Maria Gadú Bieber nessa foto te leva a imaginar qual diálogo?
Bieber: - São eles! Estão aqui! Estão fotografando!!
Selena: - Me beija!!
Bieber: - De língua não, só espreme!!
Selena: Pega na minha bunda!!
Bieber: - Oh, my God! Hooow??
Selena: - Pega!!!
Bieber: - Assim?
Selena: Com as duas mãos, não idiota! É pra pegar, não pra sovar!
The Shield - Series Finale
Eu tenho muita sorte.
Mesmo que por alguma razão eu fique distante de ótimas produções seriadas e elas até cheguem a acabar sem que eu perceba, o destino dá um jeito de me colocar diante delas novamente. Foi assim com a incrível The Shield. Embora não tenha feito o mesmo barulho que a superestimada 24 horas, é quatro vezes mais competente em matéria de roteiro.
Ano passado, passando pela Band no horário nobre, dei de cara com um episódio da série. Parei, confesso, porque achei o Michael Chiklis um tesão! Mas o episódio em questão, o último da primeira temporada, era tenso, cru, e ainda acabava daquele jeito que eu adoro: musiquinha bombástica entrecortada por momentos dramáticos. Reservei a informação. Meses depois assistindo os extras da última temporada de Lost, encontrei muitas referências ao famoso final de Vic Mackey, protagonista de The Shield. O meu amado bichinho carpinteiro que adora correr atrás de referências entrou em ação. Loquei as três primeiras temporadas e amei!! The Shield era tudo aquilo que diziam e muito mais.
Comecei a baixar as temporadas restantes e depois dessa longa maratona, ontem a noite, com muito pesar, conheci finalmente o tão comentado final que encerrou a vida de crimes do policial mais corrupto da televisão mundial.
O series finale teve duas horas de duração, e sem entrar em pormenores, nos presenteou com uma séries de acontecimentos bárbaros que são o orgulho de qualquer fã. O desmantelamento do Strike Team, da maneira mais horrível e coerente, foi sem dúvida o ponto alto. Os valores emocionais de Vic sendo postos a prova em confronto com a ausência plena de moralidade. A carta de despedida de Shane foi tão contundente que chegou a ser inverossímil diante da sempre estúpida mente do personagem.
Tá vendo esse cartaz aí? Pois bem, ele resume tudo que essa série é e tudo em que ela se apoia.
Pobrezinho do Peter Krause, que achava que depois de tanto prestígio com Six Feet Under, ele é que seria o carro-chefe de uma campanha publicitária. A NBC se segurou mesmo na Lauren Grahan e a partir dela e de seu apelo junto ao público por conta de sete anos de Lorelai, que essa produção baseada no filme de Ron Howard (o mesmo de Uma mente brilhante), estreiou.
As expectativas são traídas logo no início. Vindo claramente na onda de Brothers & Sisters (que por sí só não segurou nem duas temporadas de prestígio) e esperando o mesmo reconhecimento, Parenthood é tão superficial que dá dó. Ao contrário de B&S, que tem em sua primeira temporada um senso de espetáculo e um texto primoroso, sua prima da NBC não seria nada se não fosse o carisma de Lauren. Ela mesma aliás, também muito equivocada em insistir no mesmo corte de cabelo e nas mesmas expressões cristalizadas de Lorelai. A questão é que há tanta paixão por parte dos fãs de Gilmore Girls, que essa boa vontade, mesmo sem querer, acaba expandindo-se para tudo que ela faz.
A trama é boba. Não há um só respiro de originalidade - não pensem que a doença de Max salva aquele núcleo da chatice total - e as reações dos personagens passaram pela mesma apostila de todos os dramas familiares. Sabe aquele ciclo idiota de "eu descubro um segredo e não te conto, aí quando você descobre briga comigo porque eu não te contei e então uma música triste toca e eu choro"? É assim. E talvez B&S tenha começado a ficar péssima porque isso passou a acontecer demais. E sem a parte boa pra compensar. Porque pra assistir um drama familiar tem que ser assim. Tem que ter a parte boa pra compensar os clichês do gênero. E Parenthood insiste em só ficar com os clichês e copia a pior parte de B&S. É serio, assistam Brothers & Sisters e vão saber do que eu estou falando. É quase plágio, minha gente.
A primeira temporada chegou ao fim pra mim e não me sinto nem um pouco compelido a seguir adiante. Salvo alguns momentos felizes de humor e ironia, nada de valor ficou dessa experiência a não ser a referência futura. O season finale foi protagonizado por duas adolescentes e por isso mesmo acabou sendo imaturo, superficial e confuso. Me arrancou algumas lágrimas, afinal de contas eu sou meio bobo, mas dois segundos depois eu tinha esquecido porque.
Glee - Season Finale
Há algum tempo atrás, num post sobre Gossip Girl, eu dizia que tentaria dar uma chance à essa nova tentativa de Kevin Willianson de emplacar algum sucesso depois de Dawson's Creek. Pois bem, passados alguns meses eu pus o plano em prática e comprei a primeira temporada da série.
O resultado, no início, foi controverso. Um episódio piloto péssimo que não fazia jus a uma temporada tão bem orquestrada. Diferente de Parenthood, que penou por vir na onda de B&S e provou ser pior que seu original, The Vampire Diaries veio pra mostrar que os fãs da saga Crepúsculo não sabem o que é uma verdadeira história de vampiros.
A trama é bem parecidade (sempre lembrando que os livros de L.J. Smith vieram antes dos de Stephenie Myers) mas situa nossa heroína num triângulo amoroso entre dois irmãos vampiros. As suposições que Helena faz ao perceber a natureza de Stefan são bem parecidas, aliás, com as que Bella faz sobre Edward. Mas as semelhanças param por aí. The Vampire Diaries tem a marca registrada de Willianson: um texto rápido, primoroso, cheio de referências pop e ironia. Os episódios são rápidos, as tramas não se arrastam, o clima é sombrio e os roteiros não têm pena de ninguém. O elenco é afiado e tem no Damon vivido por Ian Somerhalder (o Bonne de Lost) o seu alicerce carismático. Enfim... a série é totalmente injustiçada e merece uma atenção de quem curte esse tipo de narrativa.
Só os comentários de Damon sobre os livros de Stephenie já valem a temporada toda.
Terminou ontem, com um episódio de cortar o coração, o que espero que seja a primeira temporada da série Divã. O derivado da adaptação de Martha Medeiros para o cinema não fez feio não e se despediu da grade com uma história comovente que nos falou sobre a morte de modo sereno e sábio.
O ponto alto da série foi a interpretação radiante de Lilia Cabral, óbvio. Mas Totia Meirelles, que assumiu o posto de melhor amiga (já que no filme Mercedes perde esse símbolo) e Paulo Gustavo Pereira são coadjuvantes que não ficam devendo nada pra ninguém. Representam o alívio cômico e a transgressão necessária para interlocução da protagonista.
Marcelo Saback, que assinou a trama da série, fez um trabalho incrível e superou todas as expectativas, mantendo viva a personalidade filosófica de Mercedes, que em sua despedida emocionou pra valer. Mesmo com um final meio piegas, perdoável por seu caráter honesto.
Aqui vai o vídeo da última parte desse finale, com direito a Nise Palhares mostrando que vencedor do Ídolos não é garantia de sucesso pra ninguém, e que às vezes quem não chega lá, chega mais adiante. Toda bonitona, nem parece aquele sapatão mal vestido do reality.
Seguindo o compromisso de revisitar as temporadas da série de ficção científica mais importante da história da TV mundial, passemos para uma breve avaliação dos melhores e piores episódios de cada temporada. Mas lembrando que essa lista não terá qualquer serventia se não for pra instigar a curiosidade do leitor. Então se esses comentários lhe parecerem mesmo que ligeiramente interessantes, baixe o episódio em questão e assista. A saga de Mulder e Scully pode ser tudo, menos irrelevante.
Os dez melhores episódios - Season 1
Piloto - 1X00
Considerado como um dos melhores pilotos da história, o episódio já começa com uma mensagem que nos diz que tudo que veremos foi baseado em documentos reais. Daí então conhecemos a agente Scully, uma cientista designada para invalidar o trabalho do agente Mulder, um apaixonado defensor de teorias fantásticas que teve a irmã pequena abduzida por alienígenas. O choque entre os dois é imediato e em seu primeiro caso juntos investigam uma série de abduções ocorridas numa cidadezinha. Aqui vemos o Canceroso pela primeira vez, parado, quietinho, fumando, na sala do diretor do FBI. E vemos também o famoso corredor de evidências do pentágono.
A verdade está lá fora - 1X01
O segundo episódio manteve o plot do piloto e mostrou Mulder buscando informações sobre testes feitos com soldados usando tecnologia alienígena. A famosa frase de abertura "The truth is out There" aparece pela primeira vez, assim como a famosa cena das luzes sendo vistas por uma Scully estupefata. A personalidade de Mulder é muito bem delineada nesse episódio. Daqui por diante ele acaba ganhando a fama de caçador de encrencas que o imortalizou. Seu primeiro informante, apelidado de Garganta Profunda, surge aqui pela primeira vez.
Sombras - 1X05
A dupla Glen Morgam & James Wong foi responsável por bons episódios da série. As idéias dos dois rendiam sempre ótimos momentos e esse Sombras é um bom exemplo disso. Os fantasmas ganham sua estréia nessa assustadora teoria de que uma vez presentes na sua vida, as pessoas podem não te abandonar nem na morte. O título em português do episódio casa bem com o estilo dos roteiristas, que adoram engendrar seus enredos no oculto e invisível. A dupla acabou criando uma inteligente e bem sucedida franquia no cinema chamada Premonição, onde o vilão é o mais invisível de todos: a morte.
Terror no Gelo - 1X07
Morgan & Wong novamente. Mulder e Scully viajam para o Alaska para investigar as estranhas mortes de uma equipe de expedição. Lá, descobrem um nojento parasita que se disfarça no sistema nervoso central e muda o humor dos hospedeiros. Uma vez que duas pessoas estejam infectadas, elas lutarão até que uma delas morra. O clima do episódio é incrível. Tenso. Nunca se sabe quem está infectado e como o infectado vai agir. Aqui temos uma participação da futura desperate housewive, Felicity Huffman e a famosa cena de Mulder tirando a roupa para uma vistoria e dizendo: não façam julgamentos, estamos abaixo de zero.
Caçada Sangrenta - 1X09
Somos apresentados, nesse que é um dos poucos bons episódios escritos por Howard Gordon & Alex Gansa, a um personagem inesquecível dentro da mitologia da série: Max. O nerd afirma ser um repetente (constantemente abduzido) e é encontrado por Mulder nas redondezas de uma operação de resgate de uma possível nave. O personagem só apareceu duas vezes na série e inaugurou a galeria de coadjuvantes inesquecíveis do programa.
O Vidente - 1X12
Mesmo sendo uma cética cientista, durante os primeiros anos da série, os roteiristas adoravam colocar Scully diante de situações sobrenaturais. Aqui, nesse espetacular episódio da dupla Morgan & Wong, o impressionante teaser (cena antes da abertura) mostra Scully se despedindo da mãe e depois cochilando no sofá. Ao abrir os olhos momentaneamente, ela vê o pai sentado na poltrona logo à frente. Ele parece falar, mas ela não ouve nada (as aparições de espíritos na série mantém todas esse padrão), ele some e ela segundos depois recebe uma ligação avisando que o pai morrera. Esse evento se une ao caso que Mulder e ela investigam sobre um condenado à morte que depois de escapar da sua primeira execução, afirma ter passado a ver os espiritos dos que matou e a fazer previsões. É o primeiro episódio que inverte os papéis e mostra Scully crente e Mulder cético.
Assassino ou Assassina? - 1X13
Um misterioso assassino que parece ter a capacidade de mudar de sexo une Scully e Mulder num caso que os leva até uma estranha comunidade isolada no interior dos EUA. O episódio tem um ritmo lento e pode parecer irrelevante. Mas se o espectador souber esperar até os minutos finais, terá uma bombástica revelação que inclui uma teória interessante para os famosos círculos ingleses.
O ser do Espaço - 1X16
A dupla Morgan & Wong entrega mais uma pequena obra prima. Mulder fica sabendo que os militares abateram uma nave e que pode haver um possível sobrevivente sendo transportado. A busca insana dele para ver a criatura começa e como em todos os episódios que envolvem sua crença, David Duchovny vive um Mulder perturbado e tenso. O episódio é cheio de reviravoltas que são coroadas com uma cena final que é um desbunde de inteligência e lógica. Garganta Profunda conta a um esfarrapado Mulder, que o destino dessas criaturas já está traçado há muito tempo e some nas sombras num momento que mostra porque essa série foi tudo que foi.
A Besta Humana - 1X18
The X-Files mexeu muitas vezes com mitologias clássicas. Mexeu menos com as mais conhecidas como vampiros, bruxas e lobisomens, mas essa última ganhou um representante á altura nesse assustador episódio de Marilyn Osborn. Sabiamente, a roteirista abordou os lobisomens pelo ponto de vista da cultura indígena, que dá á criatura o nome de Manitou. Esse espírito retorna em ciclos de oito anos para amaldiçoar os membros de uma linhagem outrora contaminada pela maldição. Mulder e Scully começam a investigar os assassinatos provocados pelo retorno da criatura e se deparam com o monstro. Mesmo com pouco orçamento, as soluções criativas do episódio foram sábias e renderam uma das cenas de transformação mais bacanas da série. Aqui, mais uma vez, quem testemunha a transformação é Scully e sua fama de explicações científicas impróprias começou a ganhar referências.
Jogo de Gato e Rato - 1X23
Carter encerra a primeira temporada de sua série em grande estilo. O Season Finale reúne Mulder e Scully dentro da trama de manipulação genética que irá permear a série por toda sua vida. O interessante aqui é que é Scully quem conduz a narrativa final e que tem contato com o material genético alienígena que servirá de moeda de troca pela vida de Mulder. A cena na ponte, com a morte do Garganta Profunda é um clássico, assim como sua frase final "Trust no One", que vira frase de abertura nesse episódio, inaugurando as mudanças de frases que se tornaram marca registrada do programa.
Como nem tudo são flores, vamos ser justos e listar também os equívocos. E olha que não foram poucos...
Os piores episódios - Season 1
O Demõnio de Jersey - 1X04
Carter, o criador da série, apesar de genial acabou também sendo o responsável por alguns dos primeiros piores episódios da série. Com o orçamento baixo e um ritmo frenético de episódios, algumas bobagens acabaram sendo feitas, sobretudo nesse início. Nessa versão moderna do tal do Pé Grande (que talvez por trauma nunca mais tenha sido abordado na série), Mulder e Scully enfrentam uma lenda de Nova Jersey que dizia respeito a um monstro escondido na floresta. O episódio tem ótimos momentos de diálogos sobre a evolução humana (o que é uma qualidade da série: o desenvolvimento dos roteiros, mesmo quando o episódio é ruim, salva-o do lugar comum), mas as aparições equivocadas das criaturas deu à ele um tom jocoso que não cabia na história.
Nesse episódio um pouco da vida pessoal de Scully ganha a cena, mas Carter depois demonstrou arrependimento em ter abordado essa questão tão cedo, o que agrupou certa superficialidade à personagem. Mesmo assim, o episódio é conhecido como aquele que marcou o momento em que Scully decide abrir mão de sua vida pessoal para seguir Mulder em sua busca, ainda que inconscientemente.
O Fantasma da Máquina - 1X06
Escrito por Howard Gordon e Alex Gansa, falava sobre um programa de computador que voltou-se contra seus criadores. Carter uma vez disse que alguns episódios ruins surgiam da necessidade de resguardar valores financeiros a roteiros muito bons que precisariam de muita produção. Esse talvez seja um caso desses. O tal programa poderia ser criado com zero custo de maquiagem e efeitos e suas ações se limitariam a manipular a rede eletrônica do prédio onde estava hospedado. Resultado: um episódio fraco, que apesar de falar um pouco sobre o passado profissional de Mulder, em nada apetece a qualquer fã.
Missão em Perigo - 1X08
Outro roteiro promissor vítima do baixo orçamento e falta de soluções. O episódio falava de algo que teria acontecido a um astronauta que acabar de voltar de uma missão e que está diretamente ligado ao rosto que teria aparecido naquelas famosas fotos de Marte.
Ao tratar o rosto como uma força possessiva, Carter perde a linha e cria uma bobagem sem tamanho que ele mesmo reconhece como um fracasso. A história, sem clímax e sem sentido proporcional, passeia mais uma vez pelo jocoso ao estampar nas crises de possessão do astronauta, a foto animada do rosto marciano.
Roland - 1X22
Não sei o que deu na cabeça do Chris Ruppenthal de achar que seria interessante escrever um episódio sobre um doidinho que controlava os experimentos de um grupo de cientistas. O episódio é chato, pedante, não tem ação e o chato do personagem título ainda por cima é interpretado pelo Stanford de Sex and The City.
Kyle Chandler
Nos anos 90, o atrapalhado Gary Hobson viu sua vida mudar depois que começou a receber o jornal do dia seguinte e com isso, passado a salvar vidas. Early Edition, a série em questão, ficava lá, escondidinha na programação da Sony, e não era muito notada. No entanto, a cada temporada crescia o mistério sobre porque Gary começou a receber o periódico ansioso. Ao chegar ao fim, na quarta temporada, brindou os fãs com uma explicação lostiniana: não diremos claramente de onde vem esse jornal, mas diremos por que você o recebe. E desde esse fim, o charmosíssimo Kyle Chandler, com seus irritantes olhos pidões, vinha vagando de um filme pra outro. Podemos vê-lo inclusive no King Kong de Peter Jackson vivendo um ator canastrão que caiu muito bem com sua aparência vintage. Há cinco anos atrás, acabou entrando pra uma outra série pouco comentada, mas igualmente competente: Friday Night Lights, onde viveu o treinador Eric e incomodou muita gente com seu sotaque texano irresistível.
Dean Cain
Vocês devem estar se perguntando, porque esse cara todo musculosão está no meio dessa homenagem à diversidade? Senhores, diversidade diz respeito a sortimento. Então vamos sortir a nossa lista com um exemplar tipicamente industrializado. Dean Cain viveu por quatro anos o Clark Kent da série Lois & Clark, e enfatizo que ele viveu Clark Kent porque no início dos anos 90 dar prioridade à porção humana do herói era a única opção da criadora Deborah Joy Levine para levar o Superman para a TV. Sem muito orçamento, a executiva deu a volta na crise e focou sua série na dinâmica jornalística de Lois e Clark. Em alguns episódios, Superman chegava a aparecer por míseros dez segundos. O resultado foi a aprovação dos fãs e da crítica, que entenderam a força de Kent como personagem e levaram o programa a quatro bem sucedidas temporadas. Pois bem, Dean Cain foi escolhido para essa lista em detrimento de Tom Welling (o atual Superman da série Smallville) porque de todos os atores que viveram o herói, talvez ele tenha sido o que imprimiu mais normalidade a ele. Inegavelmente belo, claro, Dean acabou sofrendo da síndrome do super-homem e desapareceu de vista. Hoje pode ser visto numa lamentável produção meio americana/meio brasileira, dirigida por Márcio Garcia (!) e protagonizada por Juliana Paes.
Chris Noth
Quem nunca ouviu falar do Mr. Big? Não, não é aquela banda antiga que cantava uh baby, baby it’s a wild world. O Big a que me refiro é a “representação Carriniana da beleza e charme masculino em sua forma mais suprema e imbatível”. E coube ao coroa Chris Noth dar vida a esse desafio utópico proposto pela escritora Candance Bushnell em Sex and the City. Logo no início da série, Carrie Bradshaw conhece por acaso um executivo charmoso que será seu calcanhar de aquiles pelos seis anos seguintes. Sem saber muito sobre o tal sujeito, Carrie leva em consideração seu charme, seu dinheiro, sua limusine, seus ternos alinhados e aquela beleza quase pervertida de seus olhos, e decide chama-lo de Big. E por seis anos, os fãs da série jamais souberam o nome verdadeiro do homem. E seu interprete, Chris Noth, acabou ganhando o mesmo status, ao emprestar seu incômodo porte de sedutor ao personagem. Qual mulher ou homem desse mundo que assistia a série, não se perguntou se Big era uma alcunha que realmente representava toda a.... digamos... estrutura corporal do homem?
Mike O’Malley
Já falei aqui outras vezes do papai Burt da série Glee. O veterano Mike O’Malley aportou na produção inesperadamente bem sucedida de Ryan Murphy para viver o pai de Kurt, o gay assumido da série. Sua primeira aparição foi no episódio 4 da primeira temporada. Ele pega o filho dançando Single Ladies e o questiona com seu jeito machão. Mesmo nessa apresentação clichezada do pai macho com o filho afetado, eu já me incomodei com aqueles lábios fartos, aquele queixinho gorduchinho e aqueles olhos verdes. Mike faz o tipo “americano regular”, que é muito branco, fica careca cedo, engorda e acaba esquecendo das potencialidades dessa condição. Mas ao final do episódio, quando descobrimos que Ryan Murphy vai abordar a relação de amor entre o pai machão e o filho afetado, é que nos rendemos totalmente ao charme desse ator. Já premiado, Mike respondeu tão bem a esses estímulos criativos que sua dinâmica com Kurt já é um dos pontos altos da série. Aqui, como com alguns dos personagens abordados nessas listas, a fórmula do bruto que ama também funciona muito bem. O nível de fofura pessoal a que chegou o machão Burt Hummel é inacreditável. Faz todos os rapazes gays da terra que foram rejeitados por seus pais pensarem: Ah... Queria tanto que meu pai fosse assim.
John Michael Higgins
O irreverente John Michael Higgins entrou nessa lista de supetão, enquanto eu começava a assistir a penosa quinta temporada de Ally Mcbeal, onde ele interpretou o charmoso e hilário terapeuta da moça. Com aquela mania de pegar na mãozinha dela para dizer verdades, conseguiu pelo menos embelezar a tela em detrimento de um texto sofrível que o criador da série, David E. Kelley, teve a infelicidade de preparar pra essa temporada final. O incômodo Higgins tem olhinhos azuis de matar e pode ser visto também em diversas comédias.
Nicolas Bishop
Sobre esse eu não posso falar muito. Foi minha amiga Monique Bomfim quem o sugeriu pra lista e eu, diante dessa beleza cretina do moço, acatei a sugestão no ato. Loiros de olhos azuis que ainda por cima usam barba ou têm pêlos no peito me tiram totalmente do sério. Sobre ele, sei apenas que passou por séries como White Collar, da Fox e que atualmente brilha na comentada Body Of Proof.
James Eckhouse
Também conhecido como Papai Walsh, o britânico James Eckhouse fez uma porção de papéis no cinema e apareceu em uma porção de séries, no entanto, foi como Jim Walsh, no clássico Barrados no Baile, que ele alcançou fama e prestígio. O filho da mãe tem aquele tipo que me gera uma certa insanidade: branco, rosto forte, queixo gordinho e apesar de ser quase totalmente careca, tem os braços e o peito todo peludo. Confesso, ele já esteve muitas vezes na sessão "Eu me Bronho" das minhas fantasias.
Chris Bauer
Ainda na categoria "Os carecas me fazem perder os cabelos", incluo nessa lista o grandalhão Chris Bauer, que além dessa cara larga, desse cenho franzido, dessa barba sempre por fazer e desses lábios de desenho perfeito, ele ainda tem uma voz de macho alfa que arrepia a nuca. Pudemos ver esse cretino durante anos fazendo o marido problemático de Faith em Third Watch e em vários personagens periféricos no cinema, mas foi quando ganhou um papel em True Blood que despontou para o reconhecimento crítico.
Clark Greeg
O marido de Christine Campbell é baixinho, careca e meio bobão, mas com esses olhinhos azuis e um corpo que surpreende quando há apreciação, o lindinho cretininho não tinha como escapar desse top. Clark já apareceu em um monte de outras séries e tem personagens relugares no cinema (pode ser visto nos filmes do Homem de Ferro, por exemplo). Seu talento pra comédia sempre foi conhecido, mas seu charme era novidade. Foi com a trajetória em The New Adventures of old Christine que o moço despontou para o hall dos atraentes.
Jonathan Schneider
Também conhecido como Papai Kentão, o intérprete do patriarca Kent em Smallville chega a ser uma ofensa de tão insuportavelmente charmoso. Na juventude, o moço estrelou a série Os Gatões exatamente por conta de sua beleza e nos anos 2000, teve sua carreira ressuscitada pela Warner, que o convidou para viver o pai do Superman numa produção que acabou sendo uma das mais rentáveis da história do canal. Com a morte do personagem no centésimo episódio da série, Jonathan acabou indo parar numa participação especial em Nip/Tuck, num personagem controverso que lhe rendou boas críticas. Atualmente, o ator desfruta de suas últimas aparições como fantasma em Smallville e aproveita para nos presentar também com essa beleza realmente... incômoda.
Mais uma vez, Glee nos entregou um episódio impecável na semana passada.
O maior dos clichês do universo escolar americano, o baile de formatura, estava demorando a ser retratado na série. Mas a espera não poderia ter sido mais bem recompensada. Depois do fraquinho Rumours, a segunda temporada engata um início de season finale que pelo jeito vai tirar a gente do sério.
São tantos os pontos positivos do episódio que talvez eu deva citar apenas aquele que considero o elo fraco dele: Sue. De repente, com muita tristeza, percebi que a personagem só existe pra mim por uma razão: as participações de Becky. Depois de tanto caricaturismo, parece que Sue foi condenada a um marco zero de relevância. Parou ali e ficou. O que vemos é um espectro dela tentando se movimentar na trama e não conseguindo. Nesse episódio isso ficou claro. Aqueles bons minutos perdidos naquelas sequências com Artie poderiam ter sido melhor aproveitados com personagens promissores como Britanny, Santana ou Emma.
O baile em sí foi um desbunde. O resultado, perfeito. O excesso de drama de Kurt atrapalhou o ritmo, mas a piada é adequadíssima. Eu mesmo já vi acontecerem coisas semelhantes quando estudava. A escolha de aumentar a tensão entre ele e Karofsky me apetece de maneiras indescritíveis. Mais ainda, numa série em que existe uma pressa quase absurda de concluir arcos, a relutância em mostrar o valentão saindo do armário dá a todo esse plot uma credibilidade poucas vezes vista em Glee.
Os números musicais também foram um espetáculo à parte. Estávamos precisando, aliás. Adele novamente surgindo na série na voz de Jesse e Rachel foi um achado. Um bom retorno para ele em uma versão bombástica de Rolling in the deep. A insípida Friday, daquela queridinha da internet ganhou uma versão que colocou a original no chinelo. A parceria de Artie e Puck em homenagem a sempre ótima Britanny, deu até um arrepiozinho de tão boa. E quem não levantou do sofá e dançou com Dancing Queen deve ter algum problema. O episódio terminou com uma ternura tão grande que eu quase chorei, juro.
Li algumas resenhas do episódio e os comentários de alguns fãs me deixaram muito preocupado. O movimento do "que chato essa falação sobre homofobia" vem crescendo a olhos vistos e começa a gerar uma antipatia imensamente prejudicial à questão. Talvez os heterossexuais não compreendam que o mais que falarem sobre o assunto ainda será pouco, se comparado a quanto ele nos persegue durante toda a nossa vida. Me parece estúpido que esse plot em Glee comece a ser criticado sob o viés da insistência, uma vez que insistente mesmo é a tentativa de toda e qualquer série adolescente de manter o foco em triângulos amorosos e decepções emotivas. Glee dedicar tanto espaço (que em perspectiva não é nem de perto tão grande assim) para os dramas e delícias de ser gay é um presente merecido a essa minoria que tão dificilmente ganha o horário nobre da televisão mundial.
Outra coisa, minha gente: Não tenham a ousadia de considerar a homofobia e o bullyng que vem de carona com ela, como um assunto superestimado pela mídia. Os gays, aqueles que se assumiram gays ou que demonstram organicamente essa condição, sabem que esse problema tem uma dimensão muito maior do que pretendem julgar os heterossexuais. Para efeitos futuros, a campanha tem que ser maciça sim. E quem é gay, sabe que 50% pelo menos, de seus maiores dramas reside no preconceito. Então não achem que é recorrente mostrar isso numa série como Glee. Ela está sendo muito coerente, acredite. Acredite em mim.
Sou só eu que quero o Kurt e o Dave juntos? Mais alguém acredita no potencial dramático desse casal?
Bom, eu já tinha comentado aqui a tal foto de Olivia Wilde dando um chute no saco do Damon Lindelof (criador de LOST), em cena da série House.
Embora eu discorde totalmente que o pobre Damon levasse esse castigo (ainda mais com a disponibilidade dele em aparecer na série só pra zombarem dele ter sido fofa), reconheço que o final de LOST pode ter sido uma grande decepção para alguns. Nele, responsável por uma das coisas mais incríveis, inteligentes, emocionantes e soberanas que eu já vi na TV, eu não daria um chute no saco. Mas aproveitei o ensejo para citar alguns criadores e roteiristas de séries que eu nocautearia se pudesse.
Evan Katz
Ele aqui só representa alguns dos muitos roteiristas que fizeram milhões de cagadas em 24 horas. Tudo isso coroado por uma temporada final chata, cheia daquelas mesmas insuportáveis recorrências, com uma promessa de filme que impossibilitou qualquer ousadia dos roteiristas e com um último episódio que passou batido e ninguém comentou. Claudia Croitor, do Legendado.com, ainda acha que o final de 24 horas deu uma "aula" de como terminar uma série. Hein? É isso mesmo?
Chris Carter
Todos que me conhecem sabem o quanto me dói dizer isso, mas o final de Arquivo X, a série responsável por uma revolução no início da década de 90, foi um fiasco maior que saída de Amy Shermann Paladino de GG. A série, um ícone respeitadíssimo da cultura mundial, e pioneira em contar histórias a longo prazo, foi primordial para que a televisão mais tarde aceitasse o desafio de exibir tramas como a de LOST. Mas depois de as duas últimas temporadas apresentarem uma triste irregularidade, o episódio final não teve emoção nenhuma, revelação nenhuma, sambou em conceitos frágeis e salvou-se do ridículo total por muito pouco. Canceroso de volta era dispensável e Mulder vendo espíritos era de tacar a cabeça na parede.
David Rosenthal
Falando em Gilmore Girls, a Warner esqueceu que burrice também dá prejuízo e por causa de uma besteira, não quis renovar o contrato da criadora original Amy Shermann. Um de seus roteiristas principais, David Rosenthal, assumiu o comando. Resultado: uma última temporada sem charme, sem coerência, sem coadjuvantes, sem diálogos incríveis e sem a esperada última frase de Lorelai que a criadora afirmava já ter em mente desde o primeiro ano.
Max Muchtnik
Essa lista não tira, de modo algum, o mérito de séries que correram muito bem durante seus anos de vida. Mas sim castiga com um belo chute no saco seus criadores que arrumam de errar a mão logo no Series Finale. É o caso da ótima Will & Grace. O melhor sitcom da história da TV, cheio de ironia, transgresão, nonsense e inteligência terminou na sua oitava temporada com um episódio final que se não fosse o Unforgetable cantado por Jack e Karen, teria sido absolutamente descartável.
David Chase
Alguns podem achar essa menção uma heresia, mas acho que enquanto LOST foi acusada de apresentar um final cheio de pontas soltas que não satisfaziam a audiência e denegrida por isso, The Sopranos, a série do Sr. Chase, fez a mesmíssima coisa - dadas as devidas proporções - e todo mundo elogia o tempo todo, afinal, faz parte da "cartilha inteligente de assistir TV" elogiar a vida dos Sopranos sem reservas. E a série é sim, maravilhosa! Mas se construiu toda sua história baseada num imenso senso de realismo que tinha como base a crueza da explicitez visual, porque ser sutil logo no fim? Embora cheio de simbolismo e metáfora, a tão falada cena final fica devendo a seu público o que ele esperou quase dez anos pra ver: o destino de seu protagonista traduzido em imagem, como tudo na série, e não em "imaginação".
Porém, nem tudo nas séries é decepção. Alguns criadores não derraparam na curva e nos presentearam com finais dignos de suas obras. Para eles, ao invés de um chute no saco, uma bela e agradável massagem com direito a "final feliz".
Josh Schwartz
O criador do fenômeno pop The OC, teve muitos problemas entre a segunda e a terceira temporada da série. Mas todo aquele belo senso de cultura pop e inteligência sarcástica não era à toa. O moço, o mais belo criador de séries da TV atual, revolucionou em tudo. Se Marissa já não era a mocinha mais convencional, sua morte ao final da terceira temporada era ainda mais transgressora. Acabou resultando no cancelamento da série, mas nos maravilhou com uma quarta temporada redondinha, hilária, com uma Taylor irresistível e um Series Finale de cortar o coração e elevar o espírito.
Kevin Willianson
Dawson's Creek foi outro grande fenômeno pop, mas ao contrário de The OC, era mais denso, psicológico, soturno. Suas três primeiras temporadas foram um marco na TV, mas seu criador esteve presente apenas nas duas primeiras. A quarta, quinta e sexta temporada mantiveram tudo no nível da dignidade, mas perderam a ousadia habitual de Kevin. Fazendo o caminho contrário dos criadores já citados, Kevin retornou ao comando da série apenas para escrever o episódio duplo final. E o que vimos foi um show de inteligência, sagacidade, sensibilidade e humor, que acabaram encerrando o programa com todo o respeito que ele merecia.
Shawn Ryan
Muito se falava de 24 horas e Prison Break, mas uma outra série policial cortava pela lateral com um nível de qualidade pouco reconhecido pelo grande público. The Shield, sobre um esquadrão corrupto de uma periferia nos EUA, tinha um dos protagonistas mais bem escritos da TV, histórias isoladas impressionantes e uma trama central que se estendeu sabiamente por 7 temporadas. Totalmente seguro de sua criação, o grandão Shawn Ryan entregou um episódio final que é visto até hoje como o melhor final de todos os tempos no mundo das séries.
Michael Patrick King
Ele não é o criador de Sex and the City, não é nem mesmo o responsável pela adaptação do livro para a TV, mas enquanto Darren Star leva até hoje os créditos pela criação, o magrinho Michael Patrick King é, sem dúvida, a alma das personagens televisivas baseadas na obra de Candance Bushnel. O roteirista entendeu tão bem as personagens que da metade da série pra lá, era ele que escrevia todos os inícios e finais de temporada. Conseguiu o feito de entregar uma série sem nenhum episódio ruim e um encerramento que encantou até o fã mais xiita.
Allan Ball
Se ele não começar a reavaliar True Blood, é bem capaz que ganhe um lugar na lista do castigo acima, mas por hora vamos reconhecer que Six Feet Under foi impecável e sua temporada final, impressionante. O Series Finale deixa aquele friozinho na espinha e vale a pena ser visto muitas e muitas vezes.
E vocês? Em qual responsável pelo final de suas séries favoritas vocês dariam um chute no saco?
Serviço: Montagem tosca by As Dobras
- Alguém precisa trazer a série de volta!
Taí um cartaz que eu colaria tranquilo pelas ruas da cidade. Que saudade...
Os Estados Unidos acordaram hoje em festa por conta do anúncio da morte de Osama Bin Laden. Morbidamente, o povo foi às ruas como na final de uma Copa do Mundo, festejar o assassinato permitido da figura alegórica por trás dos ataques do 11 de Setembro.
Levianamente, alguns jornais chegam a se referir a esse momento como o dia em que o declínio do terrorismo poderia ter começado, esquecendo-se que um só homem não conseguiria arquitetar sozinho tamanha catástrofe e que sua morte não representará jamais o fim de um movimento que tem sua força na simpatia de outrem.
Emblemática, mas apenas do ponto de vista superficial, a morte de Bin Laden, sobretudo ocorrendo no ano do décimo aniversário dos ataques ao WTC, representa apenas o fim de uma caça a um homem que já não parecia ter o poder de continuar a organizar células terroristas. Algo me diz que os que estão no poder agora devem estar adorando que o rosto onde se projetam os desejos de vingança dos americanos já esteja lançado ao mar (aliás, estranho que o corpo dele não tivesse sido fotografado e mostrado ao mundo... e sim lançado ao mar...). Agora, é como se voltassem ao marco zero. A caçada terminou. Sem Saddhan, sem Osama. Sem mais alegorias. A engrenagem do terror que não possui "heróis", pode continuar tranquila a funcionar.