Finalmente e aparentemente as expectativas quanto ao fechamento do Caso Isabella foram encerradas. Depois de um julgamento longo e excessivamente televisionado, os réus foram condenados sumariamente. A fragilidade do conceito da defesa já virou piada entre os programas humorísticos e a tal "terceira pessoa" não conseguiu salvar os dois do xadrez.
No entanto, o mistério em torno do que aconteceu no edifício London ainda permanecem no imaginário. Sobretudo no meu, que volta e meia me pergunto se não seria irônico se Alexandre Nardoni estivesse sendo vítima de um daqueles casos fantásticos de inocência impossível de ser provada que acabam virando filme depois de décadas. É bem verdade que não há muitos indícios disso, mas tanta insistência em manter uma tese tão absurda parece intrigante. A tal "terceira pessoa" existe tão intensamente na versão do casal que chega a lembrar a determinação do Dr. Kimble da série O Fugitivo, que dizia que a mulher tinha sido morta por um "homem sem braço" e penou pra provar que tal peculiaridade não era um devaneio.
Não torço pra que um inocente tenha sido condenado. Prefiro acreditar que os instintos de todos estão certos e que a justiça foi feita. Isabella descansa em paz e espero que sua família agora também encontre conforto.