O trailer mais impressionante de todos os tempos acaba de ser divulgado. Trata-se do último filme da série Harry Potter e depois de assistí-lo, você vai estar arrepiado dos pés à cabeça!! Aliás, eu já disse hoje que eu AMO HARRY POTTER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Uma vez idiota, idiota até na morte:
No Brasil, estrela de 'Jackass' estaria seis vezes acima do nível legal
A surpresa da audiência diante da Inteligência dos roteiros de The X-Files resultou para série, depois de uma primeira temporada de ajustes, em uma bem-vinda renovação de contrato. A Fox deu sinal verde para a segunda temporada, meio ainda sem acreditar que aquela história sobre ciência e teoria chegaria a algum lugar além desse segundo ano.
A verdade veio com os primeiros prêmios Emmy e Globo de Ouro. Uma pesquisa rápida em forúns de discussão já deixava claro que a série já era um fenômeno de apreciação intelectual, com uma mitologia em definição que merecia toda a atenção. A segunda temporada estreiava em 16 de Setembro de 1994 e nem imaginava que seria o rito de passagem para o estrelado mundial.
Gillian Anderson, que dependeu da teimosia de Carter para permanecer na série, acabou engravidando no final da primeira temporada. O choque foi total. A atriz, que sabia que nunca tinha sido a primeira escolha do canal, entrou em pânico e prometeu fidelidade eterna ao criador da série se ele a mantivesse no programa (o que acabou se confirmando nos anos em que Duchovny começou a se desligar do programa). Carter então começou a tentar encontrar alternativas para solucionar a ausência iminente de Scully de alguns episódios. As decisões criativas tomadas na ocasião resultaram numa maturidade mitológica que elevou Arquivo X ao status de genialidade.
Vamos então aos dez melhores episódios da segunda temporada:
“Homenzinhos Verdes” - 2X01
A primeira temporada terminou sem certeza de retorno e por isso a história fechava com o encerramento do departamento chamado “Arquivo X”. Esse primeiro episódio mantinha essa atmosfera de incerteza, com Mulder e Scully separados e mantendo contato clandestinamente. O episódio tem um dos epílogos mais bonitos da série, com um texto ótimo sobre a sonda de contato alienígena lançada pela Nasa em busca de vida em outros planetas. Mulder tem mais contatos estranhos com essas forças e também é nesse episódio que a mitologia sobre sua irmã desaparecida se torna um dos carros-chefe da trama. O segundo informante de Mulder, o Mr.X, também aparece pela primeira vez aqui. Vale lembrar que o prestígio de Glen Morgan & James Wong como roteiristas crescia tanto que eles tiveram a responsabilidade de iniciar a temporada.
“Duane Barry” – 2X05
Um dos maiores clássicos da série, o episódio sobre o repetente (abduzido várias vezes) Duane Barry foi a solução que a equipe de Carter encontrou para garantir a ausência de Scully. Com medo de ser levado novamente, Duane sequestra a agente e ela é abduzida em seu lugar. O choque dos fãs na época foi imenso. Nenhum programa até então tinha colocado seus protagonistas sob tensão tão original, garantindo que essas mudanças afetassem a vida deles permanentemente. A abdução de Scully virou o divisor de águas da série e transformou a personagem num ídolo. O sucesso de Gillian estava garantido. A partir dali, a cética Dr. Scully se tornou indispensável.
“A Ascensão” – 2X06
Segunda parte do episódio duplo que mostrava a abdução de Scully, “A Ascensão” demarcou as coisas, mostrando a Mulder que a conspiração envolvia muito mais do que ele esperava. Aqui, seu parceiro Krycek, enviado para substituir Scully, se revela também uma peça das mentiras que flutuavam no FBI. Krycek também acabou virando um elemento importante para a mitologia, um dos muitos personagens periódicos da série que quando apareciam, significavam momentos de muita tensão. Junto com ele, O Canceroso parou de ser um figurante silencioso no fundo da cena e ganhou voz. Já ficara claro que ele era o maior rival de Mulder.
“Irresistível” – 2X13
O mau, sob o ponto de vista da psicologia, se mescla aos submundos mais desconhecidos da mente humana. Ele é variável de acordo com o nível de consciência que se tem a respeito dos efeitos de determinada ação sobre o oponente. O episódio ” irresistível” fala do mau. O mau em sua forma bruta. E Scully é que acaba ficando frente a frente com essa manifestação. Na história, o coveiro Donnie Brasco se revela um serial killer com um fetiche incontrolável por cabelos femininos.
“Os Adoradores das Trevas” – 2X14
A dupla Morgan & Wong volta á cena com um roteiro que é uma verdadeira pérola de terror e inteligência. Imagine que na sua cidadezinha, no seu colégio, o diretor, o coordenador, a associação de pais, todos com um propósito moral de prestar serviços de apoio ao aluno, escondessem um grande segredo? O teaser do episódio é impressionante, Kim Manners dá uma aula de direção. A história passeia pelos conceitos de magia negra e Mulder e Scully têm uma ajuda na investigação que só pode ser considerada no mínimo, intrigante. Há uma piada interna nos créditos do episódio, com os nomes dos roteiristas incluindo alcunhas sem sentido comum. O episódio também tem a famosa cena dos sapos caindo do céu.
“A Colônia” – 2X16
A primeira parte do episódio duplo que vai fundo nos mistérios que envolvem o desaparecimento da irmã de Mulder, tem uma discussão genética interessantíssima, que se apóia nos eventos iniciados no final da primeira temporada. Começa a manipulação emocional com Mulder, em que o Sindicato (como ficou conhecido o grupo de homens que parecia dominar os segredos conspiratórios) traz à tona várias versões falsas de Samantha Mulder afim de com isso, distrair ou remanejar as atenções da investigação do agente. Primeiro episódio em que David Duchovny se envolve em mais além do que a atuação.
“A Fraude” – 2X20
Conhecida como uma das temporadas mais sombrias da série, essa segunda jornada poderia mesmo levar esse título. Darin Morgan resolveu escrever uma história sobre aberrações de circo. O resultado é um dos episódios mais surpreendentes e nojentos da série. Entre os momentos de loucura estão mulheres barbadas, comedores de coisas vivas, auto-mutilações, gêmeos siameses e Scully comendo insetos. Imperdível!
“Os Calusari” – 2X21
Sarah B. Charno escreveu dois episódios nessa temporada: um muito ruim e outro muito bom. Os dois serão mencionados nesse post, mas aqui Os Calusari ganha destaque como um roteiro sombrio, sagaz e assustador. O “calusari” do título diz respeito a uma categoria de sábios da cultura judaica que são responsáveis pela manutenção espiritual de seu povo. Na história, um bebê morre misteriosamente num parque temático e Mulder começa a desconfiar do irmão de oito anos da criança. A trama gira em torno de fé e possessão demoníaca e tem um desfecho impressionante que deixa qualquer um de cabelo em pé. Destaque para a suástica, que aqui aparece como um símbolo de proteção espiritual.
“Nossa Cidade” – 2X24
Aquele se tornaria o maior parceiro de mitologia do criador da série, chega à equipe do programa com esse Nossa Cidade. Frank Spotnitz começa com um episódio solto, mas já mostra a que veio, com uma história embasbacante sobre canibalismo. Se você acha impossível que galinhas e decapitações humanas sejam impossíveis num mesmo roteiro, assista esse episódio. Nele temos o já conhecido por papéis cômicos Gary Grubbs, vivendo um policial sério.
“Anasazi” – 2X25
Cadáveres de possíveis alienígenas são encontrados numa reserva indígena e isso é o suficiente pra deixar Mulder completamente transtornado. Aqui, começa a lenda das trilogias perfeitas que permearam a série, com Mulder e Scully agindo juntos, mas separadamente. Cada um destrinchando uma pista, numa fórmula que consagrou o programa. Tudo nesse episódio é especial, desde a dinâmica dos protagonistas até a frase de abertura que escreve The Truth is Out There em língua navajo. O episódio é muito marcante para os grupos de defesa UFO, já que os arquivos MJ entregues à Mulder são velhos conhecidos das teorias ufológicas que circulam até hoje nos sites e revistas especializadas. Não houve um só especialista ou simpatizante das teorias UFO’s que não saiu da primeira parte dessa trilogia, satisfeitíssimo.
No entanto, os erros cometidos na primeira temporada não foram totalmente corrigidos e a segunda temporada também têm suas pérolas de desvio criativo. Nada que afete a qualidade da série como um conjunto, mas que valem a pena serem lembrados.
“O Hospedeiro” – 2X02
Não sei porque raios Carter achou que valia a pena escrever um episódio sobre um verme gigante escondido nos esgotos. Cometeu o mesmo erro que em O Demônio de Jersey. Houve algum festejo com o episódio por conta da ousadia da equipe de efeitos especiais, mas enquanto roteiro, o episódio é fraco e arrastado.
“Sangue” – 2X03
Quem diria que a dupla Glen Morgan & James Wong tropeçaria na qualidade segmentada de suas histórias, mas em Sangue os dois erram a mão muito feio e escrevem um episódio chatíssimo sobre mensagens subliminares. O orçamento adorou, quase nenhum gasto com ação e efeitos, mas quem saiu perdendo foi o espectador.
“Aubrey” – 2X12
Sarah B. Charno fez bonito com Os Calusari, mas antes peidou na caneca com um episódio que até tinha uma idéia boa, mas que por conta de uma atriz ruim e um roteiro frouxo acabou sendo penoso. A história falava sobre os impulsos assassinos que podem ser transmitidos através das gerações, mas o que fica bom aqui na sinopse não funcionou na tela. Pobrezinho do Terry O’Quinn, que pedia pelo amor de Deus por uma oportunidade na TV e acabou fazendo um episódio péssimo na temporada. Sua sorte foi que Carter ia muito com sua cara e usou-o outras vezes na série, dando-lhe mais tarde um personagem fixo na fantasmagórica Millennium. No entanto, só no ano de 2004 – anos depois do fim de Millennium – que ele redescobriu a fama quando entrou numa sériezinha de mistério chamada LOST.
“O Navio Fantasma” – 2X19
Howard Gordon & Alex Gansa são os campeões de equívocos e aqui escrevem mais um. A trama sobre um navio perdido na fronteira com uma fenda temporal parecida com a do Triângulo das Bermudas, poderia ser perfeita se os roteiristas não tivessem achado que Mulder e Scully precisavam VIVER os efeitos de envelhecimento precoce provocados pela fenda. A verossimilhança do episódio vai por água abaixo quando vemos os agentes com uma maquiagem exagerada, passando dias no navio sem um pingo de ação ou surpresa. Salvos no último minuto – mais uma vez – saem de uma experiência quase fatal de dias como se nada tivesse acontecido. Esse aliás, é um dos problemas desse tipo de formato narrativo: por mais que pelo bem da ação os protagonistas precisem passar por situações limítrofes, há de se ter um equilíbrio, ou tudo para de ter relação com a vida e vira mitologia de HQ, o que aqui, não se aplica.
“Luz Suave” – 2X23
Vince Gilligan, hoje responsável pelo grande sucesso Breaking Bad, escreveu esse episódio que fala de um homem com uma sombra assassina. Isso mesmo. Um Peter Pan mortal. A sombra do cara era assassina. Você pisava na sombra e Bam!! Morria. Virava carvão. Isso mesmo. Sombra assassina. Pisou, morreu. Sombra Assassina. Precisa dizer mais alguma coisa? O intérprete do famoso Monk é que estrelava o episódio.
See you in the thrid season...
Na manhã de ontem, Ana Maria Braga recebeu no seu programa a última vítima do massacre de Realengo que ainda estava no hospital. A menina Tayane, ainda visivelmente afetada pelos eventos do dia do massacre, estava de cadeira de rodas e ainda tinha muita dificuldade de ser expressar contundentemente diante das perguntas de Ana Maria. No entanto, o pouco que ela falou sobre o assunto já provocou em mim aquela sensação de suspensão do bom-senso, gerando um desconforto ambíguo, cheio de indignação e pesar, mas também cheio de uma enegrecida curiosidade.
Eu não acordo cedo, todo mundo que me conhece sabe. Pego no trabalho só às 14 horas e foi meu namorado quem viu a entrevista e comentou comigo, enquanto eu tomava banho. Assim que o relato dele começou, aquela fagulha de morbidez, que tanto demorou a ser suprimida nos dias após o crime, começou a queimar novamente e a buscar alívio. O dia ia permanecer o mesmo pra mim, mas ao sair de casa eu já sabia que a primeira coisa que faria ao chegar no trabalho era procurar o vídeo da entrevista no You Tube. E dessa maneira, o prazer e a dor, cozidos numa mesma fogueira midiática, voltariam a consumir o meu tempo produtivo.
Começou com a entrevista no programa de Ana Maria, mas logo, automaticamente, eu já estava revendo os vídeos do dia do massacre, tentando vislumbrar novos ângulos, querendo e ao mesmo tempo repelindo a possibilidade de momentos cada vez mais reais sendo capturados pelas pessoas presentes no local. O que aliás, é outro souvenir da modernidade: a morte nunca foi tão célebre. Com cada vez mais pixels, está estampada em revistas, jornais e flutua soberana por câmeras de circuito interno e celular. E essa facilidade de acesso ao trágico, para pessoas como eu, que sentem intimamente o calor de um momento como esse, torna tudo ainda mais próximo. Faz com que seja palpável. Provoca uma sensação testemunhal que aumenta o "prazer" de assistir e o sabor do terror.
Logo os médicos criarão uma patologia pra isso, estou certo. Por enquanto eu prefiro ser suave e dar ao impulso o carimbo da super-sensibilidade. Misturada, claro, a uma mórbida e excruciante necessidade de ver, de estar, de participar. Não sei de onde ela vem, não me perguntem. E nem sei se tenho companhia nessa disfunção comportamental que nada de bom pode trazer ao meu espírito. Esse hábito de observação trágica é uma profunda incoerência diante da minha óbvia inclinação para a alienação. Eu percebo, mas não controlo. Tem vezes que eu prefiro acreditar que é meu dramaturgo tomando a frente e enxergando nos dramas alheios a possibilidade de literatura. O que você vive é experiência, e o que não vive é história escrita. E tenho um prazer tão imenso em contemplar palavras que pode se comparar ao de viver os fatos. E então eu fantasio minha presença naqueles outros mundos de experiências que não são minhas, e confundo a minha curiosidade com a minha dor.
Pela minha vontade, não existiria jamais o naufrágio do Titanic, o terror do 11 de Setembro, o incêndio no edifício Joelma ou o massacre na escola em Realengo. Eu sinto tanta compaixão por aquelas pessoas... E sinto tão intensamente o medo. O ódio pelas vidas perdidas de maneira tão estúpida, por motivos tão torpes. E ao mesmo tempo, a cada dia que começa comum em algum lugar do mundo, e que muda de rotação em apenas dois segundos, meus olhos páram num instante ínfimo da fita, quando crianças esperam a hora de entrar na sala de aula e minha mente às vezes azêda, estaciona no pensamento nocivo e repetitivo que fica martelando essas mesmas frases: Não havia nada nesse dia que anunciasse o fim. Não havia sombra, nem silêncio e nevoeiro. Não havia o medo suspenso de atravessar a floresta. Era Sol e suor entre as conversas de corredor. Como saberei quando esse dia comum chegar pra mim? E o que eles pensaram quando o homem atravessou a porta? Qual é o primeiro pensamento antes do fim? Qual o último pensamento antes da escuridão?
Eu tenho uma mania muito característica: adoro comprar CD's originais e depois fazer coletâneas variadas pra ouvir no meu Discman. Chamo essas coletâneas de Songs Me, e elas já têm dez volumes badaladíssimos.
Recentemente abri outra categoria chamada Best Glee Season 1, reunindo os melhores momentos musicais da primeira temporada dessa série fantástica. A playlist ficou tão boa, mas tão boa, que resolvi compartilhar com vocês. A reunião dessas 23 canções num CD-R vai ocupar os 80 minutos direitinho e aí é só colocar no play e delirar.
Começando por Tonight.
A primeira canção da lista é curtinha, pra dar o clima. Tina abre a coletânea com esse pequeno momento do musical West Side Story.
Somebody To Love
O elenco da série nos presenteia com essa bomba que reúne toda a força criativa dos produtores musicais. O cover da canção do Queen é um marco pro programa. A canção tem tantas reviravoltas emocionantes que chega a dar um nó na garganta.
Defying Gravity
Rachel e Kurt dividem esse dueto maravilhoso, que na série foi motivo de uma disputa que acabou não muito bem para o rapaz. A canção, do musical Wicked, tem uma letra sensível e combina perfeitamente nas vozes de Lea Michele e Chris Colfer.
Vogue
Glee resolveu fazer, na metade da primeira temporada, um episódio só com canções de Madonna. A Diva, encantada com a série, cedeu todo seu catálago de canções e o resultado foi um dos melhores momentos televisivos da última década. Praticamente todas as canções do episódio fulgurariam nessa lista, mas algumas delas tem um destaque especial. A versão de Vogue, cantada por Sue, é um show à parte. Não representa nenhuma grande novidade na estrutura original da canção, mas é uma delícia mesmo assim.
To Sir, With Love
Nos anos 80, quando grupos de crianças cantantes eram muito comuns, um produtor aí quis abrir uma concorrência direta com O Trem da Alegria e criou Os Abelhudos. O carro chefe do trio era uma versão dessa canção chamada Ao mestre com carinho. A canção foi um estrondo e tocou em 99% das formaturas do ensino fundamental e médio do anos seguintes. Aqui, a série Glee dá um tratamento tão elegante ao hino clichê dos mestres, que não poderia estar ausente dessa lista.
Smile
O episódio onde essa versão da canção de Lily Allen aparece também tinha uma remontagem da sua homônima mais respeitada: o Smile de Chaplin. No entanto, o arranjo de vozes de Rachel e Finn ficou tão suave e harmonioso que acabou batendo o clássico em homenagem ao contemporâneo.
Dont Rain on My Parade
Um dos melhores momentos da primeira temporada aconteceu antes do hiato, na competição seccional dos corais, quando Rachel é obrigada a pensar num número improvisado e entra pela platéia cantando Dont Rain on my Parede, do musical Funny Girl. O arranjo e a força da interpretação da atriz é tão arrebatador que o momento ficou marcado como um dos mais catárticos da série.
Dream On
Sei que os fãs do Aerosmith não vão gostar do que eu vou dizer, mas essa versão de Dream On dá uma surra nos córnos do pessoal do Steve Tyler. O arranjo é perfeito e o dueto entre Mathew Morrison e Neil Patrick Harris (oriundo de Malcon In The Middle e que conseguiu uma folga de How I Met Your Mother) é redondinho.
Bad Romance
Aqui temos outro caso de versão original que fica devendo pro cover. O elenco da série transformou a ralentada e ruidosa canção de Lady Gaga numa explosão de animação muito mais clean and fashion... walk, walk, fashion baby...
Take a Bow
Continuando nas divas, temos essa impecável interpretação de Rachel para a canção de Rihanna. Também não inova no arranjo, mas como Lea canta melhor que a estapeada Rihanna, a música ficou bem melhor. O final da música cresce muito e é por ele que a canção fulgura nessa lista.
Lean On Me
O clássico de Bill Withers ganha uma versão no episódio Ballad e tira todo mundo do eixo de novo. A canção segue a métrica de Somebody To Love, com arranjo forte e vocais emocionados.
Rose's Turn
O personagem gay da série não poderia deixar os musicais de lado e Kurt acaba ganhando a maioria dos números ao lado de Rachel. Aqui, ele canta essa bomba do musical Gypsy num momento incrível de virada do personagem. A força da interpretação de Chris Colfer nessa canção lhe valeram elogios dos maiores ícones da música americana.
Over the Rainbow
Não sou muito chegado aos momentos musicais de Mathew Morrison no programa, mas essa emocionada versão do clássico de O Mágico de Oz é de comover qualquer um. É bem verdade que a ilustração da música dentro do episódio ajuda muito a categorizar a faixa, mas mesmo assim, o perfeito arranjo de violão e vocalizes dá o tom adequado de doce tristeza à canção.
The Boy is Mine
Em resposta ao dueto de Michael Jackson e Paul McCartney chamado de The Girl Is Mine, as cantoras Brandy e Mônica lançaram essa versão feminina que foi revisitada na série por Mercedes e Santana. Os riffs pop ficaram irresistíveis e os vocalizes de Santana deram um banho de criatividade nos gritos de Mercedes.
A House is not a Home
O clássico de Dione Warwick não poderia ter sido mais respeitado. A interpretação comovida de Kurt, com uma pequena intervenção de Finn, foi um dos momentos mais coerentes dentro do plot do episódio.
Like a Virgin
Nunca gostei muito dessa canção de Madonna, que é também o seu primeiro grande sucesso. Mas a união das vozes de Rachel, Jesse, Will, Emma, Finn e Santana dentro de um arranjo inspirado que elevou a canção a outra categoria. Os vocalizes de Naya Rivera, a Santana, merecem outro destaque aqui.
Hello
Outro ícone do romântico brega americano, Lionel Richie ganha seu espaço dentro da série, nesse dueto irresistível de Jesse com Rachel. A canção passeia por sua estrutura original e com um leve toque de originalidade que garante seu lugar nessa lista.
Bohemian Rhapsody
Essa é, sem dúvida, a minha canção preferida da série. É também o melhor momento do programa nesse primeiro ano, embora irônicamente não seja protagonizado pelo elenco do show. Mas o segredo para uma coletânea coesa é não colocar suas músicas preferidas pelo começo, ou o final do álbum perde força. Esse cover do Queen é tão poderoso que não tem nem como explicar. É a soberania visual da série e um primor musical que deve ser agradecido a Freddie Mercury pra sempre!
Can't Fight this Feeling
Conhecido por seu duvidoso e ingênuo gosto musical, Finn aparece cantando essa canção no chuveiro, logo no episódio piloto da série. No entanto, ela ganhou uma versão de estúdio no primeiro CD lançado. O clássico do Air Supply é tão fofinho na voz do Cory que de repente você se pega viajando nos acordes pueris da canção.
Poker Face
Quando o episódio com canções de Lady Gaga foi ao ar, ninguém imaginava que qualquer produção da Mama Monster fosse ser maculada com arranjos desconstruidores. Todos se surpreenderam com a força pop de Bad Romance e mais ainda, com a lapidação de um chiclete como Poker Face numa canção comovente que acabou começando a ser executada até pela própria Gaga em seus shows. O dueto entre Lea Michele e Idina Menzel é tão lindo que você se pergunta como algum dia chegou a dançar nas pistas ao som dessa música.
Faithfully
Todos devem estar se perguntando como Dont Stop Believing, do Journey, ainda não apareceu nessa lista, mas embora a canção mereça uma menção honrosa pelo que representou para os personagens e para a banda oitentista, a melhor remontagem de uma faixa do Journey, pra mim, é essa belíssima balada brega chamada Faithfully. A letra é quase uma homenagem ao estilo Wando de se escrever canções, mas a interpretação de Lea e Cory tem tanto respeito, sinceridade e ternura, que você esquece esse detalhe e se joga nas guitarras melódicas e na bateria retundante. O final da música é tão emocionante que se você não se arrepiar é porque esqueceu o coração em casa.
What it feels like for a girl
Outra de Madonna. Só que essa, só pra ilustrar o quanto um arranjo pode enriquecer uma canção. A versão excessivamente dançante da diva, combinada com o clipe ridículo e machista produzido por seu então marido Guy Ritchie, me faziam ter ojeriza dessa música. Mas aqui, cantada pelos rapazes de Glee, ela ganhou um arranjo meio lounge que faz querer dançar e ao mesmo tempo impressiona pela sensibilidade. O cadeirante Artie tem um ótimo momento nessa canção.
I Could Have Dance All Night
Pra fechar a lista com unidade, incluímos na última faixa outro pequeno trecho de um famoso musicial. Emma fecha nossa coletânea dos melhores momentos musicais de Glee com My Fair Lady.
Lembrando que muitas outras grandes canções foram executadas nessa primeira temporada, mas acho que essa reunião de 23 faixas têm tudo de melhor que deveria ser mencionado.
Voltamos em breve com o melhor da Segunda Temporada.
Enjoy It!!