Quarta-feira, 31 de Março de 2010

Máfia Mofada

Pois é... a Glória Perez veio a público tentar falar diplomaticamente sobre as homofobices do Marcelo Dourado. Segundo ela, as tais homofobices não podiam ser atribuídas a ele, pois estaríamos sendo injustos.

 

A Globo na figura da edição do programa, ignorou, ou ao menos minimizou, os efeitos devastadores que o comportamento e as declarações de Dourado causaram numa parcela da nossa sociedade. Sim, porque ignorar o que está acontecendo é simplesmente aterrorizante.

 

O site Máfia Dourada, que de jeito nenhum eu vou linkar aqui no post, mantém um séquito de seguidores que pretensamente são fãs de Dourado. Uma pequena olhada no site nos dá um brinde do que o permeia do início ao fim: constante termologia agressiva, valorizando a ênfase de palavras como guerra, massacre, supremacia e afins. Dourado é o tempo todo tratado como mestre. Embora o teor dos posts inclua mensagens de paz e humildade, a impressão é que estamos diante daquele linguajar marginal dos bandidos que antes de assaltar alguém viram um pro outro e dizem: fé em Deus, irmão.

E nem me venham falar em injustiça. Hoje essa notícia correu as manchetes:

 

26 março 2010 às 06:00

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Globo vai contratar seguranças para acompanhar Dicesar

A drag queen Dicesar (Divulgação/Globo)

O maquiador Dicesar (Divulgação/Globo)

Quando Dicesar sair do BBB 10, a Globo vai colocar seguranças para acompanhá-lo da saída do Projac até o hotel e, depois, durante os compromissos dele com a emissora, como ir ao Faustão etc.

Tudo isso para proteger o maquiador contra a Máfia Dourado, que são os defensores de Marcelo Dourado, inimigo declarado de Dicesar.

Dicesar está sendo ameaçado de morte, inclusive em seu Orkut.

E quem ameaça sempre assina Máfia Dourada.

Que medo, né?

 

 

 

Eu me pergunto: será que na edição de domingo, quando Pedro Bial resolveu finalmente falar em nome do programa sobre a não relação da Globo com as declarações de Dourado, ele não estava admitindo publicamente a existência dos preconceitos do participante? Então porque raios gente como a Glória Perez perde tempo justificando tal coisa? Dourado merece respeito como qualquer pessoa, mas causou um fomento desnecessário a grupos de pessoas que pregam tudo, menos a diversidade.

 

É uma pena que isso esteja acontecendo. Os gays, o Brasil, a nossa história não precisava disso.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 03:06
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Domingo, 28 de Março de 2010

R.I.P. BBB

Como que num pesadelo se tornando real, Dicesar foi eliminado ontem e deixou Dourado na casa para viver o absurdo de sua vitória. É bem verdade que o roteiro imprevisível do BBB esse ano foi impressionante. Depois de uma longa seleção, o programa passa a ser protagonizado por um ex-participante que ganha a chance de tentar novamente. Como ele não é bobo nem nada, fez o santinho consciente e preferiu a diplomacia em detrimento de seu comportamento absurdo quando entrou pela primeira vez.

 

A homofobia relutante foi seu maior trunfo. Ciente de que teria o julgamento de Dicesar e Serginho em grande proporção, deixou seu preconceito fluir tranquilamente e então depois do resultado, a culpa e o choro, comovendo o público. Não poderia haver estratégia melhor e de fato ele merece ter chegado onde chegou, como jogador. Porém, é uma pena que a produção do programa, que Boninho (em sua postura ridícula de "multiplicador de valores"), não tenham percebido que a televisão hoje em dia é um veículo formador de opinião. Que a televisão influencia. E que era uma grande irresponsabilidade ignorar o tamanho do problema que estava sendo criado ali.

 

Dourado não é uma má pessoa? Tenho certeza que não. Mas ele tem preconceitos? Tem sim. Estavam todos ali. Gritando. Em sua declaração de que heterossexuais não pegam AIDS. Quando ele levantou da mesa enojado pela conversa gay à mesa. Quando Bial fez uma brincadeira sobre Dicesar e ele se amarem e ele ficou extremamente nervoso. Quando ele pediu que Dicesar fosse homem "apesar de ser veado". Enfim, por mais que as pessoas simpatizem com ele, não poderiam ter ignorado isso. Todos esses episódios eram suficientes para eliminá-lo? Sim! Porque é uma leviandade considerar apenas o carisma dele e a personalidade confusa de Dicesar como tópicos para eliminação. Implícito nesse paredão, havia uma disputa entre a liberdade sexual e o preconceito. E o preconceito venceu. Porque Marcelo Dourado vai sair dali como o supremo guerreiro que lutou contra as forças da diversidade sexual. Eu e você pensaremos assim? Não. Mas aquela parcela da população que defende a supremacia heterossexual, vai pensar sim. E é essa parcela que precisava ser atingida pela eliminação de seu representante. Não a minoria gay, que depois de tanto tempo tentando ultrapassar barreiras, é obrigada a sofrer a humilhação de ver seus defensores sendo destituídos um a um.

 

O pior agora é aguentar a Lia achando que está certa.

Pior final do BBB de todos os tempos. Não faço a menor questão de ver. E não verei. BBB Edição 10 para mim, acabou aqui.

 

Aqui no link abaixo a coluna do Maurício Stycer que também falou brilhantemente sobre o ocorrido.

http://mauriciostycer.blog.uol.com.br/arch2010-03-28_2010-04-03.html

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:50
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Segunda-feira, 8 de Março de 2010

Vergonha Dourada

 

Comecei a faculdade de Letras (graças ao titio Pró-uni) e por causa disso tem sido difícil postar e me inteirar dos babados, mas sei que ontem o Dourado e o Dicesar tiveram um momento de tensão e a guerra foi declarada. Dourado que não é bobo nem nada, faz o discurso do preconceituoso contra Dicesar usando um exemplo tão pífio que chega dei risada. Realmente comparar o preconceito contra shows de rock com o preconceito contra os gays faz muito sentido. Mas enfim, a torcida de Dourado, que tem valores tão estúpidos e tacanhas quanto os dele, vai comprar a idéia e mantê-lo na casa. Provando que esse será mesmo o BBB do retrocesso, onde a violência e o preconceito velados serão premiados com um milhão e meio de reais. E contando que a grande massa absorve imediatamente as transformações conceituais plantadas pela mídia como verdade absoluta, teremos perdido anos de luta para convencer a sociedade das injustiças contra os gays, e passaremos, os gays, a sermos não as vítimas e sim, os vilões. Claro que o preconceito existe em todas as vertentes, mas estamos falando de um comportamento isolado que vai influenciar um país inteiro.

É uma pena... uma pena mesmo.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:08
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Domingo, 7 de Março de 2010

Serginho

Gente... olha isso, que fofo!!

 

Pintosa desde cedo.

Não adianta, quando é pra ser, vem no sangue.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 02:35
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Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010

Morangos

Mais um inexplicável paredão no BBB10 foi ao ar nessa terça-feira, colocando pra fora da casa uma participante tão relevante como Angélica, e deixando Dicesar continuar seu rosário de movimentos contraditórios.

Nem falo mais sobre um saída de Dourado. Para alegria de Boninho que subverteu o roteiro para um improvável herói, Dourado reafirma toda sua escrotice a cada dia, enquanto ao mesmo tempo, a galera cool da internet segue reafirmando suas inteligências com comentários de defesa a ele.

 

Independente de toda a polêmica com o lance da homofobia (e que é muito mais complicado de entender quando não se sofre da mesma... quem não é gay não reconhece a sutileza... o detalhe... a homofobia não é só o ataque direto), Marcelo Dourado desfila um conjunto de asneiras que são de tirar qualquer um do sério. E o pior: O faz com toda propriedade. Como se ele fosse o verdadeiro conhecedor do correto sentido de compreensão humana.  Me dá no nervos. E me dá mais nos nervos ainda que tanta gente tenha comprado a versão do homofóbico relutante que ele vendeu às lágrimas e que ele seja um grande favorito ao prêmio.

 

Angélica jogou com atitude e se o discurso dela era frágil e hipócrita, esses são pontos positivos para ela dentro dessa brincadeira.

Não entendo essa situação. E sobretudo, não gosto dela.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:40
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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010

A Beleza Atrás da Porta

 

- Eu vou descobrir agora, se eu vou me arrepender pro resto da vida, como todo mundo disse que eu ia me arrepender, ou se eu vou pensar: quis fazer, fui lá e fiz.
 
            Foram com essas palavras, e uma expressão de desconforto, que Elenita deixou o BBB ontem a noite. E enquanto eu assistia sua saída, começava a me dar conta do quanto era ruim que uma participante como ela deixasse o programa, para que pessoas como Sérgio ou Fernanda continuassem lá dentro. Não que não mereçam. Acho que ninguém entra lá impunemente, mas perfis como os deles já povoam boa parte da seleção e não fazem falta no saldo final. Elenita não. Ela subverteu as coisas e no âmago de sua frase final diante de Pedro Bial, reside um tópico que vale a pena ressaltar.
           
Tivemos poucos intelectuais no programa. Acho que a procura sempre foi pouca. O perfil principal dos participantes e os destinos deles aqui fora, sempre serviram pra dar ao reality uma cara de “expressão vulgarizada da fama”. Na minha mente agora surgem apenas Estela (bbb1), Jean Massumi (bbb3), Marcelo Arantes (bbb8) e Jean Willys (bbb5), esse último sendo o mais próximo do estereotipo do intelectual e também o que mais soube se aproveitar de suas qualidades para se manter até o fim. Marcelo Arantes foi um dos que subverteu as regras internas da casa. Os participantes vivem num clima de guerra fria, tentando calcular sempre os reflexos de suas atitudes aqui fora. Tentando encontrar artifícios para fazer com que suas antipatias naturais sejam justificadas. E Marcelo foi quem traiu essa regra pela primeira vez. Cavando discussões para que pudesse dizer abertamente as coisas que todos pensavam daquelas pessoas, mas que nunca diziam. O problema foi que ele deu um tiro no pé. Pecou por orgulho. Tinha naturalmente uma personalidade vaidosa e começou a achar que estava acima de todos. Não preservou alianças e símbolos de amizade e tornou-se um vilão da Disney. Sem coração. Sem sutileza. Sem camadas de suavidade. Algo que talvez a Elenita tivesse conseguido fazer melhor do que ele. Ela, numa proporção menor, tinha a mesma conduta de não mascarar suas antipatias e expor suas análises. Na maioria causticantes. Sua abordagem era menos teatral do que a de Marcelo. Ela não preparava suas reações. Simplesmente as tinha. E certa de que a subversão era importante para uma participante como ela, Lena não poupou atitudes de choque contra os participantes. Escolher Fernanda para a tarefa do monstro foi uma paulada em todos que absorvem de imediato a “ética da casa”. Ética que ela sabe que só existe enquanto covardia. Mas que não se deve negar que é importante levar em consideração. Algo que nem vamos vir a saber, na verdade. Infelizmente, quando sentiu-se pressionada pela reação dos outros, Lena lançou mão de sua porção dramática e encenou sua indignação em um ato de fraqueza. Escolheu o pior caminho. Mas também o único, já que jamais retornaria de sua decisão indo desculpar-se com Fernanda aos prantos, como fariam outros em nome da “ética do espectador”.
 
O maior inimigo dela era sua própria necessidade de reafirmação de suas qualidades intelectuais e físicas. Disfarçadas de superioridade. Lena tem aquela indiferença fingida a respeito do que os outros vão dizer. Protege sua baixa auto-estima com um escudo verbal. Mas fica o tempo todo atrás de aceitação. Provavelmente, no fundo, tinha esperanças de que ser vista pelo Brasil no BBB, traria a ela uma fatia maior dessa confortável sensação de ser aceita. Uma necessidade tão imensa, que ela luta pelo direito de aceitação dos outros. Luta por uma causa que nem é dela, porque sente-se profundamente identificada com a posição das minorias. Dos que não precisam se esforçar para serem reconhecidos. E por mais que enfeite com duelos verbais suas inseguranças, elas a esmagam e anulam toda sua credibilidade. E era assim que era vista dentro da casa. Como a intelectual esmagada pelo próprio desconforto estético. Deixando com que essas inseguranças viessem à tona mesmo quando ninguém tocava nelas. E perdendo a capacidade de lidar com esse conflito, permitia que suas ações fossem julgadas com base no recalque e no ressentimento.
 
Em algum momento, o espectador comprou essa versão. Validou as capengas visões analíticas de Lia. Reconheceu como apta a possibilidade de que Lena fosse uma antagonista antipática, uma jogadora agressiva, uma feia em constante negação. Quando na verdade, Lena era uma antagonista necessária, uma jogadora consciente, quente, intensa. Lena era uma espectadora dentro da própria película. Era bela e nem sabia. E vai fazer muita falta daqui por diante.
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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:31
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Sábado, 13 de Fevereiro de 2010

Fim da Linha

 

O programa pro Dicesar já acabou aqui fora. Lá dentro ainda pode continuar, já que muitos não estão vendo as coisas que ele vem fazendo, mas de fato, se o colocarem ele está fora. E acho até que Dourado devia torcer para que isso não acontecesse, já que Dicesar é seu maior trunfo pessoal ali dentro. Com quem mais ele poderia continuar o jogo do "homofóbico relutante"? Tudo bem que ontem, foi Serginho o coadjuvante da cena. Inacreditavelmente, parece que o povo aqui fora não ouve as declarações de repúdio aos gays de Dourado, e sim apenas suas desculpas ensaiadas. Por enquanto, alguns na casa consideram Dicesar um grande favorito, mas infelizmente o mesmo não tem tomado as melhores atitudes na casa. Faz discursos inflamados sobre seus desprazeres em relação a Lia e Dourado, mas nunca de maneira direta. Dá uma de leva e trás e emite opinões causticantes sobre os outros por trás deles. Enfim, ao passo em que Dourado sobe, ele desce. Numa impressionante escala igualitária, num compasso, num mesmo tom e velocidade. Um em cada extremo. Seguindo num roteiro macabro e previsível.

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 21:08
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Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 2010

Heterofobia de Quinta

Bial, que geralmente no BBB faz discursos longos, algumas vezes clichezados, mas nem por isso indiferentes, costuma ter a minha simpatia à frente do programa. No entanto, ontem, quando "brincou" com a relação de Dourado e Dicesar, ele teve um infeliz momento que eu espero não se repetir ao longo da edição.

 

O papel de Dicesar e Serginho na edição se desenha de maneira perigosa nos últimos tempos. Se não bastasse o fato de a alienação de Serginho acabar provocando uma valorização excessiva de suas características mais provocativas, parece que junto com Dicesar, começa a se concretizar uma confirmação de uma teoria social abjeta que nos permeia desde que assumir preconceitos ficou out.

 

Os dois gays masculinos da casa são o que chamaremos aqui para fins de entendimento, escrachados. A escolha de Dourado como possível regressor ao programa se justifica imediatamente por isso. Ciente de que precisava se reavaliar para manter-se no jogo, ele assume uma postura reflexiva. Abre a guarda com Dicesar. Entretanto, as tiradas homofóbicas continuam num nível que as pessoas aqui fora podem considerar tolerável, mas que quem é gay desde sempre sabe que se tornam insuportáveis muito rápido. Dicesar se manisfesta. Dourado se mantém tranquilo. Quase submisso. Mas em momento nenhum vai deixar para trás suas convicções homofóbicas. Mesmo assim, se resigna. Cansado da montanha-russa comportamental, Dicesar aparece sempre insatisfeito. Dourado sempre calmo. Acontece então a impressionante corrente de favorecimento a Dourado sob a tutela de sofrer de heterofobia. E como bem disse a Mary W. do BBB, o Décimo, falar em heterofobia é uma insanidade sem tamanho, já que é uma condição que torna tudo acessível a todos que dela compartilham. E que não inclui nenhum glossário de comportamento que os gays já vão precisando aprender a usar desde a mais tenra infância. O engano começou e se formou. E quando Bial faz a brincadeira do "amor ou ódio", Dourado deixa vir a tona todos os seus pensamentos tacanhos sobre a homossexualidade, mas é tarde demais, pro público não é mais homofobia, é um homem em busca de compreensão tanto quanto qualquer um.

 

Do outro lado, Angélica prepara sua aproximação, ciente de que ser lésbica é uma das poucas coisas que podem ser encaradas como um problema pra Dourado. Afinal, os dois gostam de mulher. E se não "gostar de mulher" não for argumento suficiente para julgar Dicesar e Serginho, o fato de não serem tão "discretos" quanto Angélica, será.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 01:54
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Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

A Chance

Tenho dúvidas quanto à posição de Angélica no jogo ou mesmo no que diz respeito à sua tentativa de aliança com Dourado. Óbvio que pra ela é mais fácil ser uma colorida e se aproximar dele. Dourado tem aquele conceito machista de sexualidade que inclui um "entendimento" do gosto de uma mulher por outra. É uma abertura que Dicesar jamais teria. E no fim das contas, eu sou gay e digo de cadeira que seria horrível aguentar aquelas tiradas homofóbicas dele. Eu também já teria vazado. Angélica tem problemas de identidade social. Ela tem aquele isolamento invertido, que é quando a pessoa sabe que não está inclusa no meio, mas subconscientiza isso e cava desesperada uma sensação de igualdade. É sempre esse lado que ela deixa aflorar nas festas. Ela bebe demais, deixa vir à tona seus sentimentos latentes de desejo por Cacau, Fernanda e sabe-se lá qual mais, e os transforma em impulsos de sátira, cinismo e até violência. Sobra pros meninos também. Mas só com aqueles que estão diretamente ligados às moças por quem ela sufoca atrações. E o Dourado funciona como um interlocutor possivel, já que ela está sempre a margem do que está acontecendo. A coisa do voto foi bem bacana, mas talvez seja sua única decisão realmente substancial.
De contra partida, temos Anamara que ontem, na briga com Elenita, falou alto mas nem por isso falou bobagem de todo. Deixou Elenita desarmada e pela primeira vez, sem uma argumentação concreta.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:53
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Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2010

Ninguém o toca. Nem ele se toca.

          Ontem assistimos a um BBB que beirou a genialidade acidental.

Por tudo. Pela saída tosca de um Alex prisioneiro de sua própria construção pessoal. Por uma edição que profetizava as fraquezas emocionais de Uilllian, que o levariam derradeiramente ao paredão. Por uma votação bombástica que dividiu definitivamente a casa e nos proporcionou alguns instantes de natureza humana pura e lívida.

          O personagem do momento é Uillian, sem dúvida. E pelas piores razões. Aliás, o programa tem uma péssima tradição de personagens negros. O tempo todo, os participantes negros das edições anteriores, oscilaram entre serem os capangas dos vilões principais ou os recalcados de plantão (vide Alan e Airton). E infelizmente o recente peão negro desse jogo não deixa por menos, escondendo-se na sombra de Alex e Michel e fazendo discursos pobres que incluem uma constrangedora mensagem de paz mundial imbutida, uma injustificável posição anti monetária (o programa é uma corrida por dinheiro) e uma forçada observação de um racismo absolutamente inexistente na casa.

 

          Pra mim, deveria haver uma regra: quem tivesse a indecência de proferir a frase não estou aqui pelo dinheiro, deveria ser eliminado de cara. Dizer coisas desse tipo é uma insanidade tão grande que deveria ser critério de desclassificação. E quando você junta isso com o lance do não vou mudar quem eu sou... minha família me conhece... as máscaras vão cair... ARGH!! Quem ainda fala de máscaras no BBB deveria sofrer uma lobotomia. Não tem clichê maior e mais insuportável! E como é que esse povo não percebe isso?

 

          Uillian foi votado por seis colegas. Ninguém aguenta mais o personagem coitadinho que ele teima em representar. Vai ser eliminado, até porque Lia e Dourado representam um desequilíbrio que a casa ainda precisa pra borbulhar. Lia aliás, se vale de sua capacidade impressionante de manipular as coisas a seu favor e de provocar desméritos por coisas que não fazem sentido nenhum. Mas tenho mais repúdio por Michel, que se acovardou diante dela quando deveria ter deixado suas intenções claras desde já. Está sendo chamado de mentiroso, e justificadamente. Os dois se assemelham em suas motivações absurdas. Ele, por cobrar uma posição de Lia quando votou em Tessália, que não precisa de cobrança em essência. E ela por não entender que o ressentimento dele é normal e faz parte de seu papel daqui por diante. Vão se matar no jogo a qualquer instante, já que Dourado há muito percebeu que sua posição é observar os titãs se degladiando por aceitação, enquanto alguns já perceberam que nenhuma aceitação se faz no grito.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:50
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