Quarta-feira, 30 de Março de 2011

Cartas Para Julieta - Como extraviar um bom argumento

 

Era uma vez uma bela aspirante a jornalista chamada Sophie.

Sophie vive um relacionamento estagnado e uma carreira bloqueada por sua própria competência como investigadora de fatos. Um dia Sophie encontra numa construção antiga dentro da área histórica de Nova York uma carta escrita há cinqüenta anos por uma moça que não sabia o que fazer com a confusão causada pelo encontro com um grande amor. Sophie então decide encontrar a moça, seguir com ela (já uma senhora) numa busca por seu amado perdido e fazer disso o grande furo de reportagem de sua carreira.

 

Esse é o roteiro de Cartas Para Julieta?

 

Não. Mas poderia ser. O filme não poderia se chamar Cartas para Julieta, mas daria pra contar a história do mesmo jeito. Afinal de contas, a base criativa desse roteiro é o destino (fundamentação básica de praticamente todos os filmes românticos da nossa história) e no final das contas, a Julieta de Shakespeare e seu nervoso serviço de correspondência, acabam sendo apenas uma gordura necessária para envolver de substância histórica e charmosa esse confuso filme de Gary Winick.

 

A confusão aqui reside de fato na contradição argumentativa desse enredo. O filme começa para ser uma história sobre a influência da Julieta Mitológica dentro da sociedade moderna... Mas não! Na verdade o filme é sobre a influência dos conceitos da Julieta Mitológica dentro do idealismo romântico de cada um. E seria essa uma interpretação condizente com a natureza da personagem? Eu tenho minhas dúvidas.

 

Julieta é extremada e mortalmente ansiosa, não é muito indicada para falar sobre amores duradouros; e de fato sobre o que fala mesmo o roteiro de Cartas para Julieta? Amores duradouros... É bem verdade que duradouros sob o perigoso ponto de vista do cinema. Nocivos serão sempre os happy endings de Hollywood, e aqui nesse filme, nocivo também para a perspectiva pouco otimista de Shakespeare. Dá tudo certo demais, mesmo dentro de seu fingido caos, e a essência urgente e trágica desses dois ícones do amor inconseqüente vai ficando pra trás. O importante aqui é ser oportunista com Shakespeare: vamos só falar do amor enquanto medida de intensidade. Esvaziaremos de complexidade essa triste história e faremos dela um desfile de alegrias e paisagens. Mesmo as poucas lágrimas de tristeza derramadas em Cartas para Julieta não representam para nós nenhum risco. Pra quê se comover porque Sophie chora de saudades da mãe? Sabemos que Claire é sua nova referência materna. Pra quê sofrer com a busca de Claire por seu amado? Sabemos que quando ela estiver quase desistindo, ela vai encontrá-lo. E esse emaranhado de obviedades vai confirmando e respeitando a máxima das comédias românticas, mas vai traindo e maculando as propriedades shakeasperianas dentro da história de Romeu e Julieta.

 

Mas Henrique, porque você está baseando seu comentário numa comparação com Romeu e Julieta? Ora, por que o filme se chama Cartas para Julieta. Se o resumo no início desse texto fosse real e o filme se focasse nele, eu nem estaria tornando esse texto tão grande, mas Romeu e Julieta é representativo demais. Não futuque esse ninho de vespas se não vai agüentar as picadas depois.

 

Casais que começam se hostilizando, guerrinhas de comida, diálogos começados com “Você acredita em destino?” (embora o destino aqui seja a base do roteiro), garota frágil por ter sido abandonada pelos pais... Tudo isso ajuda a construir um bom roteiro de Sessão da Tarde que faturará milhões em Hollywood. E essas coisas são também, arestas de várias das obras de Shakespeare. Eu só acho engraçado como desde então, as vertentes mais confortáveis é que acabam sempre sendo aproveitadas, em detrimento do que torna Romeu e Julieta, por exemplo, verdadeiramente humano e real: a sombra, o engano, a morte.

 

Não se é realmente para esperar coisa parecida de Cartas para Julieta. Está claro, desde os primeiros cinco minutos, que as tais cartas vão ser postas para escanteio assim que o interesse romântico de Amanda Seyfried aparecer. O que poderia ser uma boa história sobre a absurda fragilidade feminina diante do amor – absurda a ponto de criar uma conexão real com uma figura mitológica que aos 14 anos de idade preferiu morrer a existir sem um homem – acaba indo feliz para a zona de conforto criativo.

 

 E não me entendam mal, o filme é realmente carismático. A fotografia natural italiana, a música, a condução açucarada da história, a brincadeira com a cena do balcão, o próprio Charlie ser a antítese do Romeu e ao mesmo tempo a antítese do que se espera de um inglês... Enfim, dá até pra se emocionar no final. Mas eu acho um desserviço para a nossa juventude feminina – e podem me considerar ranzinza por isso, não ligo – que o conceito de amor verdadeiro resvale na inconseqüência de uma busca utópica por um relacionamento que na vida real, não termina junto com o The End.

 

Sophie abandona seu noivo porque ele não cabe mais dentro de suas expectativas românticas. E mesmo quando ele diz: eu sou assim, ela não entende que o idealismo pode nos levar a quinze minutos de prazer  seguidos por quem sabe uma vida inteira de equívoco. O curioso é perceber que até Shakespeare, centenas de anos atrás, já tinha entendido isso. Romeu e Julieta não morrem para eternizar o amor verdadeiro. Eles morrem porque de verdadeiro nada tem esse amor. É inventado, torto, desalinhado e frágil. Estamos até hoje enaltecendo o amor como ceifação da vida e escrevendo poemas sobre isso. Fazendo filmes sobre isso. Quando é que as mocinhas vão parar de abandonar parceiros cada vez que eles deixam de ser o príncipe? Quando é que a vida delas vai começar a ser possível sem Príncipes? Sophie tem uma falsa modernidade, assim como Cartas para Julieta tem um falso argumento. Debaixo de todo esse verniz italiano, o que existe é mais uma vez, uma pobre e triste representação das insistentes mazelas do idealismo romântico.

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:30
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Dorian Gray

Mal estreiou nos cinemas e a filmagem do clássico de Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray, já começou a provocar discussões sobre o seu valor. Ainda não vi o filme, mas o trailer aqui postado não parece nos direcionar para a melhor das impressões. Temos o fodão Colin Firth, mas até que ponto ele não é só charme no filme, não sabemos.

 

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:28
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Pânico 4

Aê.... trailler legendado à vista! E que trailler!! Todo o espírito da série de Kevin Willianson e Wes Craven está ali: as brincadeiras com os clichês dos filmes de terros (os atuais, pra nosso deleite), as novas regras propostas pelo assassino, Sydney lutando pra sobreviver, teorias conspiratórias, referências pop... Só a cena de Hayden Panitiere tentando acertar qual a melhor refilmagem de um clássico de terror já vale o ingresso. Vou ao cinema amarradão!!! É a melhor cinesérie de terror disparado!!

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:03
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Sexta-feira, 25 de Março de 2011

Loser Like You

O décimo sexto episódio dessa segunda temporada de Glee foi o que se pode chamar de coroação de uma temporada mais equilibrada, divertida e ousada que a primeira. Claro que quando a temporada acabar, daqui a cinco ou seis episódios, eu farei um apanhado geral de tudo que aconteceu, mas não podia deixar de destacar esse número de Loser Like Me, composta para a série e que condiz com os sentimentos dos personagens e com essa bem-vinda ascenção do universo loser e nerd que atravessamos desde o início dos anos 2000.

 

Em meio a beijos gays, declarações lésbicas, avaliações religiosas e bullyng, a série abre um espacinho pra retornar a sua origem conceitual e com isso só quem ganha são os fãs. E a música é simplesmente deliciosa!

 

 

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:44
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Terça-feira, 22 de Março de 2011

BBB Pra Quem Entende

 

São 00:32. No quarto do líder, Wesley assiste a um filme com Diana e Rodrigão. Na varanda, com seu diálogo quase inacreditavelmente ingênuo, estão Maria e Daniel. De repente, uma constatação nasceu no meu senso crítico tão forte a ponto de me fazer ter coragem de proferí-la em voz alta: eu gosto muito mesmo do Big Brother Brasil.

 

Vou poupar a todos dos argumentos de praxe. Essa coisa toda de ser um bom exercício de observação psicológica (e é) ou um ótimo estudo sobre a pequenez humana (o que também é), qualquer pessoa que tenha um mínimo de bom-senso e direcione sua inteligência para a avaliação crítica e não depreciativa, sabe que a fórmula do programa é digna de atenção e visão. Diferente do circo de vaidades e personagens prontos que vemos em programas semelhantes que confinam celebridades, o BBB tem uma qualidade que nenhum deles têm: a verdade pessoal de cada participante que em algum momento, e isso sempre acontece, deixam vir à tona todas as suas verdadeiras mazelas. Ao invés de trabalhar para manter a fama (como na Fazenda), os participantes do BBB buscam por ela, ou pelo dinheiro que vem com ela e essa é no fim das contas, a receita para que suas atitudes se destaquem para o sentido correto: vale tudo para ficar e aparecer. Já o lema do pessoal da Fazenda é: não vale tudo se você ainda quer um papel na Globo. O total anonimato de alguns participantes como Daniel, Paula, Diogo e Wesley também ajuda. Gente que sabe que não vai ser artista e que com isso foca no prêmio. De qualquer jeito, no final das contas, a estranha mágica do BBB é infalível. São os loucos que entram lá. É Pedro Bial com um carisma absurdo. É a edição ousada, maldosa, tendenciosa (a verdadeira e cabível manipulação). Algo nesse programa ultrapassa o zoológico humano dos argumentos depreciativos para nos dizer: estamos sempre observando o alheio e tá na hora de deixar a hipocrisia em casa vendo a TVE.

 

Há uma semana da final, se o paredão de hoje a noite eliminar o Rodrigão, essa terá sido a final mais tranquila de todas as edições, na minha opinião. Até porque, na primeira eu não queria o BamBam (e sim o André), na segunda a estrela era Manuela, mas o Rodrigo ganhou para agradar aos seus votantes moralistas. Na terceira o Dhomini merecia pela sua jogada rápida de carisma, mas Sabrina era a o material de seu sucesso. Na quarta edição todo mundo queria ser bonzinho com a probrinha Cida, e no final das contas não tinha nenhum jogador bacana para ganhar no lugar dela. Jean ganhou a quinta edição e essa foi a minha primeira grande alegria (embora Grazi tivesse minha simpatia). Na sexta ganhou a Mara, outra pobrinha que era mesmo a única opção diante da mais fraca de todas as edições. Na sétima eu reconhecia o protagonismo do Alemão, mas novamente, era uma mulher a raiz de seu sucesso. Na oitava edição eu fiquei péssimo quando o Rafinha ganhou em detrimento de outros grandes participantes como Marcelo e Ana. Até Gisele merecia mais do que ele. O mesmo aconteceu na nona edição, onde Priscilla mostrou que uma mulher pode ser vaidosa, gostosa e mesmo assim, inteligente. Max, um homem-pasteurizado e cheio de inverdades acabou ganhando. Ele era o equivalente de Dado Dolabella, no que dizia respeito a discursos feitos e ditos para tocar os corações de adolescentes e donas de casa que ainda acreditam no mito do “rebelde incompreendido”. A décima edição teve a final mais hedionda da história do programa. Marcelo Dourado retorna ao programa, para a sorte da produção, para protagonizar o embate homofóbico mais equivocado que já vimos na TV. Sua figura claramente homofóbica e machista intimida os gays Dicesar e Serginho, que reagem com agressividade numa evidente necessidade de autopreservação. Essa postura deles é entendida pelos heterossexuais como heterofobia (uma termologia cheia de significados ignorantes e infundados) e então nasce um movimento que é um atraso no nosso processo de esclarecimento: a máfia dourada. Nessa final do BBB10, assistimos o país premiar o machismo, a violência e o preconceito.

 

 

Agora, se Rodrigão deixa o programa hoje, ficarão quatro participantes que podem ganhar o programa sem problema. Qualquer um deles tem a minha simpatia e a minha torcida.

 

Nessa reta final, Maria, que odiei muito enquanto ela sofria a influência de Talula, foi de bruxa a princesa. Sua inocência social ficou mais evidente e seu espírito infantil menos caricato. A saída de Maurício também foi fundamental para que conhecêssemos o que de melhor ela tinha a oferecer. Bonica e sua produção devem todo o BBB11 à ela. Seu triângulo com Maurício e Wesley movimentou o miolo do programa e salvou-o da estagnação e irrelevância.

Wesley é de longe, um dos participantes mais ternos que o programa já teve. A insistência de Bial em desmerecer os objetivos do rapaz dentro dessa dramaturgia até me irrita às vezes. Cheio de educação, gentileza, caráter e generosidade, o rapaz depois que viu seus detratores irem embora, cresceu e apareceu. Desenvolveu uma comovente amizade com Diana, que no início era sua inimiga. Ficou mais amigo ainda de Daniel e criou um laço carismático e terno com Maria. Essa semana, enquanto tentava cuidar de um machucado em Daniel e ouvia seus impropérios movidos a álcool, acabou protagonizando um belo episódio de carinho e cuidado.

Diana é a zebra. Boa pessoa, intensa, passional. Tirando os exageros que cometeu ao lidar com Adriana, teve uma boa história dentro do programa. O mesmo para Daniel. Merecedor da grana e cheio de comicidade e bondade, provavelmente vai ganhar e manter a tradição dos vencedores homens.

 

Qualquer um deles que ganhar, será bacana. Terá sido justo e coerente. E se essa for mesmo a última edição, terá sido um bom fechamento. Eu, como espectador, vejo o programa ir chegando ao fim com aquela tristezinha que fica sempre que esse momento se aproxima... Chegar em casa correndo na terça e no domingo... não conseguir dormir nos dias de festa... odiar e amar gente louca que nem sabe que você existe. Quando o programa chega nesses últimos dias em que não tem mais intriga e tudo é presente e festa, e quando a edição começa a privilegiar os humanos e não os jogadores, a vontade de que o confinamento continue fica ainda maior.

 

Dizer que o BBB não é interessante é o mesmo que dizer que não são interessantes as pessoas. E toda pessoa é interessante a seu modo.TODA. E jamais quero dar uma brecha para a pretensão de achar que não. Eu vejo BBB porque as pessoas me interessam. Não importam de onde vierem, com quem elas transam, a quem elas amam, qual livro elas lêem e mesmo se lêem. Não importa se ficam nuas em revistas ou fazem escândalo para as câmeras.As pessoas me interessam e graças a Deus por isso. Estou melhor do que você leitor, que faz cara feia enquanto lê esse artigo. E viva a superficialidade de espiar a vida dos outros (melhor que seja num programa de TV feito pra isso)! O BBB é diversão bruta para os que se dão o direito de entender que ser inteligente não é só enaltecer o que já nasceu para ser admirado. Ser inteligente também é ver complexidade no que pode ser inicialmente simplório. Assim como um poeta entende versos na morte... Assim como um plástico visualiza esculturas nos restos. 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:37
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Sábado, 19 de Março de 2011

Cidade Jardim

Abre a imagem. Muitas tardes e crepúsculos. Uma mulher canta uma canção que poderia muito bem ser uma bossa (e será para a conveniência do blog), enquanto os atores aparecem vestidos em sorrisos ou carões, os seus personagens. E não, essa não é a nova chamada para a próxima novela de Manoel Carlos. É a chamada para a primeira novela produzida na Região dos Lagos: Cidade Jardim.

 

Eu tô zoando um pouquinho porque enfim, o Dobras é um blog de chochação, mas de fato eu acho a iniciativa incrivel. Não sei se o caminho era reproduzir um padrão ou investir num formato transgressor, mas ter a audácia de fazer uma novela toda com elementos nativos merece o máximo de crédito. O ruim é que dificilmente eu vou conseguir assistir, senão faria uma crítica sincera e aprofundada da trama e dos atores e me divertiria muito vendo tanta gente que eu conheço embarcando nessa jornada.

 

Desejo muito boa sorte e torço para que coloquem os capítulos no you tube. Enquanto ela não estréia, vamos assistir essa chamada com o coração aberto e olho atento. Os personagens já aparecem tão visualmente marcados que já dá pra advinhar o papel de cada um dentro do arquétipo dramatúrgico.

 

 

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:07
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Fenda Asiática

Os terremotos no Japão já são a grande pauta dos jornais há mais de uma semana. O tremor de 8.9 sacudiu o país por volta das 15 horas durante dois minutos e embora a destruição tenha sido amenizada pela tecnologia anti-terremoto dos prédios e casas, a tsunami que veio em seguida devastou a população. Mais de 7 mil pessoas já foram declaradas mortas.

 

Não sei, mas meu HD interno quando faz umas pesquisas sobre a reincidência de tsunamis no mundo, não consegue captar tanta frequência como nos últimos anos. Sobretudo nos últimos meses, as catástrofes naturais nos assolam em proporções absurdas. Desde a menor escala, como na região serrana do Rio (o que pra nós é grande escala) até a maior escala, como esse evento no Japão, que pelas imagens que correm o mundo se assemelha ao cenário ficctício mais assustador de hollywood.

 

Você se imagine lá, as 15 horas da tarde, trabalhando, e de súbito começa a tremer tudo pra depois de algum tempo, ondas gigantes adentrarem a cidade sem aviso pra varrerem tudo que encontram pelo caminho. O vídeo postado abaixo é um exemplo dessa fragilidade humana diante da natureza: de longe, um homem filma a gigantesca onda se aproximando da praia. Dá pra ver os carros passando rápido pela rodovia na beira da orla. Sabemos que aquelas pessoas não vão conseguir se salvar. É assustador. Lembra os filmes mais insanos do Roland Emerich. Não vemos redemoinhos na vida real... não estamos no cinema vendo Piratas do Caribe... não estamos acostumados com isso. Preparados pra isso.

 

 

 

Parar pra pensar no quanto tudo pode desmoronar na sua vida no meio de uma tarde qualquer é algo que gela a espinha. Os efeitos dessa tragédia se estenderão sobre o Japão, já uma nação tão castigada, por muitos anos e enquanto isso, as discussões sobre a força dessa catástrofe podem ser vistas em qualquer canal de TV. Todos achando estranho que algo assim acontecesse com tanta potência... todos fazendo aquele silêncio assustado de quem teme algo maior espreitando no futuro. Talvez daqui a alguns dias... alguns meses... talvez na próxima primavera... ou no próximo ano.

 

Tem alguma coisa errada acontecendo no mundo... alguma coisa muito errada. 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:08
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Smurfs

Eles estão pra chegar aos cinemas em agosto e pelo trailler parece que há chances de o filme não ser de todo mal. A questão é: porque ambientar a história em Nova York e não na própria vila de cogumelos deles? No desenho dos anos 80, a trama se concentrava toda nas tentativas do vilão Gargamel de encontrar a misteriosa vila dos smurfs. Me pergunto qual será o papel do vilão e seu gato Cruel nessa coisa toda de fazer turismo na Big Apple.

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:59
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Aberturas Literais

Tô querendo começar a evitar a inspiração direta de outro blogs para escrever os posts, mas quando vi isso aqui no Papel Pop, que chorei de rir!

 

 

 - Balões!!

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:38
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Sexta-feira, 18 de Março de 2011

As belezas mais incômodas das séries - Primeiro Lote

 

Joshua Jackson

 

 

No final da década de 90 ele estreou numa série que tinha sido produzida pela Warner simplesmente para satisfazer uma cláusula contratual de Kevin Williamson, que tinha sido contratado para reviver os clássicos de terror adolescente com a cinesérie Pânico. Essa série, chamada Dawson’s Creek, teria apenas 13 episódios e ninguém achou que iria além disso; todos estavam mais ocupados em aproveitar o sucesso do primeiro filme. Eis que na metade da exibição desses 13 episódios, a crítica caiu de amores pelo texto, o público grudou na televisão e Dawson’s Creek virou uma febre. O rapazinho aí da foto vivia o garoto-problema da história e protagonizou os melhores momentos do programa. Teve um romance com a agora célebre Katie Holmes, sua colega de elenco na série, e ganhou alguns pontos ao interpretar um personagem gay em Segundas Intenções no auge de sua popularidade como galã. Quando o Creek terminou ele vagou por algumas produções cinematográficas até aportar na ótima Fringe, onde vive um atormentado agente disposto cruelmente entre dois universos distintos.

Dono de olhos azuis arrebatadores, Joshua amadureceu e adotou uma barbinha charmosa para viver Peter em Fringe. Mesmo na pele de um personagem mais sério, o moço não consegue evitar seu charme comovido, já famoso desde sua época como Pacey. Sem dúvida, seu olhar azulado e entristecido, sua barba aloirada e a linha forte da testa causam um profundo incômodo em quem está assistindo. É de matar. Eu mudo até de canal quando vejo.

 

Michael Chiklis

 

 

Alguns, que não assistiam a série The Shield, podem conhecê-lo como o Coisa, do filme O Quarteto Fantástico, mas sem dúvida o papel que projetou Michael Chiklis como um astro foi o de Vic Mackey, um policial machão, corrupto, que enlouquecia a mulherada com seu charme neanderthal e sua voz rouca.

Ao contrário do que transmitia na série, Michael é um perfeito cavalheiro. Na ocasião de sua contratação para viver Vic em The Shield, a cabeça raspada acabou sendo uma boa pedida para um personagem que não poderia sofrer nenhum tipo de fragilização e de certa forma, também um presente para Chiklis, que na juventude usou incorretamente alguns produtos que tinham como finalidade envelhecê-lo para a interpretação de um papel. Acabou ficando careca muito cedo e sob certo aspecto, a força sexual de Vic acabou transformando num símbolo sexual. Com dois olhões profundamente azuis, o rosto de Michael é como um farol berrante. Os lábios são finos e o cenho franzido. Parece que ele está sempre zangado. E juntando isso ao figurino sempre justo da série, e às constantes cenas de luta, Michael virou um ícone de virilidade. Para as mulheres fãs da diversidade e sobretudo para o público gay, Chiklis e seu corpo robusto e peludo são uma homenagem à essência masculina primal. Dá até um nervosinho vê-lo atirando em bandidos na TV.

 

Max Adler

 

 

A série Glee não é uma boa opção para quem curte esse tipo de homem ao natural. O programa é um desfile de rostinhos imberbes que agradam em cheio o pessoal que idolatra a beleza imediatista. No entanto, de uns tempos pra cá, comecei a me incomodar com um tal de Max Adler, que na série vive um homofóbico chamado David Karofsky. O tipo do rapaz é meio italiano: branco, grande, largo, com cabelos e pêlos muito escuros. Já falei dele outras vezes no blog, porque sempre me irritou a perspectiva de que o personagem dele dificilmente conquistaria o coração de Kurt. Já é quase evidente que houve uma associação direta da vilania à beleza não convencional de Max. De fato, eu acabo sempre me deixando levar pelos amores brutos. Minha torcida é por Kurt e Karofsky, mas duvido que alguém por lá vai me ouvir.

 

Kiefer Sutherland

 

 

Esse é bem conhecido de todo mundo. Filho do titã Donald Sutherland, Kiefer ficou famoso nos anos 80 ao protagonizar o vampiro vilão do filme Garotos Perdidos. Acabou virando galã para as meninas, mas amargou outras péssimas oportunidades no cinema. Namorou a ainda aspirante Julia Roberts, levou um chifre de proporções mundiais e caiu no esquecimento. Nove anos atrás foi ressuscitado para viver Jack Bauer na série 24 horas. Foi escolhido por deter os mesmos atributos de virilidade já mencionados a respeito de Michael Chiklis. Kiefer (adoro esse nome), não tem um rosto tão harmônico quanto o de Michael, mas ganha pontos no quesito pegada forte. Por causa de Bauer, voltou a ganhar as manchetes dos jornais e provocar suspiros, mas infelizmente sofre do que parece ser uma síndrome dos que são filhos de grandes atores e vive indo pra cadeia por mau comportamento. Essa síndrome também assola outros atores como Charlie Sheen, Michael Douglas e Daniel LaPaglia.

 

Anthony LaPaglia

 

 

No década de 80, o compenetrado Anthony LaPaglia era um daqueles atores do terceiro escalão que fazem filmes de ação pra passar no Domingo Maior. Vez ou outra, ganhava uma oportunidade de fazer alguma coisa diferente. A primeira vez que me incomodei com ele, a ponto de jamais esquecer, foi no clássico B Inocente Mordida, onde uma vampira com olhos verdes fluorescentes se apaixonava por ele, um policial linha dura cheio de testosterona. O forte nesse ator de descendência italiana é o mesmo que cerca todos os tipos italianos: força, masculinidade e a combinação irresistível de pele branca e pêlos negros. LaPaglia também ficou famoso por seu queixo gordinho que enlouquece os gays. Tem até comunidade pra ele no orkut.

Recentemente, o grandão estrelou e ganhou prêmios com seu Jack Malone, na série Without a Trace (desaparecidos). O personagem raramente ria e tinha uma coleção de perturbações que seriam um presente pra qualquer terapeuta.

 

Christopher Meloni

 

 

Meloni, como é conhecido entre os fãs, jamais imaginou que o grande salto de sua carreira se daria justamente por causa de uma formação romântica nada convencional: o casal Tobias e Keller, na série OZ. O próprio criador de OZ nunca pensou que o carro-chefe de sua série acabaria sendo esse casal. Graças ao público gay (ávido pelos corpos nus e cenas de apelo homoerótico) e às mulheres simpatizantes, a série sobre a ala experimental do presídio Oswald se tornou um sucesso. E embora o programa tivesse bons enredos, o que todo mundo queria era saber pra onde iria a complicada relação de amor entre Tobias e Keller. Uma série cheia de sangue e violência, feita para o público masculino, acabou se tornando um clássico do universo GLBT. E os atores Lee Tergesen (Tobias) e Christopher Meloni (Keller) viraram objeto de desejo de muita gente.

O destaque fica para Meloni porque sem dúvida, além de ser mais bonito que Lee, poucas vezes se viu um ator declaradamente heterossexual, se empenhar tão competentemente em cenas de cunho homossexual. A paixão e o desejo que brotava nos olhos dele chegavam a ser palpáveis. E isso sem falar na forma tão brilhante como Keller foi sendo apresentado e desenvolvido. Um sujeito violento, psicopata, com uma inteligência notável e um carisma arrebatador. Uma das melhores criações do mundo das séries. Seu sucesso na série OZ era tanto, que quando Meloni ganhou o protagonista da série Law & Order, foi feito um acordo entre as duas emissoras para manter o ator nas duas produções. Assim, Keller e Tobias tiveram suas tramas desenvolvidas até o derradeiro último episódio, que nos trouxe o inevitável final trágico para o casal.

Sobre a insuportável beleza de Meloni nem precisa falar. É um exemplo interessante de homem calvo que não perde o lugar na categoria “beleza infalível”. Apareceu em nu frontal várias vezes na série e não decepcionou. Os beijos entre ele e Lee Tergesen convenciam às vezes muito mais do que nos casais convencionais. Vale lembrar que na vida real, Meloni e Tergesen são muito amigos e para provocar os fãs que queriam uma absurda confissão de um romance entre os dois, viviam se abraçando e se acariciando em público.

 

James Gandolfini

 

 

 

De todos os homens dessa lista talvez ele seja o mais controverso.

James Gandolfini não era ninguém antes de ganhar a oportunidade, por causa de seu tipão italiano, de viver o patriarca mafioso da família Soprano. A série The Sopranos era a maior aposta da HBO e acabou se tornando o maior sucesso da emissora. Em meio a violência, caos e ao texto supremo de David Chase, o programa é considerado como o melhor seriado da história da TV. Enriqueceu Gandolfini, mas o lançou ao limbo dos “atores de um personagem só”. E de lá ele ainda não saiu.

A beleza de James é limitada. Ele precisa estar sério e de determinados ângulos. E incomoda muito mais os fãs daquela aparência proletariada, comum, como a do atendente do açougue aonde você vai. Mas se você tiver esse pensamento livre, verá nele um grande potencial. Sobretudo por conta de seus antebraços peludos, que em conjunto com o peito largo formam um maldito exemplar de virilidade bruta. Ao viver um mafioso durão, Gandolfini também ganhou status de símbolo sexual e aproveitou logo pra casar com uma modelinho esquálida que garantia sua auto-afirmação.

 

 

Alan Dale

 

 

O faz-tudo do canal ABC podia ser visto ano passado, simultaneamente, em duas séries: Lost e Ugly Betty. Se você desse um rewind no tempo, lembraria facilmente dele em The OC também, e se parar pra pensar bem, nas três produções ele tem a mesma cara e o mesmo figurino. No entanto, em contrapartida com seus talentos duvidosos, está sua aparência realmente incômoda. Poucas vezes se vê um homem já sessentão em tão boa forma. É bem verdade que seu forte é o rosto marcado, sempre tenso, o cenho franzido, a dobra entre as sombracelhas, mas não se pode deixar de admirar o porte de Alan.

Com o cancelamento de The OC, Ugly Betty e o fim de Lost, o coroa ficou desempregado. Resta aguardar que ele apareça novamente vestindo um terno e dando uma de poderoso, em breve.

 

Alec Baldwin

 

 

Os Baldwin mereciam um post só pra eles. Um dia farei... Qual gay fã de maduros e peludos já não se bronhou inteiro fantasiando com os Irmãos Baldwin? Dava até um roteiro bom de filme pornô. Coloca Alec, Daniel, Willian e Stephen numa sala com você e a insanidade é certa! Como eu queria conhecer os progenitores dessas criaturas malditas. Belos, másculos e charmosos ao extremo, os quatro decidiram seguir a mesma carreira. Daniel, o mais velho, é quase tão bonito quanto Alec, mas não vingou. Willian teve seu momento, mas a cara de tarado dele era tão grande que o atrapalhou. Stephen era o caçula com a mesma cara de pervertido dos maiores, mas também ficou pelo caminho entre um filme ruim e outro (pode-se vê-lo, no entanto, numa das melhores produções voltadas para os jovens que Hollywood já fez: Três Formas de Amar). E não que Alec também não tivesse uma carreira complicada... Depois de um início explosivo, com filmes de ação e um casamento bombástico com Kim Basinger, o moço começou a cair no esquecimento. Já na maturidade, começou a fazer vilões. Sua cara de mal era um trunfo e ele soube aproveitar. Quem não soube foi Hollywood, que não lhe dava nunca uma boa oportunidade. É desse época o primeiro filme onde comecei a me incomodar com ele. Malícia, com Nicole Zé-Ninguém-Mulher -de-Cruise- Kidman, e Bill Tenho-cara-de-idiota Pullmann. Nesse filme, a beleza e o charme de Alec eram tão impressionantes que aquela imagem se cravou na minha mente e não saiu nunca mais.

Branco, todo peludo, olhos profundamente azuis e uma voz de arrepiar a nuca, o grandalhão não fugiu à regra das celebridades surtadas e de vez em quando aparecia nos noticiários batendo ou xingando alguém. Os anos foram passando e sua aparição nos filmes era cada vez menor. Um ou outro bom papel aparecia e desaparecia. E eis que um dia ele foi convidado para aparecer num sitcom muito interessante chamado Will & Grace. Foi sua salvação! O desconhecido talento de Alec para a comédia surpreendeu todo mundo. Ele se divertiu no meio daquela bicharada presente no programa. Tina Fey, uma comediante do Saturday Night Live que ia começar um novo programa, o viu e o convidou para viver Jack Dounaghy, um executivo de voz rouca totalmente louco. Começava 30Rock e com ela, o renascimento da carreira do mais belo dos irmãos Baldwin. rios batendo ou xingando algudas e de vez em quando aparecia nos noticnuca, o grandalhao ve.aldito exemplar de virilidade bruta

 

Peter Krause

 

 

Ele não era o mais talentoso dos irmãos Fischer, mas sem dúvida, era o que mais arrancava suspiros na série A Sete Palmos. Dono de uma harmonia física invejável, Peter Krause ficou famoso pelas cenas de sexo arrasadoras com Rachel Griffiths que acabavam por revelar seu desconcertante tórax peludo que não ajudava muito a nos incomodar menos. Ele teve uma passagem bem sucedida com seu Nate em A Sete Palmos, mas não deu muito boa sorte para a galera de Dirt Sexy Money. Atualmente ninguém sabe por onde ele anda, mas sem dúvidas ninguém esquece do constrangimento de ter que olhar para aqueles reflexos aloirados dos pêlos de seu corpo.

 

 

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 18:25
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