Terça-feira, 3 de Maio de 2011

Final das Séries: Um chute no saco ou uma Massagem relaxante?

Bom, eu já tinha comentado aqui a tal foto de Olivia Wilde dando um chute no saco do Damon Lindelof (criador de LOST), em cena da série House.

 

 

Embora eu discorde totalmente que o pobre Damon levasse esse castigo (ainda mais com a disponibilidade dele em aparecer na série só pra zombarem dele ter sido fofa), reconheço que o final de LOST pode ter sido uma grande decepção para alguns. Nele, responsável por uma das coisas mais incríveis, inteligentes, emocionantes e soberanas que eu já vi na TV, eu não daria um chute no saco. Mas aproveitei o ensejo para citar alguns criadores e roteiristas de séries que eu nocautearia se pudesse.

 

Evan Katz

 

Ele aqui só representa alguns dos muitos roteiristas que fizeram milhões de cagadas em 24 horas. Tudo isso coroado por uma temporada final chata, cheia daquelas mesmas insuportáveis recorrências, com uma promessa de filme que impossibilitou qualquer ousadia dos roteiristas e com um último episódio que passou batido e ninguém comentou. Claudia Croitor, do Legendado.com, ainda acha que o final de 24 horas deu uma "aula" de como terminar uma série. Hein? É isso mesmo?

 

Chris Carter

 

Todos que me conhecem sabem o quanto me dói dizer isso, mas o final de Arquivo X, a série responsável por uma revolução no início da década de 90, foi um fiasco maior que saída de Amy Shermann Paladino de GG. A série, um ícone respeitadíssimo da cultura mundial, e pioneira em contar histórias a longo prazo, foi primordial para que a televisão mais tarde aceitasse o desafio de exibir tramas como a de LOST. Mas depois de as duas últimas temporadas apresentarem uma triste irregularidade, o episódio final não teve emoção nenhuma, revelação nenhuma, sambou em conceitos frágeis e salvou-se do ridículo total por muito pouco. Canceroso de volta era dispensável e Mulder vendo espíritos era de tacar a cabeça na parede.

 

David Rosenthal

 

Falando em Gilmore Girls, a Warner esqueceu que burrice também dá prejuízo e por causa de uma besteira, não quis renovar o contrato da criadora original Amy Shermann. Um de seus roteiristas principais, David Rosenthal, assumiu o comando. Resultado: uma última temporada sem charme, sem coerência, sem coadjuvantes, sem diálogos incríveis e sem a esperada última frase de Lorelai que a criadora afirmava já ter em mente desde o primeiro ano.

 

Max Muchtnik

 

Essa lista não tira, de modo algum, o mérito de séries que correram muito bem durante seus anos de vida. Mas sim castiga com um belo chute no saco seus criadores que arrumam de errar a mão logo no Series Finale. É o caso da ótima Will & Grace. O melhor sitcom da história da TV, cheio de ironia, transgresão, nonsense e inteligência terminou na sua oitava temporada com um episódio final que se não fosse o Unforgetable cantado por Jack e Karen, teria sido absolutamente descartável.

 

David Chase

 

Alguns podem achar essa menção uma heresia, mas acho que enquanto LOST foi acusada de apresentar um final cheio de pontas soltas que não satisfaziam a audiência e denegrida por isso, The Sopranos, a série do Sr. Chase, fez a mesmíssima coisa - dadas as devidas proporções - e todo mundo elogia o tempo todo, afinal, faz parte da "cartilha inteligente de assistir TV" elogiar a vida dos Sopranos sem reservas. E a série é sim, maravilhosa! Mas se construiu toda sua história baseada num imenso senso de realismo que tinha como base a crueza da explicitez visual, porque ser sutil logo no fim? Embora cheio de simbolismo e metáfora, a tão falada cena final fica devendo a seu público o que ele esperou quase dez anos pra ver: o destino de seu protagonista traduzido em imagem, como tudo na série, e não em "imaginação".

 

 

Porém, nem tudo nas séries é decepção. Alguns criadores não derraparam na curva e nos presentearam com finais dignos de suas obras. Para eles, ao invés de um chute no saco, uma bela e agradável massagem com direito a "final feliz".

 

Josh Schwartz

 

O criador do fenômeno pop The OC, teve muitos problemas entre a segunda e a terceira temporada da série. Mas todo aquele belo senso de cultura pop e inteligência sarcástica não era à toa. O moço, o mais belo criador de séries da TV atual, revolucionou em tudo. Se Marissa já não era a mocinha mais convencional, sua morte ao final da terceira temporada era ainda mais transgressora. Acabou resultando no cancelamento da série, mas nos maravilhou com uma quarta temporada redondinha, hilária, com uma Taylor irresistível e um Series Finale de cortar o coração e elevar o espírito.

 

Kevin Willianson

 

Dawson's Creek foi outro grande fenômeno pop, mas ao contrário de The OC, era mais denso, psicológico, soturno. Suas três primeiras temporadas foram um marco na TV, mas seu criador esteve presente apenas nas duas primeiras. A quarta, quinta e sexta temporada mantiveram tudo no nível da dignidade, mas perderam a ousadia habitual de Kevin. Fazendo o caminho contrário dos criadores já citados, Kevin retornou ao comando da série apenas para escrever o episódio duplo final. E o que vimos foi um show de inteligência, sagacidade, sensibilidade e humor, que acabaram encerrando o programa com todo o respeito que ele merecia.

 

Shawn Ryan

 

Muito se falava de 24 horas e Prison Break, mas uma outra série policial cortava pela lateral com um nível de qualidade pouco reconhecido pelo grande público. The Shield, sobre um esquadrão corrupto de uma periferia nos EUA, tinha um dos protagonistas mais bem escritos da TV, histórias isoladas impressionantes e uma trama central que se estendeu sabiamente por 7 temporadas. Totalmente seguro de sua criação, o grandão Shawn Ryan entregou um episódio final que é visto até hoje como o melhor final de todos os tempos no mundo das séries.

 

Michael Patrick King

 

Ele não é o criador de Sex and the City, não é nem mesmo o responsável pela adaptação do livro para a TV, mas enquanto Darren Star leva até hoje os créditos pela criação, o magrinho Michael Patrick King é, sem dúvida, a alma das personagens televisivas baseadas na obra de Candance Bushnel. O roteirista entendeu tão bem as personagens que da metade da série pra lá, era ele que escrevia todos os inícios e finais de temporada. Conseguiu o feito de entregar uma série sem nenhum episódio ruim e um encerramento que encantou até o fã mais xiita.

 

Allan Ball

 

Se ele não começar a reavaliar True Blood, é bem capaz que ganhe um lugar na lista do castigo acima, mas por hora vamos reconhecer que Six Feet Under foi impecável e sua temporada final, impressionante. O Series Finale deixa aquele friozinho na espinha e vale a pena ser visto muitas e muitas vezes.

 

 

E vocês? Em qual responsável pelo final de suas séries favoritas vocês dariam um chute no saco?

 

Serviço: Montagem tosca by As Dobras

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:10
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Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2011

O Embuste 24 horas - Recado ao blog "Legendado"

 

 

Há oito anos atrás, sob muita expectativa, chegou ao ar uma idéia intrigante sobre um agente que teria um dia de sua vida contado em tempo real numa série de TV. Seriam 24 horas, uma hora para cada episódio e um compromisso de 24 viradas de roteiro até o final.

 

Três anos depois, na quarta temporada, 24 horas já não era um fenômeno de boas idéias. Como em toda boa série, construiu uma série de apoios mitológicos ligados principalmente a personagens. Essa acabou sendo também uma das maiores ciladas da série, que em seu compromisso de grandes surpresas acabou matando quase todos os personagens importantes e caindo cada vez mais num abismo de insatisfação. A partir da quinta temporada, as obviedades começaram a passar de aceitáveis para irritantes. A métrica dos roteiristas era sempre a mesma: terrorista bandidão que mata sem dó e que não é na verdade o manda-chuva, o manda-chuva que é um cara engravatado ligado ou à Casa Branca ou a um país de fama duvidosa, um traidor na UCT, um traidor na Casa Branca, Jack torturando porque quer, Jack matando alguém importante por não ter escolha, agentes da UCT com vidas complicadas para enrolar os espectadores, a UCT sendo invadida e burlada o tempo todo... e por aí vai. E essa métrica começou a ser repetida todas as vezes, e eventualmente uma ou outra virada dentro desse plot acabava conquistando a nossa atenção.

 

Aos poucos, a série foi passando de revolução a embuste. Éramos manipulados por uma mesma rede de raciocínio e cada vez menos isso soava prazeroso. O final da sexta temporada foi um vexame sem tamanho. Os próprios roteiristas, em um extra da sétima temporada, assumem o buraco negro em que vinham se enfiando desde então. E depois de uma sétima temporada razoável, iniciaram uma oitava que se não fosse por sua hora final, teria sido um fiasco irrecuperável.

 

Fico me perguntando: foi esse series finale tão alardeado como melhor que o de Lost? Eu devo estar louco então, porque a sensação que tive era de que estava vendo uma temporada muito ruim com um final um pouquinho melhor. Da primeira a vigésima terceira hora, nada nessa última temporada de 24 horas fugiu do esquema traçado para todas as outras. Nada! Porque quando eu achei que os roteiristas teriam coragem de levar a inconsequência da Presidente Taylor até o fim, eles caíram no patriotismo óbvio e a fizeram voltar atrás. Se 24 horas tivesse terminado com Jack sendo morto pela presidente numa ação bem sucedida de uma conspiração pela “paz”, aí sim, teria sido um grande final. Realmente revolucionário. Mas que idiotice a minha... Uma vez anunciado o cancelamento da série, os executivos da Fox correram para a imprensa para garantir: Jack vai continuar sua saga no cinema. Portanto, morrer no final era impossível. E contando com o fato dele já ter sido preso por chineses, ter tido a família quase toda morta, ter sido dado como morto, ter fugido umas três vezes, não haveria outro final para ele que fosse realmente surpreendente que não fosse sua própria morte. Dessa maneira, quem ficou nervoso com os últimos momentos do personagem esqueceu o cérebro em casa. Pra mim, chega a ser um desrespeito tentar nos enganar com uma quase morte que jamais virá a acontecer, visto que os próprios criadores da série já nos garantiram isso. Eles próprios! É como contar o final do filme e querer que a gente se choque com ele mesmo assim.

 

Até o momento em que a presidente ficou passiva com a sugestão do assassinato de Jack eu ainda achava que as coisas tinham salvação. Pensei: se Claudia Croitor escreve uma dúzia de desaforos sobre o final de Lost usando o final de 24 horas como base para comparação, é porque ela deve ter material para isso. Mas não, ela não tem. Porque a presidente muda de idéia depois de ver um videozinho emocional de Jack que parecia saído der um roteiro de ação do Michael Bay. E deixando mais uma vez a responsabilidade de serem maléficos sem arrependimento para os russos, sai de cena como uma mártir da verdade, mesmo em última instância.

 

Não é a toa que a não ser pelo blog Legendado, não vi uma só referência jornalística que tivesse dado meio minuto de atenção a essa última temporada da série. Nem mesmo para falar mal dela.

 

O curioso é que de tudo que aconteceu nesse episódio, a única parte boa tem total relação com todas as críticas feitas ao final de Lost. Jack e Chloe protagonizam o emocionante momento final de seus personagens (com destaque merecido para Mary Linn) numa liberdade emocional do roteiro que em tudo tem a ver com os encontros entre os personagens de Lost: a priorização da empatia do público para com aqueles personagens, mesmo que as saídas dramatúrgicas não compensem nossas expectativas. Intrigantemente, a ansiedade em demonstrar superioridade intelectual na rejeição ao final de Lost era tão grande, que valia a pena até mesmo enaltecer a superficialidade e obviedade absurda dessa última temporada de Bauer na TV.

 

E aí você começa a ponderar... Dá pra dar atenção a quem compara o final cheio de referência científicas, mitológicas, históricas, cheio de apelo emocional e complexidade psicológica de Lost ao final cheio de pólvora e maniqueísmo de 24 horas? É como comparar um roteiro de David Chase a um de Roland Emmerich. Não tem propósito. É um julgamento cretino, sem a menor coerência e substância, usado apenas pelos que não tem coragem de assumir sua insatisfação sem que tenha que fazer os outros de burros com isso.

 

Não devia ser tão importante pra mim dizer essas coisas, mas depois de anos sendo cativado pela sensação de que podia visitar esse blog certo de que alguém estaria aqui compartilhando opiniões sobre uma paixão em comum, com propriedade e inteligência, me senti muito ofendido quando percebi que tinha sido enganado, que mais importante que respeitar os leitores e argumentar com sensatez é manter cativo o público que aplaude a arrogância. Eu sou capaz de aceitar quem argumenta contra cavernas luminosas e submarinos inúteis, mas não posso ficar calado quando a minha defesa para essas coisas é tratada como uma deficiência intelectual, com frases pretensiosas cheias de comicidade tendenciosa e ironia. É insuportável quando você vê alguém usar argumentos contra criatividade e dois posts depois elogia a “competência” de quem guia os passos de Bauer. E mesmo quando esse blog assume a recorrência dramatúrgica de 24 horas, usa argumentos do tipo “a gente percebe a falha, mas deixa passar... porque Jack é o cara!”. Sim, ele é. Mas uma série não sobrevive enquanto discussão, diversão e relevÂncia, só porque o personagem é o cara. Não sobrevive. E não sobreviveu. Despediu-se capenga, com horas a mais de ambição que poderiam ter-lhe poupado um honroso lugar no hall das séries que souberam a hora de parar.

 

Que me perdoem aqueles que me acham apenas um louco que precisa defender sua obsessão. Esse não é um comentário sobre Lost ou sobre 24 horas. É sobre um leitor assíduo de uma jornalista que não escreve um blog pessoal, escreve um blog sobre séries, e esqueceu-se que o sustento dele depende dos leitores, mas mesmo assim resolveu ofender alguns deles só pra ser engraçadinha. Esse é um comentário que esperou toda a última temporada de 24 horas acabar na Globo, para ser escrito. Mesmo muito tempo depois. Para que fosse completo, embasado. Porque mesmo com rancor de toda comparação feita aos dois finais, eu esperei para ver tudo, para que eu não cometesse uma injustiça horrível com uma última temporada que talvez tivesse sido realmente muito boa e terminasse sendo um cretino com os fãs que talvez tivessem toda razão.

 

E me poupem do GET A LIFE. A cultura nerd prevê a importância demasiada a elementos sempre tão complicados de serem compartilhadas com outros, sobretudo para os que não moram no eixo principal das capitais, como eu. Não forcem a barra. Faz décadas que é um preconceito cafona achar que quem “perde”muito tempo com heróis, miniaturas e ficção científica é um loser. Ao menos eu tenho condições verbais de reclamar. O que Claudia Croitor tem é uma dádiva: a chance de ser lida. Para os que escrevem não há prazer maior do que o de poder ser lido. Discutido. Mas isso perde totalmente o sentido, quando vira um clube de afinidades, onde a divergência é tratada com o rótulo da estupidez, transformando todos os que discordam em pobres coitados inferiores que desconhecem toda a “verdade” da compreensão televisiva.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 16:27
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Sábado, 27 de Março de 2010

Time Over

 

Jack Bauer verá em breve o reloginho de sua vida parando de vez. Pelo menos na TV. 24 Horas foi cancelada depois de uma - pelo que dizem- sofrível temporada. Mas não esperem um final com algum acontecimento bacana não. Eles querem uma franquia no cinema e isso significa que o final da série nem de longe será tão bacana quanto poderia ser.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:12
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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2010

Ensaio sobre a Tortura

Enfim, terminei a Sétima Temporada de 24 Horas depois de todo mundo. Mas terminei. E por enquanto o saldo ainda é confuso.

A série tem uma grande qualidade: tenta sempre refletir um comportamento político e lidar com referências e preconceitos. Esse ano, o importante era falar sobre tortura.

Jack Bauer deixou que a tortura se tornasse o seu maior talento. Durante seis temporadas foi só o que ele fez. Quando a imprensa começou a encher o saco falando isso, os roteiristas decidiram finalmente abordar a questão. E dá-lhe esforço pra tentar driblar a obrigação de manter a natureza violenta da série e ao mesmo tempo ser politicamente correto.

A solução foi criar uma agente que abominasse a prática pra trabalhar com Bauer. A idéia é inteligente porque depois de uma hora ao lado dele, ela percebe que existem casos e casos e que não dá pra ser unilateral nessa questão.

As repetições continuam lá e são insuportáveis às vezes. Se essa oitava temporada não for mesmo a última, a série pode chegar a um final muito indigno.

O box da temporada tem até um extra interessante a respeito dessa dificuldade de manter a qualidade dos episódios. Os roteiristas falam claramente sobre tudo que vêm sofrendo com o andamento do programa. E deixam claro que o desgaste é o único responsável por tanto desnível entre os episódios. A metade da temporada foi impressionante. O final, desesperado.

Eu destaco a decisão previsível mas não menos interessante de incluir nesse confuso final, uma cena bem emblemática em que Jack tem diálogos de arrependimento com um líder muçulmano pacífico. Outro grande trunfo da série é esse: aproveitar sua dimensão para disseminar a tolerância.

Que venha Nova York na vida de Jack!

Dawn it.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 00:55
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