Esses dias eu passei por maus bocados nas minhas viagens de ônibus para o trabalho e a faculdade. Num dos dias, morria de sono e estava louco por um cochilo. Um maluco se senta atrás de mim falando super alto e ouvindo pagode no celular como se estivéssemos no quintal da casa dele no domingo. Num outro, dois rapazes gays estavam parados em pé ao meu lado quando começam a conversar sobre um cara com o qual um deles trabalha e por quem os dois eram loucos de tesão. Em determinado momento da conversa, começaram os julgamentos habituais da maioria dos gays ultimamente: é hetero? (pergunta um) Ele diz que sim (diz o outro) Com aquele cabelinho? (insiste o primeiro) Hétero daquele jeito, né... cê sabe? A gente dá um jeitinho... (conclui o segundo).
Aí eu fico me perguntando: onde está a ambiguidade opressiva da orientação homossexual? Sim, porque parece que para os gays a heterossexualidade virou piada. Não existe mais enquanto conceito, apenas existe como nomenclatura. E não é uma questão de defesa dos direitos heterossexuais não, é uma questão de bom-senso. A homossexualização massiva por parte dos gays diante de tudo que representa a sexualidade masculina, complexa sim, é que vem sendo responsável por fazer com que os próprios homossexuais sejam considerados preconceituosos e arrogantes. O Efeito-Dourado talvez tenha sofrido um pouco de influência dessa questão. Óbvio que a sexualidade masculina se permite concessões, mas ela ainda está ali, do mesmo jeito que está a nossa homossexualidade mesmo que passemos anos transando com uma mulher.
Partindo desse princípio resolvi catalogar os tipos de heterossexuais, pra ver se os rapazes gays da cidade afora passem a entender que não é só o mundo deles que varia de coloração. Os héteros às vezes também sobrepõe camadas.
O heterossexual convicto
Do mesmo jeito que existem muitos gays que nunca transaram e que não transariam com mulheres simplesmente porque não tem vontade de fazê-lo, também existem os heteros que nunca transaram e nem transariam com outro homem. E se a comunidade gays aceita a homossexualidade convicta, tem que começar a ser inteligente e sensata de aceitar também a heterossexualidade determinante. Já passamos do ponto cego onde é cool dizer que “todo hetero é conversível”. Se alguns gays não são, deveriam considerar que alguns heteros também não. Esse tipo convicto de heterossexual geralmente leva numa boa a convivência com gays. A segurança da própria sexualidade é crucial nesse sentido. Essa espécie não caminha junto com a homofobia e o preconceito, geralmente traços de quem se sente inseguro com o desconhecido.
O heterossexual mítico
É aquele que se veste do “ser heterossexual”. Compra roupas e acessórios heterossexuais clássicos, rejeita delicadezas e sensibilidades, coleciona expressões e gestos excessivamente masculinos e repudia todo o universo feminino e gay. São desse tipo alguns lutadores de Vale Tudo, os skin heads, os amigos de futebol do seu irmão mais velho, os conservadores e defensores da “purificação sexual”. É o time do “Straight Power”. Se comportam com total ignorância a respeito da diversidade e são os mais perigosos fisicamente. Hiper valorizam sua condição diante do mundo e geralmente são péssimos maridos e amantes, já que se afastam de qualquer senso de fragilidade que poderiam torná-los muito mais críveis e interessantes. Alguns ainda passam por alguma experiência sexual com outro homem durante a vida, mas sempre de maneira sodomita, intimidadora. A maioria fala sério quando diz que tem nojo desse tipo de prática. Afinal de contas, o mundo gay também comete impropérios como esse quando se expressa pela voz de algum insensato que diz na cena da noite frases de repudio ao sexo heterossexual. São os equivalentes cor-de-rosa. Vestidos de seda ou de couro, são igualmente intolerantes e preconceituosos.
O heterossexual sacana
O tipo mais comum, daqueles que eu, você e todos os seus amigos gays já provaram aos montes por aí. Podem ser um amigo do seu pai, o pai de uma das suas amigas, seus primos, o vizinho da frente, o motorista de táxi, o chefe da empresa ou até mesmo o policial da vizinhança. Partindo do princípio básico de que todo homem é um ser excessivamente sexual, não fica difícil acreditar neles. Faça uma busca pelos sites de sexo e logo vai mudar de idéia. Homens fazem sexo com todo tipo de coisa. “Coisa” mesmo. Masturbam-se como alucinados. Duas, três, até cinco vezes num dia. E não só com as mãos. A internet está cheia de vídeos de homens usando flashlights ( cones de silicone em formato de orifícios sexuais) profissionais e até caseiras, feitas com embalagens improvisadas de desodorantes e hidratantes. Na falta de tal coisa, alguns são ainda mais criativos, usando meias, almofadas e até melancias e melões para penetrar. Sem falar nas bonecas infláveis e na prática da zoofilia como válvula de escape. Já vi em filmes sobre sexo rural, homens enfiando os pênis em buracos nos pés de banana. Enfim, diante de tamanha pluralidade artesanal, para esse tipo de homem, não seria muito simples e até confortável deixar-se tocar por outro homem? Já que a questão social a respeito da prática do sexo gay é algo para ser discutido por eles fora do ambiente onde praticam o ato, porque não dividir as coisas entre a “opinião que esperam de mim enquanto homem heterossexual” e a “opinião que tenho para mim mesmo quando abro o zíper e deixo que eles se divirtam com meu sexo”? Esse tipo geralmente se subdivide em dois gêneros: o que faz a fica na dele, respeitando os limites de tolerância para que assim possa continuar usufruindo da prática sem problemas pra ninguém e o que faz e para se afirmar cria uma imagem de repúdio diante dos outros. No entanto, ambos são mesmo heterossexuais, que projetam suas expectativas românticas nas mulheres, apenas deixando com que o sexo gay sirva de adorno para tanta necessidade de consumação física. Alguns apenas se deixam tocar, outros interagem mais. Alguns fazem porque se sentem atraídos pelo sexo anal, prática ainda incomum entre as mulheres. Alguns pelo sexo oral, diante da idéia mítica e inicialmente considerada verdadeira de que os gays fazem os melhores boquetes do mercado. Alguns porque sentem tesão anal e não têm coragem de expor isso às esposas e namoradas. Mas esse tipo pode vir a nunca tocar em outro homem se puder encontrar uma mulher que represente essa natureza sexual intensa que a cultura machista suprimiu nelas por uma questão de valorização tacanha do conceito purista.
O heterossexual de ocasião
É o clássico enrustido. Aquele homem que tem a orientação homossexual em si desde sempre, mas que resistiu a ela por muito tempo, alguns para a vida toda. Praticaram o sexo hetero tantas vezes, por obrigação ou afirmação, que encontram nisso algum conforto e prazer. Alguns tentam dizer a si mesmos que são bissexuais, mas no fim das contas, suas projeções emocionais e românticas se direcionam apenas a outros parceiros masculinos. Às vezes vivem heteros por tanto tempo que absorvem traços culturais que não abandonam nunca mais.
O bissexual
O mais raro de todos, já que encontrar honestidade nas declarações de que os homens e as mulheres são amados e desejados da mesma maneira é quase impossível. Existem alguns por aí. Já me deparei com um ou dois, mas reconhecê-los é muito difícil. A maioria se divide entre:
Bissexuais matrimoniais, que não aqueles que casam e passam a vida dizendo que amam as esposas mas não conseguem deixar de desejar os homens. Já chegaram no estágio em que até se envolvem emocionalmente, mas sempre fazendo questão de manter a reputação.
Bissexuais artísticos, que são geralmente os atores, diretores e poetas. Pipocam por aí aos montes, seduzindo aspirantes a atrizes com aquele jeito de homem feminino. Bradam a própria diversidade sexual para quem quiser ouvir, numa tentativa de demonstrar superioridade diante da natureza. Querem a virilidade com o souvenir da delicadeza. Criam vínculos femininos mas acabam sempre com outros homens.
Importante saber que transar com os dois sexos não diz nada sobre ser bissexual. Há uma sutileza quase imperceptível nessa condição. Algo que inclui projeções emocionais extremas para os dois lados. Afinal de contas, não é o sexo que define as pessoas. Podemos levar um tapa no meio de uma transa, mas não significa que nos tornamos sadomasoquistas. Um homem pode ser estimulado analmente por uma mulher sem que isso reflita uma orientação sexual que veio desde sempre com ele. Uma mulher pode brincar com a vagina de outra, sem que no dia seguinte ela tenha que considerar-se lésbica. É de uma superficialidade louca rotular as pessoas por conta de experiências isoladas. Ou por conta de comportamentos condicionados pelo tesão e não pela razão. Um homem que toca o pênis de outro não necessariamente é gay. Como disse Kevin Willianson em Dawson’s Creek”, é aquele nervozinho na hora de pedir o telefone ou aquela ansiedade pelo primeiro beijo que torna um homem inerentemente e delicadamente ligado a outro.
São 19:11 aqui no porto de Imbetiba em Macaé. Acabei de chegar para o meu último dia de turno de trabalho. Sinto uma quantidade absurda de sentimentos conflituosos. É como se eu sentisse tudo de ruim e de pior ainda ao mesmo tempo, pincelados com segundos de otimismo que não duram suficiente para que eu me sinta 100% seguro do que eu estou fazendo agora.
Foram seis anos trabalhando no teatro popular. Depois de uma infinidade de percalços e equívocos, medos e preguiças, somente aos 24 anos eu consegui o meu primeiro emprego. As coisas comigo sempre funcionaram assim: tarde demais. E quando elas aconteceram parecia que tinha sido da maneira perfeita. Um emprego com horários fáceis, num ambiente agradável e cheio de charme. Ser bilheteiro era uma vitória para mim numa época em que tudo que não parecia era que eu ia me aprumar na vida. Agarrei-me com unhas e dentes naquela oportunidade. E por lá fiquei... até semana passada, quando me desgarrei violentamente daquele mundo e pareço viver numa realidade paralela desde então.
Estou trabalhando num setor administrativo que lida com embarques e desembarques da Petrobrás. Falando em termos teóricos, é um emprego invejado por muita gente, mesmo que ganhando menos do que poderia ser considerado bom, eu tenho muitos benefícios como planos de saúde, seguro de vida, cartões de transporte e alimentação. Enfim, tudo aquilo que faz o pobre sentir-se seguro. Mas na prática, é um emprego com doze horas corridas diárias trancado dentro de uma sala, com homens que embora sejam corretos e de bom coração, se afastam em muito da realidade a qual estou acostumado.
O primeiro dia foi horrível. Eu tentava me concentrar no aprendizado mas tudo que conseguia era me sentir um inútil. O trabalho acontecia naturalmente a minha volta e o tempo todo era como se eu fosse uma cadeira na sala. Todos passavam por mim e não me viam, enquanto eu tentava sufocar angústia com sorrisos amarelos e risadinhas nervosas. Chorei, não vou negar. Chorei mesmo. Quando cheguei em casa era como se o mundo tivesse desabado na minha cabeça. Depois de tantos anos exercendo a mesma função... tão ciente de tudo que você deve fazer para resolver problemas... ver-se tão inseguro quanto uma criança no primeiro dia na escola é insuportável. Tudo parece errado. Você só consegue pensar no quanto era feliz e não sabia e no quanto teme por seu futuro. Ficar é ruim. Manter-se onde estava também. Voltar atrás não é uma opção, afinal você não quer fracassar na sua decisão, mas ao mesmo tempo você não consegue pensar em outra coisa que não seja na paz que precisa ter pra voltar a respirar aliviado.
Piora quando começam a vir os pensamentos de perda. Você perdeu a segurança, a paz, e perdeu algumas das perspectivas que tinha antes. Eu, no meu sonho de arte, tinha no trabalho na bilheteria do teatro, um flerte com o universo que permeou todas as minhas fantasias. Agora, dentro de um escritório, cheio de pressões, longe de tudo que conceitua a arte, parece que estou desistindo totalmente desse sonho. Por mais que eu saiba que não há outra alternativa pra mim, reconhecer e aceitar que sua sorte e seu pretenso talento não te levarão onde gostaria de ir, é duro.
Daqui a três anos termino a faculdade de Letras. Penso que talvez até lá os ventos mudem novamente, como mudaram agora, e que eu possa me sentir melhor. Não sei até quando eu permanecerei aqui. Quero tentar e quero conseguir. Mas não quero virar um fantasma burocrático. Ainda quero sonhar. Preciso sonhar. Sonhar faz parte da minha paz... da paz que eu quero e tanto necessito.
Fiz grandes planos para esse post de ano novo! Pensei em vídeos, jogos de palavras e poesias. Estou aqui há horas tentando colocar tudo isso em prática e foi um fiasco. Estranhamente, nada funcionou. Sendo assim, decidi colocar nesse post algumas fotos desse ano que passou que resumem bem todos os meus agradecimentos diante de tantas boas coisas que me aconteceram. Afinal, estou vivo e bem. E todos os que amo, idem. Que venha 2010!
Ihh... sei que estou devendo um post decente faz tempo. Deixei de falar sobre muita coisa relevante, mas tem sido difícil ter tempo para ir a lans house. Ainda sou um ser humano privado de internet residencial. No entanto, o mundo pop não está ajudando muito. A gente entra em portais que se julgam muito importantes no cenário nacional e dá de cara com isso:
O blog não está aqui para repassar correntes de sacanagem na web, mas essa aqui é tão bem produzida que merece todos os aplausos.
Perdi meu telefone.
Bosta das mais fedidas! O otário que pegou se recusa a devolver e ainda fica rindo da minha cara. Estou puto. Pra piorar tinha um monte de fotos eróticas no aparelho com meu namorado e o sacana pode me ferrar se divulgar isso na net. Tem coisa pior? Só mesmo se a inscrição que eu fiz pro BBB ontem for escolhida.
A Cláudia Croitor do blog Legendado tem reclamado muito de Lost. Hoje ela falou que a série está "sem história". Abaixo, a minha resposta à ela:
Cláudia, não sei conceituar essa expressão “sem história”. Acho que uma história está sempre sendo contada ali. Os caras dividiram a série muito bem: temporada um, os sobreviventes do meio. Temporada dois, os sobreviventes da calda. Temporada três, os outros. Temporada quatro, os seis que saíram. Temporada cinco, a Dharma. Todas com um único objetivo: contar a história daquela ilha. Gradativamente. Passo a passo. Se o planejamento não te agrada, aí é uma questão de senso crítico. O seu está aguçado. As viagens no tempo também me incomodam, mas acho injusto que você pinte com cores frias as respostas e caminhos por onde estamos sendo conduzidos. Todos sabíamos que mais importante do que o segredo, era a diversão pra se chegar a ele. Até porque, depois que o segredo for relevado, a série acaba, e já vamos ter tido os melhores momentos televisivos que a história já produziu.
O terror que os moradores da capital do Rio de Janeiro sentem, foi sentido em uma escala tenebrosa pelos moradores daqui de Rio das Ostras no último dia 2. Numa aparentemente comum briga de trânsito, os policiais Leandro Teixeira e Rogério Barberino cruzaram o caminho do desequilibrado engenheiro de som Ricardo Carneiro e tiveram suas vidas executadas sem absolutamente nenhum motivo aparente.
Eu estava na rua nessa hora. Eu e Gustavo estávamos recebendo em casa a filha dele e algumas amigas. Saímos por volta de 16 horas para comprar a passagem de volta à Cordeiro que uma delas usaria no dia seguinte. A fila para a rodoviária estava imensa. Vinha de dentro do prédio e fazia uma curva em direção ao centro de comércio informal que a gente chama aqui de "rua da feirinha". Estávamos no final da fila quando a confusão começou. Ouvimos primeiro uma série de cinco tiros. Após uma breve pausa, mais dois. A correria era tão grande que as pessoas saíram da fila e começaram a abarrotar o saguão da rodoviária.
Essa é a foto do sujeito, que eu peguei do blog da Roberta Trindade, que inclusive fala do assunto de maneira bem completa. Quem quiser conferir a matéria o link está aí:
O curioso é notar que nos comentários, há quem ainda acredite que os policias cometeram algum erro. Por mais que o sujeito aí da foto tenha admitido que não sabe nem mesmo o que o levou a cometer tamanho delito. Eu estava lá. Não vi a coisa de perto, mas ouvi dezenas de testemunhas que garantem que os policiais só foram mortos porque não contavam de maneira nenhuma com a atitude do criminoso. Algumas pessoas muito próximas garantiram que os policiais foram inclusive educados com ele.
Os tiros vieram frios e certeiros de um homem que tinha em casa mais de oito armas de fogo de diferentes tipos. Um alucinado pela sensação de poder que um revólver causa. Alucinado o suficiente para matar dois homens na frente do filho de 10 anos.
Embora a maioria presente ali fosse de visitantes, as caras de pavor e surpresa eram as mesmas de quem é habitante da cidade. Conhecida por sua calmaria, não é de hoje que Rio das Ostras flerta com a violência caótica da capital. Seja na forma de homicídios como esse, ou na forma de motoqueiros noturnos que circulam pela cidade e já assaltaram muitos amigos meus.
Não vou encerrar esse texto com o bom e velho sentimento de indignação impulsionado pelos pedidos de socorro direcionados às autoridades. Eles já sabem o que precisa ser feito. No entanto, esse crime em especial, foi cometido por um cidadão comum. Uma pessoa que transfigurou os próprios valores apoiado num conceito absurdo de força. O curioso é que duas horas depois eu fui ao super-mercado fazer umas compras e um homem fazia um verdadeiro escândalo, batendo nas mesas e xingando palavrões, porque a atendente de caixa não queria deixá-lo passar pelo terminal destinado aos idosos e gestantes. Uma das senhoras que estava na fila teve que trocar de caixa e eu e Gustavo a deixamos passar na nossa frente. O maluco ficava gritando que queria o gerente porque estava certo. A moça do caixa dizia que se a fila era pra idosos, eles é que tinham prioridade. Ela não poderia atendê-lo se houvesse algum idoso ou gestante atrás dele. Mas ele não estava nem aí. Gritava e berrava. Uma total demonstração de falta de respeito e imperativismo. Me fez lembrar do cara que quis me bater aqui na bilheteria do teatro porque eu me recusava a vender dez ingressos promocionais pra ele já ele só tinha um panfleto correspondente à promoção. O discurso era o mesmo: ameaças de processo que tencionavam demonstrar civismo e elegância, mas no final da conversa ele já queria bater como um bom primitivo das cavernas.
Uma fluente correnteza de desvio de valores. Um engano constante entre o que é direito adquirido e arrogância. Uma vergonha. E quanto mais o tempo passa, esse tipo de comportamento vai se proliferando disfarçado de "personalidade forte" e contaminando em sua maioria, a classe média, que não tem a humildade dos mais pobres e nem a superioridade financeira dos mais ricos. Então ela fica ali, no meio termo, mascarando de uma humildade demagógica, a arrogância absoluta que os norteia desde o berço.
Meu Rei,
Tudo que está escrito adiante, devia ter sido escrito no dia 06 de dezembro, quando nossa união completou três anos. No entanto, ao ouvir uma canção esses dias, as lágrimas vieram aos meus olhos, porque ela parecia ter sido escrita para o nosso atual momento.
Leia. É tudo que eu queria te dizer. E ao final, ouça. Essa canção é a voz do meu coração.
O REI DO MEU CORAÇÃO
Então aqui estamos nós no nosso local secreto
Onde o som da multidão fica muito distante
Você pega a minha mão e eu me sinto em casa
Nós dois sabemos
Que aqui é o nosso lugar
Então como vou dizer?
Como vou dizer adeus?
Nós dois temos nossos sonhos
Nós dois queremos alçar vôo
Então, vamos nos apegar a esta história para conseguirmos atravessar os tempos de solidão
Eu sempre vou olhar para trás antes de ir embora
Sua lembrança vai durar para sempre
E todas as minhas lágrimas terão se perdido na chuva
Pode ser que um dia os seus braços me faltem
Mas até esse dia chegar
Você sabe que será
O Rei do meu coração
Então, vamos nos apegar a esta história e nunca esquecer dela
Enquanto dançarmos vamos nos beijar como se não houvesse amanhã
Envoltos no brilho das estrelas como num anel de diamantes
Vou guardar este instante até o fim dos meus dias
Mas não importa a distância (não importa o quão longe)
Ou onde você esteja (onde você esteja)
Simplesmente fecho meus olhos (só fecho os olhos)
E você está em meus sonhos
E é lá que você vai ficar pra sempre
Não importa quanto anos leve
Farei tudo por você
Rei do meu coração
Não importam os efeitos do tempo... você é e sempre será o meu tudo.
Agora ouça a canção e pense em nós dois.
Ana Cláudia Guimarães, do Site do Globo, chamou de "curiosidade josrnalística" o post que de modo bem disfarçado, tinha a intenção de dar ouvidos aos argumentos do instável Dado Dolabella.
O link pra quem quiser ver está aqui:
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/belezaecaos/#136635
Mas eu acho que dar cartaz a esse troglodita (que sobretudo, tem um histórico de troglodices e não de "fatos isolados") é o máximo da anti-cidadania. Não existe violência justificada. Sobretudo contra idosos (o moço tem outra queixa vinda de alguns dos velhinhos da Portela). Isso é covardia.
Que feio hein, dona Ana?