O "As Dobras" está se reformulando e logo volta com mais comentários do mundo pop.
Um pergunta para os trabalhadores que estiverem lendo esse post:
Quanto tempo entre a demissão e a empresa lhes ter entregue a chave para o saque do FGTS?
Horas? Dias? Semanas? Geralmente, após a homologação, existe a possibilidade de passar no banco no mesmo dia e fazer o saque. Basta ter a chave. Mas aí o que você faz quando a empresa some com o chaveiro?
Em abril, enquanto eu ainda estava empregado, houve dois saques na minha conta do FGTS. Procurei saber o que aconteceu e um contador me explicou que a empresa havia pedido uma chave pra mim mesmo antes da minha demissão e esse pedido aparece em forma de saque quando puxamos o extrato da conta. E que eu não me preocupasse porque o dinheiro estava lá, e voltaria a aparecer intacto no extrato quando aquela chave fosse cancelada e outra fosse pedida.
Em Junho fui demitido. A homologação atrasou um mês (isso mesmo) e só foi assinada no início de Julho. Como a chave anterior precisou ser cancelada, outra deveria ser feita e eu tive que reenviar todos os documentos necessários pra isso. Eles foram enviados.
Algo me dizia que uma vez demitido e homologado, eu não teria mais qualquer relevância pra empresa. E foi dito e feito. Hoje é o primeiro dia de Agosto e até agora, só recebo respostas evasivas sobre a minha chave. Minha demissão vai alcançar o aniversário de dois meses e nada de FGTS. Por tabela, nada de seguro desemprego.
O que fazer numa situação dessas? Porquê alguém deve ficar pedindo por favor por um direito que lhe cabe?
O pior é que o tom de voz de quem está do outro lado da questão é sempre condescendente, como aquele que usamos pra nos livrar dos pedintes na rua.
Eu não sou um pedinte. Não preciso medingar pelo que é meu. Então porque isso?
Sempre fui acusado do meu excesso de tolerância. Eu nunca achei que ser paciente e discreto fosse um defeito, mas é impressionante o número de situações em que tentam me passar pra trás baseados na simples informação de que eu não gosto de conflitos.
Eu não quero ter que mudar. Não quero ter que ficar mais cínico, mais arrogante, mais turbulento... Simplesmente pra evitar o ataque dos oportunistas. Mas também não quero que tirem de mim meus direitos, minhas posses, meu orgulho... Até mesmo meus textos.
Estou cansado. E triste. Porque parece que só mesmo uma guerra vai resolver essa questão. E eu sou daqueles que prefere a diplomacia e não a força bélica.
Acabo de terminar os dois episódios seguidos de GLEE, ainda profundamente comovido com as vitórias do New Directions e com a possibilidade de mais despedidas emocionais na semana que vem.
Eu estou tão tomado de gratidão pelo que GLEE me proporciona todas as semanas, que gritar isso pro mundo é o único jeito de me fazer esquecer. E é assim mesmo que acontece com tudo aquilo pelo qual nos apaixonamos: ficamos chatos, pedantes, viramos malas perante aqueles que não nos entendem.
E GLEE é isso mesmo, paixão. E na melhor interpretação da palavra, já que provoca reações de profunda devoção, e ao mesmo tempo (por conta de seus problemas "murphyticos") de profundo incômodo.
E a gente entende... A gente entende todo mundo que não gosta. Existem muitas razões pra não amar GLEE, sobretudo quando ela não esbarra no que fragiliza o seu coração, no que te remete e te referencia. GLEE não é uma série para os 100% cínicos (porque existem os 95% cínicos que amam, mas não assumem) e acho isso uma tristeza, porque poucas vezes vi no ar uma série tão cínica. Acho terrível que os inteligentes não gostem de GLEE, porque poucas vezes estive diante de tiradas tão espertas. Acho uma pena que os detratores se deixem enganar pelo universo HIGH SCHOOL, ou pelo nonsense da dramaturgia musical... Pouco se vê de tão transgressor na televisão mundial.
A cada episódio, é como se um oceano de lembranças, cheiros e sensações pregressas me tomassem. Tudo imbuído de sagacidade e muita cara de pau. É como se cada personagem meio ferrado que a série tem, falasse pra um parte meio ferrada de mim... É como se o imenso amante das artes dramáticas que eu sou, estivesse diante de tudo aquilo que quis ver, viver e encenar.
E que me desculpem os que anseiam pelo sentido... Quais paixões fazem realmente sentido? Como explicamos que tenhamos tanta ansiedade pela afirmação de nossa intelectualidade, e choremos ao mesmo tempo com o filme pipoca da Sessão da Tarde? A inteligência da paixão está em deixar-se levar por ela.
Por isso, sem vergonha de parecer o maior e mais pernóstico dos NERDS, eu estou aqui pra falar: Um imenso "Eu Amo GLEE" estampado no peito. Porque ela me faz chorar de alegria por cada e único momento de completa identificação.
Semana que vem é o fim dessa era da série, e talvez nunca mais seja assim. Por isso, muito obrigado Ryan Murphy por esses três anos de paixão. Foi um desbunde. Um despertar.
Que a terceira temporada de GLEE está linda de se ver, eu nem vou comentar. O que quero dizer é que o que fizeram Shake it Out da Florence, foi de enlouquecer de tão lindo e bem colocado.
Foi feita a mais nova vítima do flagra da WebCam. Agora foi a vez do Serginho Hond$%#@(@ que tá numa situação pior que a de todos os outros. O moço tira um consolo rosa de um saquinho de Wickbold (merchan improvável), aparece fumando, com genitais negativamente discretos (embora esteticamente aceitáveis) e num certo frame, parece empinar o popozão... Ou seja, os sonhos adolescentes foram jogados por água abaixo.
O link tá aqui. Corre que daqui a pouco tiram.
Sérgio, força ae... Vai ser difícil segurar o rojão dessas imagens.
O Oscar já passou faz tempo, porém, nunca é tarde pra avaliar um pouco dos candidatos à premiação. Segue abaixo, o que o As Dobras achou dessa filmarada toda.
Dobremos!
My Week With Marilyn
Sensibilidade é mais importante que caracterização.
Eu sou um fã Dawsoncreekiniano de Michelle Willians. Sempre ficou claro que a moça era o membro mais forte daquele elenco, e foi só ela sair da série, para conseguir, mesmo tão jovem, duas indicações ao Oscar que veteranas lutam até hoje pra conseguir. No entanto, mesmo com toda essa admiração, eu temi quando a terceira indicação saiu por esse My Week With Marilyn, onde a atriz teria nas mãos uma tarefa considerada quase impossível pela crítica: representar um dos maiores ícones hollywoodianos da história. Temi porque Marilyn tinha detalhes demais sobre si mesma, difíceis de acoplar sem que parecessem falsos demais. Muitas já tentaram... Nenhuma tinha conseguido. Bom... Até aqui.
E a receita era muito simples: sensibilidade.
Michelle não tem o corpo de Marilyn (onde enchimentos precisaram fazer seu papel), nem o rosto de Marilyn, e nem é conhecida como um símbolo sexual. Sempre aparece lá, nas premiações, com aquela carinha de doente, branca e frágil como uma lesma. Parecia impossível que desse certo...
Basta uma aparição e ela já convence imediatamente. Muito disso se deve também ao roteiro impecável, a direção segura e delicada e ao elenco coadjuvante simplesmente brilhante (encabeçado pelo soberbo Kenneth Branagh, junto de Emma Watson, Judi Dench e Eddie Redmayne). Michelle está tão magnífica que eu me arrebatava a cada cena. E para os que conhecem e gostam da trajetória da atriz, cada momento de sua vida, transposto tão seriamente para a tela, é como um profundo deleite. Dá uma vontade imensa de ver a Marilyn de Michelle em outras situações de sua tão curta vida.
Tá tudo ali. O conhecimento da própria capacidade de poder, a Marilyn ícone em conflito com a Marilyn mulher, a contradição entre sua ignorância profissional e o poder de sua imagem na tela, as pílulas, Paula Strasberg, Arthur Miller, as poses, os flashes, o temperamento... É fantástico! Simplesmente fantástico!
Logo após assistir ao filme, ainda profundamente comovido, abri uma das biografias dela que contém várias fotos. Uma em particular, em que a vemos ao lado de Miller num pose em frente a ponte do Brooklyn em Nova Iorque, é a perfeita representação da criação de Michelle Willians. Fiquei um tempão olhando para aquela foto... A ligação com ela ainda maior. As sensações sobre ela, mais fortes.
Esse é um filme que esbanja emoção e competência. Michelle é uma diva.
E a academia, mal cheirosa como nunca.
Em janeiro de 1999 eu entrei num cinema do shopping de Nova Iguaçu para assistir - sem nenhuma informação prévia - o filme sobre o naufrágio do Titanic. Três horas mais tarde, eu saía como se tivesse vivido uma experiência religiosa.
Durante meses eu só pensava nesse filme. Ele virou uma obsessão absoluta e uma referência para o quanto grandiosa uma experiência cinematográfica pode ser.
Esquecendo a crítica conservadora - que rejeita com desequilíbrio o cinema de "efeitos especiais" - tudo a respeito do longa é fantástico. Desde seu roteiro esperto e mercadológico (o que é uma qualidade, comecemos a aceitar isso) até a maneira sensível com a qual a fantasia serviu à realidade. Impossível não ficar maravilhado com uma reprodução tão fiel de um evento catastrófico real.
Eis que agora, em 2012, na véspera do aniversário da tragédia, volto para reviver a experiência. O 3D é o de menos, acreditem. Esse filme é tão poderoso que nada parece deficitário nele. O 3D nem somar, soma, porque Titanic funciona sozinho. Na TV, no VHS, no DVD, sobretudo na telona. Foi uma honra ter novamente essa chance.
Abaixo, um vídeo hilário brincando com a reestreia, juntando elementos de George Lucas, Michael Bay e J.J. Abrams ao filme.
ESSE ANO EU VOU!!!
... e começando a achar essa estreia muito esperada.
E a Thammy que deve estar até agora subindo e descendo a escadaria da Penha depois de ter sido chamada pra entrar na próxima novela da Glória Perez. Esse é o tipo de noticía infalível pra me fazer ficar louco pra ver a novela. Até porque, torço pelos underdogs e Thammy é um exemplo cabal disso. Basta olhar pra essa foto de dibulgação da peça dela:
A cara de satisfação da moça/moço entrando no Projac como atriz é algo que eu até pagava pra ver.
Vai lá Thammy, se joga.