempre: muitos diálogos rápidos, cheios de referências e às vezes irritantes, mas mesmo assim, cheios de charme e sagacidade.

 

A série alcançou um estágio bacana. A primeira metade da temporada, com Rory indo morar com os avós foi muito instigante. Dividiu a temporada em duas, e serviu para desmistificar a relação com Lorelai que chegava a ser absurda. Mais um casamento para Lorelai e mais um final infeliz. Pelo menos dessa vez, a culpa não foi dela. Arranjaram uma filha bastarda pro Luke, numa das saídas mais batidas do manual dos roteiristas. Mesmo assim, nada que comprometesse a temporada.

 

Temporada que teve a Paris em sua mais bizarra forma. Por isso, ainda irresistível. Temporada com um dos finais mais bacanas ever  (no episódio "Sexta-Feira - um bom dia para brigas"). E cheia de referências deliciosas (lorelai perguntando o que a psicóloga achava de "Sopranos" foi incrível!).

 

Foi a última temporada com a criadora como principal roteirista. A sétima e última vai ser uma incógnita, mas como o mundo todo já viu e eu não, em breve (provavelmente quando o box baixar de preço) eu volto para dizer o que achei.

 

Deixo aqui uma paródia que eu achei no You Tube que é muito engraçada.

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:29
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Quarta-feira, 15 de Abril de 2009

Santoro Visita Rory

Ai, que luxo!! Parece que o Santoro vai fazer um trabalho com todo mundo que eu admiro. Primeiro, "Lost" e agora com  a Sr. Gilmore.

Até era pra eu ser engraçado aqui, mas não dá.... Não dá.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:11
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Sexta-feira, 14 de Março de 2008

Atrás da Shaninha

Hoje eu tô puto!!

 

A gravação que fiz das minhas falas pra Via Sacra ficou uma bosta sem tamanho (é, as falas são gravadas e rola um autodublagem). Colocaram uma música tipo "Ben-hur" no fundo e eu fiz tudo com aquele tom "tomei prozac" que é característico de quem interpreta Jesus (não por preguiça, mas é sempre o que se espera dele). Ficou ridículo! E não vai dar pra regravar.

 

Marcelouca do BBB continua me irritando ao extremo e hoje, enquanto eu assistia à entrevista bisonha dele no Vídeo Show, a cadelinha Shaninha, do Gustavo, fugiu pela beirada do portão.

 

Lá vai eu, no meio de uma chuva torrencial, com a roupa do trabalho, atrasado, procurar a cadela. O pânico era total. Gustavão ia enlouquecer e eu junto. Procurava pelas ruas todas do quarteirão e... nada. Nem sinal. Até que uma alma caridosa apontou uma direção e lá fui eu:

 

"Viu uma cadelinha branquinha por aí?" (não sei escrever o nome da raça)

 

Quando avisto a dita cuja e chamo por ela, ela me olha com aquele olho travesso e... sai em disparada. A sujeita não quis saber. Saiu em disparada e eu atrás, pelas ruas do bairro, gritando: "Peguem essa cachorrinha aí!!!!". E o melhor, gritando o nome dela: "Volta Shaninha!!".

"Peguem a Shaninha". O fim da picada!! É sério, corri por várias ruas. Até que ela entrou num quintal de uma casa deserta. Eu tive que chamar os vizinhos e eles me ajudaram a cercá-la.

 

Voltei pra casa todo sujo, enlameado, puto, mais atrasado ainda pro trabalho e emocionalmente abalado. Chorei pencas quando cheguei em casa. E ela lá, me olhando com aquela cara de menina arrependida. O diabo é que eu gosto da safada.

 

Estou morto. Exausto. Por sorte hoje chegaram as temporadas de Gilmore Girls que eu tinha comprado. Mais uma vez, a TV vai aliviar os pesos dessa confusa existência.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:59
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