Terça-feira, 31 de Agosto de 2010

Eu Quero!!

Essa gracinha aí embaixo é o mais novo sonho de consumo absoluto de toda a minha vida! O box com todas as temporadas da série é de tirar qualquer um do sério. E depois de ler tantas injustiças críticas cometidas contra a temporada final, a vontade de tê-lo é ainda maior. Ontem a série não ganhou o merecido prêmio de melhor série dramática no Emmy, mas para mim ela será sempre a melhor série dramática e de ficção científica da história da TV. Portanto, façam uma reza forte pra que eu consiga ter orçamento pra comprar essa belezinha. Preciso dela!!!!

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:13
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Domingo, 29 de Agosto de 2010

Coadjuvantes que Amamos

 

 

“Monstro de Fumaça”

No impressionante episódio piloto de Lost, um grupo de pessoas se via isolado numa ilha depois de um acidente de avião. O lugar, paradisíaco, revela logo na sua primeira noite, barulhos estranhos vindos da mata fechada. Durante a primeira temporada o barulho vinha o tempo todo seguido de árvores sendo arrancadas e pessoas sendo arrastadas. O Monstro de Fumaça apareceu como ficou conhecido na temporada seguinte, e fixou sua importância na série depois que tornou-se o improvável protagonista da última temporada. É sem dúvida uma das presenças indiretas mais ambíguas dos últimos tempos numa série. Foi alvo vencedor de todas as especulações possíveis sobre sua existência e a revelação de sua origem foi um dos pontos mais controversos do fim da série. Adoro o monstro de fumaça!

 

 

“Paris Geller”

A invocada Paris, vivida de modo perfeito por Liza Weil, apareceu logo no início da já cancelada Gilmore Girls. Surgida pra ser a antagonista de Rory, era ao mesmo tempo, uma versão perturbadora dela. Era um daqueles personagens deliciosos que garantem momentos hilários e tem um código de conduta próprio que torna-se irresistível pra qualquer roteirista. A Karen de Will & Grace é um outro bom exemplo disso. Paris aos poucos foi se tornando amiga de Rory, mas sua posição de poder, opressão e insensibilidade continuaram por toda a série. Detalhes a respeito da personagem foram lançados durante os anos (como as aparições da babá que lhe criou), mas mesmo com a falta de profundidade nessa abordagem, Paris é uma das criações mais completas do mundo das séries. Suas manias, exageros e surtos sempre foram dignos de prêmio.

“Taylor Towsend”

Na terceira temporada de The OC os roteiristas precisavam de uma presença que ajudasse na expulsão de Marissa do colégio para que ela pudesse ir parar numa escola pública, onde conheceria Johnny. Para contracenar e armar com o personagem de Eric Mabius (famoso por ter vivido o chefe de Ugly Betty), foi criada então a Taylor. Uma loirinha nada popular na escola e que daria tudo para tirar o lugar de Marissa. A criação da personagem era tão desimportante, já que seria uma escada apenas, que um dos roteiristas assistentes é que ficou responsável por seu nascimento. Taylor estaria em apenas alguns episódio, mas o período em que sua função primordial terminou coincidiu exatamente com o cansaço da audiência e a perda de prestígio da série. Ao mesmo tempo, Summer e Seth precisavam de um conflito e então foi mais barato e prático transferir as intenções de Taylor pra destruir o casal. Com o intuito de aliviar o excesso de drama, Taylor foi ganhando frescores em seu texto e a ótima Autumn Reeser entendeu isso, fazendo com que a personagem fosse tornando-se cada dia mais interessante. Veio então a saída de Mischa Barton e mais uma vez, após reconhecer o apelo de Taylor com o público, os roteiristas resolveram apostar nela para a difícil quarta temporada. O resultado? A personagem salvou a última temporada do martírio. Sua força cômica era tão especial que empurrou a série para fora do poço de lama dramática onde havia sido jogada e influenciou toda a sua trajetória restante. Taylor ganhou a chance de conquistar o durão Ryan e não fez feio. Tornou-se grande amiga de Summer e protagonizou momentos imperdíveis, cheios de um humor sofisticado que poucas vezes se vê numa série. É um personagem dos mais especiais já criados sem querer e sem esperar.

“Abby Morgan”

Na primeira e aclamada primeira temporada de Dawson’s Creek, o criador Kevin Willianson, ainda na proposta de inspirar-se em filmes para escrever os episódios, quis fazer um que se baseava no longa O Clube dos Cinco, sobre cinco jovens presos na biblioteca da escola numa detenção. Nenhum deles sabe porque o outro está ali. É um clássico dos anos 80. Na versão Dawson’s Creek ele decidiu que precisava de uma provocadora e o elenco principal era formado por apenas quatro atores. Surgiu então Abby Morgan, um demônio de língua afiada que ainda tinha como souvenir os olhos enormes e firmes de sua intérprete, Monica Keena. Abby só voltou a aparecer na segunda e não menos aclamada temporada. Veio para servir de alimento para o momento de auto-destruição de Jen. E não poupou esforços. Durante essa temporada, Abby feriu, magoou e infernizou todos a sua volta, com comentários tão ácidos e inadequados que beiravam o cômico. O criador Kevin Williansom tinha o compromisso de quebrar expectativas pré-determinadas com a série e resolveu então matar Abby, numa cena intensa e chocante. O episódio seguinte ao de sua morte é um dos marcos na história da TV. Nunca nenhuma série adolescente falou de morte de modo tão eficiente. O discurso de Jen no funeral é uma aula de roteiro e a presença de Abby na série, apesar de curta, foi tão marcante que até hoje podemos encontrar sites e comunidades dedicadas a ela.

"Burt Hummel"
Ele é o pai mais amado da comunidade gay! Mike O'Malley vive na série Glee o pai do personagem homossexual mais afetado da TV americana. Era de se esperar que a série, íntima dos clichês das produções adolescentes, e também criada por um homossexual assumido, fosse abordar essas questões trabalhando com a idéia de um pai totalmente distante do mundo do filho. Mas eis que no quarto episódio da primeira temporada, somos surpreendidos com uma postura inesperada do papai Hummel. As cenas de entendimento entre o pai machão e o filho gay são de emocionar qualquer coração de pedra e nem chego a mencionar o quanto Mike é bonitão. Recentemente ele ganhou um prêmio importante da crítica americana pelo papel e seu carisma foi tanto que Ryan Murphy prometeu muito mais dele na temporada que se aproxima.

Na próxima edição: Ugly Naked Guy, Jack and Karen, Mr. Big, Gina, Six e outros que eu me lembre até lá.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 23:59
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Quinta-feira, 26 de Agosto de 2010

Katie Onassis

Splash News
Olha a Katie Holmes vestida de Jackie Onassis para a minissérie dos Kennedy. Só não dá pra saber se ela está com essa cara porque está no personagem ou se porque torceu o pé no caminho. O ângulo da foto não deixa muito claro...
Dobrado Por Henrique Haddefinir às 20:07
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Britney and Brittany

Editora Globo

 

O tão esperado episódio de Glee com as músicas de Britneyda vai ser incrível. Vamos ter a própria Britney fazendo uma versão de seu clipe com Madonna ao lado da burrilda da Brittany. Imperdível!!

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 19:45
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Bem Feito, Cuzões!!

 

Estou péssimo por essa pobre coitada que apanhou desse imbecil também, mas estou tão feliz, mas tão feliz por ver a cara de todo mundo que torceu por ele na Fazenda sendo quebrada bonito. Deram um milhão pra essa tristeza de pessoa. Bem feito!!

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 17:28
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Sexta-feira, 13 de Agosto de 2010

Spice Skull

Victoria Beckham dresses down as she visits Whole Foods in LA for some grocery shopping
 
Quem quer um lanchinho com titia "Posh meio caveira, meio sapatão, meio estátua de cera, de seios excitados"?
Tava lá no The Sun
Dobrado Por Henrique Haddefinir às 02:43
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Sala de Projeção

 

 

 

Meu Malvado Favorito

 

 

     Duas coisas saltam aos olhos imediatamente quando pensamos a respeito dessa nova animação das telas: a primeira é que já entregaram o roteiro na primeira leva de propaganda... a segunda é que as coisas se reinventam em camadas superficiais mas no fim das contas continuam sempre as mesmas.

     Filme de mocinho é um clássico. Os heróis são sempre aqueles que invadem a tela com seus anseios tão próximos dos nossos. Mesmo quando eles se passam com bonecos ou animais falantes, estruturalmente os dramas e tragédia são os nossos em perspectiva floreada. Esse tipo de obra invade nosso cotidiano o tempo todo e mesmo que ela cheire a ousadia ao decidir alçar o vilão ao posto de protagonista, ele acaba virando o herói, porque Hollywood não sabe abrir mão da superação iminente ao final do filme.

Até aí, beleza. Você já sabe que vai ao cinema pra não odiar o tal “malvado” do titulo. E que ele passará a ser amado também pelos personagens bem rapidinho, por mais que não queira.  As estratégias então passam a ser o foco e no que diz respeito à originalidade, Meu Malvado Favorito é um retardatário no meio dessa corrida louca pela qualidade dramatúrgica de um roteiro atual. Já vencida por Toy Story 3 e que dificilmente poderá ser superada esse ano.

     Começando pela aparência do “vilão”, uma versão meio francesa do Cacá Rosset com pernas muito finas. Ele deseja ser o maior vilão do mundo e pra isso decide roubar a Lua e ganhar assim, do novo vilão do pedaço, um garoto franzino que é o filho mimado do dono do Banco do Mal (uma representação maniqueísta do demônio, com direito a chifres e uma constante maçã nas mãos). O protagonista e seu rival são dublados pela dupla Leandro Hassun  e Marcius Melhem. Uma escolha discutível, já que sobretudo Leandro não consegue não imprimir maneirismos vocais característicos de seu humor pastelão, ameaçando constantemente o personagem com uma descontextualizada vulgaridade.

Boa parte da comédia fica por conta dos “ajudantes” do Malvado. Um grupo de seres amarelos que lembram a finalidade dos Woonpas-Lumpas da Fantástica Fábrica de Chocolates. O roteiro se apóia neles pra fazer todo tipo de piada referencial e física. Junto à eles, está o trio de órfãos formado, claro, pela mais velha responsável, a do meio um pouco rebelde e a menorzinha, totalmente fofa e necessária para amolecer o coração do Malvado.

     Há momentos inspirados de humor e uma trilha sonora surpreendente. No entanto, Meu Malvado Favorito não arrebata. Até finge que sua existência é transgressora, mas no primeiro looping da montanha-russa, percebemos que essa história de focar no vilão não vai conseguir enganar ninguém.

 

 

A Origem

 

     O cartaz do novo filme do diretor Christopher Nolan mostra uma avenida dobrando-se por cima dos personagens da história. É também esse o momento mais emblemático dessa aventura etérea vivida por Leonardo DiCaprio. Seu personagem é um “extrator”. Seu trabalho é entrar nos sonhos dos outros e retirar deles a informação necessária a seus contratantes. Tudo muda de figura quando, pra conseguir voltar ao seio de sua família, o personagem é desafiado a inverter as coisas e ao invés de extrair uma idéia, plantar uma.

     A premissa é muito boa. E embora o roteiro escolha o caminho já batido das narrativas recortadas – o que pode ser encarado como um defeito aqui – ele se desenrola muito interessantemente. A razão pela qual essas estratégias de disformalidade dramatúrgica é tola, vem exatamente da complexidade da história: para plantar uma idéia, é necessário descer ao inconsciente mais primordial. E para isso, é necessário dormir dentro do sonho, para sonhar novamente e assim ir alcançando camadas. Por si só a história promove subdivisões de entendimento – para acompanhar os personagens você precisa estar atento a um conjunto de informações e arrumá-las na sua cabeça conforme a trama acontece – e torna totalmente desnecessária a artimanha da narrativa não-linear, que no final das contas só serve pra fazer você dizer no final:  “ah... então era isso”.

     De maneira muito competente Nolan vai descendo por essas camadas nos presenteando com efeitos totalmente condizentes com a trama e nos transportando para universos cada vez mais desafiadores.  As interferências do sub-consciente na estrutura do sonho são representadas com soluções impressionantes.

     O elenco também é inspiradíssimo. DiCaprio ainda está com aquela cara de “sou o fodão” que me irrita, mas Ellen Page continua a melhor.

     O final, claro, não poderia deixar de fazer gracejos com a própria noção de realidade que a certa altura, nem você mesmo sabe se tem. É previsível, mas funciona. No cinema em que eu estava, quando a tela escureceu e apareceu o primeiro crédito, todo mundo fez: “Ahhhh”.

 

 

 

SALA DE PROJEÇÃO (à manivela)

 

A Guerra dos Roses 

     Separações são um bom material para qualquer manifestação artística. Tem um montão de músicas e filmes sobre isso. Já vimos Antônio Banderas amarrando Meg Ryan à cama pra não deixá-la ir embora. E Ellis Regina cantando uma mulher que agarra as pernas do marido pra ele não pular fora do barco.

     Geralmente, o ponto de vista da mulher tende a ser mais emocional e acaba também gerando provisões igualmente chorosas ao arsenal artístico que nos cerca. Teve o Chico Buarque que também fazia isso e era homem, mas enfim... toda regra tem exceção.

Aí veio o Danny DeVito, com cara de diretor orgulhoso, lá nos primórdios do final da década de 80, fazer um filme sobre esse tema tão controverso.

     Começou complicado. O ponto de vista da narrativa é dele. Nem da mulher e nem do homem. É dele. Se ele toma a decisão de imparcializar seu ponto de vista, precisa mesmo convergir o julgamento a respeito tanto do marido quanto da esposa. E é então que começam os problemas.

Michael Douglas (lindo de morrer) faz o homem apaixonado que depois de criar os filhos, permanece na sua investida pelo sucesso da carreira. Kathleen Turner faz a mulher apaixonada que depois de criar os filhos continua sua investida em ser... uma chata.  A progressão que leva à separação do casal quer fazer parecer que veio dos dois lados – tornar o marido frio e despreocupado com o universo da esposa – mas o tempo todo vemos ali o dedo tendencioso de DeVito, que praticamente quer dizer: “que homem não gostaria de separar-se dessa megera”? Sim, porque a mulher é uma megera. Quando ela alcança o extremo de bater no marido você pensa que já está bacana, mas não... Ela faz isso depois de admitir pra ele que sentiu alívio em ter achado que ele estava morto. Numa época em que as agressões sofridas pela mulher geravam ainda mais polêmicas, vem o diretor de um filme e resolve que a esposa pode dar um tapa na cara do marido e parecer totalmente ridícula e abjeta com isso.

Ao passo em que as tentativas de amenização partem todas do marido, a megera da esposa está sempre ali, pronta pro abate. Se isso não é parcialidade eu não sei o que é. Melhor ter deixado então que o marido contasse a história. Ele parecia menos defendido dessa maneira.

     Quando um ator decide aventurar-se no ramo da direção, podemos esperar ao menos uma certa dose de peculiaridade. Com DeVito não seria diferente. Ele cria situações estranhas, como as cenas de escadaria com a esposa fazendo passos de ginástica olímpica. Ou como o binóculo bizarro de Sean Astin (também conhecido como o Sam – amigo/amante platônico de Frodo. Que prefiro gordinho, aliás) para mostrar a “distorção” do marido. Como também as insistentes tomadas tabagistas do advogado. Mas também temos tomadas inspiradas, como a de Michael Douglas no bidê e também todas as que envolvem o lustre.

     O roteiro oscila o tempo todo. Sobe com piadas sobre o “vingador careca”, e desce com a piada referencial a respeito da obesidade dos filhos do casal, fruto de mais uma prova do vazio cultural da figura da esposa. Sobe quando o final não reconstrói laços apenas para satisfazer uma platéia preguiçosa, mas desce quando não se decide sobre qual gênero vai seguir.

Nem estou dizendo que um filme não possa ter comédia e drama. Mas ele não pode vender-se como comédia e ao mesmo tempo assassinar seus personagens principais, nos dar lições de moral e ainda estampar uma imagem mórbida de até onde vai a ojeriza humana. O final trágico não condiz com o gênero, mas faz o filme respirar aliviado e marcar seu nome na história sem nenhuma convencionalidade tacanha.

Em seu último suspiro, o marido procura o carinho da esposa e ela (novamente), usa seu último filete de vida para afastar, ainda ressentida, o carinho que ele lhe faz.  Assim, Guerra dos Roses ganha suaves ares de genialidade, ainda que infelizmente as custas de mais alusões a demonização da mulher.

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 02:10
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Piaçava Woman

 

No melhor estilo "escovão", Lady Gaga mostrou qual é a nova tendência da moda atual:

 

 

Floquinho's Look

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 02:07
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Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

GRAMOFONE DE OUVIDO

 

Alpha Rev

“New Morning”

 

Os texanos do Alpha Rev são novos no mercado. Lançaram um álbum independente no ano passado e esse ano resolveram mostrar todo seu potencial com esse inspiradíssimo New Morning. Estupidamente comparados ao Coldplay, eles tentam loucamente se livrar da mesma maldição do qual também sobre o Keane. A comparação com o pessoal do Chris Martin. Diga-se de passagem, tanto o Keane quanto o Alpha estão anos luz à frente dos ingleses no que diz respeito à qualidade.

O álbum começa com um despertar absoluto. Um nascer do sol radiante e pleno. New Morning abre o trabalho do Alpha Rev com a função de comover. E consegue. O refrão arrepia a nuca de tão belo e se contrasta com os arranhos de guitarra causam um ruído estranho numa canção digna do olimpo. Logo depois de te tirar do eixo, eles decidem mostrar o crachá: somos uma banda de pop rock da melhor qualidade! Phoenix Burn é um hit daqueles que gruda na sua cabeça. E dá-lhe vocal irresistível. Em seguida White Fences flerta com as origens musicais islâmicas e o vocalista não perde tempo em brincar com as lamúrias das mulheres de burca do oriente médio. When Did I Wake Up é clássica e forma uma consistente estrutura com Face Down (cheia de palminhas legais), Get Out (e seus teclados estridentes)e Alone With You. Quando você está achando que o álbum vai cair na mesmice, vem Colder Months, com uma letra comovida e um arranjo de pianos e violinos de cortar o coração. Pra interromper esse fluxo sentimental, vem Heaven, cheia de expectativas. O que é um traço das canções da banda. Todas parecem que vão explodir a qualquer momento. Após as explosões de Heaven, somos transportados pra um mundo de ingenuidade e leveza. Perfect Love é como diz o nome: perfeita. E não se engane com a aura de clichê que títulos como esse sugerem. Ele é ideal pra uma canção pueril e frágil, tomada de sensibilidade e comoção. É um teletransporte pra uma época de mãozinhas dadas e canções de ninar. Não dá pra sair incólume dessa faixa. E como se soubessem disso, o Alpha Rev encerra sua pequena obra-prima com Goodbye From the Start, com um piano arrebatador, mais delicadeza e uma piadinha no título.

Indispensável pra quem curte o que pode ser chamado sem medo de boa música.

 

 

 

Westlife

“Back Home”

 

Não é segredo pra ninguém que eu adoro uma boy band. É porque o N’Sync e o BSB já acabaram, se não eu estaria aqui falando dos últimos álbuns deles também. Eu não sei o que é... mas alguma coisa ali me atrai loucamente. O motivo de estar tentando me justificar? Alguém que fala desse tipo de música não costuma ter muita credibilidade, não. Mas e daí? Eu estou cagando pra isso mesmo.

Comprei o último cd do Westlife no balaio de promoções das Lojas Americanas. Só R$ 19,90. Uma pechincha. Paguei muito mais no novo CD do Marcelo Camelo e não me diverti tanto... Mas sobre ele eu falo depois.

O Westlife não é uma banda muito chegada a inovações. Ao contrário dos elogiados do N’Sync, que tentaram fazer uma coisa mais elaborada no seu último CD, “Celebrity”, dando a canções como “Girlfriend” e “Gone”, arranjos que tentavam se libertar daquela sonoridade clássica das boys bands, ou seja, estrofe – refrão, estrofe – refrão, variação e refrão numa nota mais alta. O Westlife é uma boy band romântica. Nunca foram de muitas coreografias e clipes elaboradíssimos. Assim como o Boyzone e o Take That, os dois saídos da mesma escola e dos mesmos produtores, o Westlife prefere suas canções padronizadas e seus pianinhos na finalização. Não importa o quanto a canção seja agitada. Ela sempre termina com um pianinho e a voz sussurrada de um deles.

Nesse álbum eles não fogem muito à regra. Depois de passarem quase desapercebidos pela mídia, logo depois do lançamento de Face To Face, houve quem garantissem que eles não voltavam mais. A saída de um dos membros (Brian, que fazia uma das vozes principais), eles decidiram teimar. Lançaram uma coletânea de canções antigas e logo depois, o mal fadado Face to Face. Logo em seguida, surpreenderam lançando o melado Love. A balada “The Rose” conseguiu alguma notoriedade, mas independente disso, o Westlife seguiu sua métrica. Um álbum por ano. E “Back Home” saiu do forno. A surpresa ficou por conta das canções mais animadas que saíram muito melhor que a encomenda, ofuscando as baladas que sempre foram a especialidade da banda.

“Back Home” começa com a canção “Home”, claro. Passe batido por ela. Ela não diz muito a que veio e trai a tradição dos meninos de sempre iniciarem o álbum com baladas arrebatadoras (“Queen of my Heart” até hoje me emociona. E “Mandy” é deliciosa... ah, eu sei... sou maluco mesmo...). Já “Us Against The World” tem um bom arranjo de letra. Logo em seguida temos “Something Right” e a coisa começa a ficar boa. Pule a baladinha chata que bem em seguida e dê muita atenção a “When I’m With you”. É uma das coisas mais legais da história das boy bands. Uma canção com uma ginga deliciosa. Uma letra fofa e muito bem planejada. Daquelas que dá vontade de ouvir sem parar. Depois daqui, pule “Have you Ever” e ouça o bom arranjo de “It’s you” e “Catch My Breath”. Temos então a animadíssima “Easy Way”. Dá vontade de pular e o refrão o que tem de simples tem de encantador. Passe longe da próxima e ouça “Pictures im My Head”, outra canção animadinha com um arranjo surpreendente. Daí então pode tirar o CD, porque a última canção não serve pra nada.

Agora é esperar o lançamento do ano que vem. Se quiser uma dica, eu posso dizer que não tem nada melhor do que aprender uma canção deles, ficar sozinho em casa e cantar bem alto, fingindo ser um pop star da música. Eu faço isso, e funciona.

 

Marcelo Camelo

“Sou”

 

Há alguns anos eu estive de férias na casa de uma das minhas irmãs e por ela saber que eu curtia rock, cismou que eu tinha que ir com eles a um galpão onde bandas alternativas tocavam. Eu fui. Não custava nada. E não adiantava mesmo explicar que eu não curtia nada ao vivo.

Chegamos lá e após alguns covers sofríveis de coisas como Metallica e Sepultura, entrou uma banda cheia de nerds e eles começaram a tocar umas coisas nacionais que eu de repente percebi que gostava muito. Fui perguntar a uma menina e ela disse “eles estão tocando Los Hermanos”. Eu fiquei confuso. Los Hermanos não era aquela banda que tocava a tal da Ana Júlia que ninguém agüentava mais? Era sim. Mas eu tinha adorado as canções que ouvi e fiquei com aquilo na cabeça. Semanas depois resolvi comprar o primeiro álbum dos caras. Rock pesado, letras com uma linguagem reacionária, arranjos rápidos e com pitadas de musicalidade não convencional. Ainda não tinha me arrebatado, mas eu gostei e decidi comprar o álbum mais novo. Depois de ouvir “Bloco do Eu Sozinho” eu já era muito fã dos caras. Quando saiu “Ventura” eu chorei feito criancinha ouvindo Além do que se vê. Pra mim eles eram perfeitos! Poucas vezes eu tinha escutado uma junção tão perfeita de letras inteligentes, arranjos tocantes e vocais comovidos. Aí veio o “4” e a coisa começou a degringolar. Alçados ao posto de geniais, o pessoal do Los Hermanos começou a querer “desconstruir”.  Lançaram um álbum anêmico. Ainda que comovente, em coisas como “Dois Barcos”, “Fez-se Mar” e “Horizonte Distante”, o álbum era cheio de uma pretensão disfarçada de simplicidade. Era o momento de dar um tempo. E foi o que eles fizeram.

Surge então, algum tempo depois, o primeiro álbum solo de Marcelo Camelo. O esquisito Sou já na capa parece querer mostrar sua bizarrice vestida de complexidade. Do mesmo jeito que você não sabe se o álbum se chama Sou ou Nós, também não sabe se aquilo são canções ou ensaios mal gravados. Se é uma obra advinda do egocentrismo já crônico de Camelo ou se é apenas um engano artístico de um cantor que queria mesmo fazer algo para os outros. De certa forma, o título se aplica.

A primeira faixa tem uma introdução de inacreditáveis dois minutos. Quando a voz cansada de Camelo surge, você já está de saco cheio. Isso se repete em várias outras músicas. Assim como também se repete a sensação de que quando a canção parece que vai mostrar seu potencial, ela acaba. As letras são de uma economia absurda! Algumas têm apenas uma frase! E dá-lhe introduções melancólicas. Talvez Camelo esteja fazendo parte da onda dos cineastas de curta-metragem, que acham que “diálogos empobrecem a imagem”. Acho que do mesmo jeito que os cineastas de curta-metragem que pensam assim deviam largar as câmeras e comprar telas, Camelo devia guardar seus livros do Machado de Assis e voltar a fazer música.

Dali só se salvam a ótima “Mais Tarde” e a nostálgica “Copacabana”. Estão falando muito de “Janta”, que ele canta com a Malu Magalhães. É bonitinha. Mas a voz daquela menina cantando em inglês me assusta. E parece que Camelo está dando uns pegas, o que só torna tudo mais assustador.

Enfim, há canções instrumentais descartáveis e uma tentativa de homicídio à “Santa Chuva” que Maria Rita gravou tão bem.

Ficou uma enorme decepção. Perguntei pra um amigo que foi crítico do Globo durante anos, o que ele achou do álbum e ele disse: “O Camelo queria desconstruir a idéia de uma entrevista e depois queria desconstruir a condução de um show que ele fez pessimamente  no Tim Festival, do mesmo jeito que considerava seu disco uma desconstrução do que esperavam dele depois dos LH. Eu resolvi então desconstruir ele da minha cabeça... e não ouvi essa bosta!”.

O que posso dizer é... eu devia ter feito a mesma coisa.

 

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Dobrado Por Henrique Haddefinir às 22:58
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Terça-feira, 10 de Agosto de 2010

Save Winehouse

 

Eu ando sem tempo pra acessar a net e atualizar o blog, mas ultimamente as loucuras de Amy exigem uma atenção especial.

Onde ela vai parar minha gente? Será que ninguém vai fazer nada por ela? Um internação, um choque elétrico... qualquer coisa.

Tá dando pena já.... não consigo mais fazer piada.

Dobrado Por Henrique Haddefinir às 21:47
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